Resumo
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Analisar os efeitos a longo prazo dos tratamentos antineoplásicos na fertilidade de pacientes.
Os estudos foram selecionados através das bases de dados New PubMed, Scielo e Lilacs, junto com as referências utilizadas para a confecção do trabalho.
Para a seleção dos estudos, foram utilizados artigos publicados entre os períodos de 01 de janeiro de 2015 a 06 de abril de 2020 nos idiomas inglês, português e espanhol. Como critérios de inclusão: estudos de coorte e estudos realizados in vitro. Como critérios de exclusão: artigos de revisão, relatos de caso, estudos que não abordavam a temática reprodução, estudos que não abordavam a temática câncer, artigos utilizando animais, artigos que abordavam preservação da fertilidade e artigos em duplicidade nas bases.
Os dados coletados incluíram: idade do paciente ao início do tratamento, tipo de neoplasia, tipo de tratamento antineoplásico, quimioterápicos utilizados, dosagem da radioterapia, local da radioterapia, efeito dos agentes antineoplásicos na fertilidade e número de pacientes dentro do estudo.
Trinta estudos foram avaliados. Os agentes quimioterápicos antineoplásicos e a radioterapia modulam níveis séricos hormonais de marcadores de fertilidade, reduzem a quantidade de células germinativas e estão correlacionados com um aumento da taxa de esterilidade. Os efeitos citados anteriormente ocorreram em pacientes com idade pré-púbere e pós-púbere.
Os tratamentos antineoplásicos possuem efeitos citotóxicos em células germinativas, levando a modulação hormonal, e o status puberal não interfere diretamente na ação citotóxica das terapias.
Resumo
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Comparar a qualidade das amostras cérvico-vaginais colhidas no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas clínicas privadas para rastrear lesões precursoras de câncer do colo uterino.
Estudo de intervenção cujas variáveis estudadas foram: adequabilidade da amostra, representação de epitélios na amostra, e resultado do exame citopatológico. Um total de 940 formulários contendo as análises das amostras biológicas foram examinados: 470 formulários de mulheres atendidas nas unidades básicas de saúde do SUS, e 470 formulários de mulheres atendidas em clínicas privadas no período de janeiro a fevereiro de 2016.
Todas as amostras insatisfatórias foram coletadas nas unidades básicas de saúde do SUS e corresponderam a 4% do total neste setor (p < 0,0001). Observou-se um índice maior de amostras com representatividade somente de células escamosas no SUS (43,9%). Houve representatividade das células da junção escamo-colunar (JEC) em 82,1% das amostras colhidas no setor privado (p < 0,0001). Em relação aos resultados negativos para lesão intraepitelial e/ou malignidade, os percentuais obtidos foram 95,95% e 99,1% (p < 0,0049) para os exames coletados no sistema privado e no SUS, respectivamente. Em relação às lesões menos graves, no SUS obteve-se um resultado de 0,89% e no sistema privado de 2,56%; as lesões mais graves não foram diagnosticadas no SUS, enquanto que no setor privado representaram 1,49% dos exames.
As amostras cérvico-vaginais insatisfatórias foram observadas somente em exames realizados no SUS; há necessidade de orientação e capacitação dos profissionais que realizam a coleta do exame citopatológico, possibilitando uma maior confiabilidade nos resultados e mais segurança à mulher que se submete a este exame preventivo.
Resumo
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A ocorrência da esquistossomose mansônica em órgãos do aparelho reprodutor feminino é um evento pouco comum, tendo em vista que o agente etiológico desta doença é um parasito sanguíneo que habita as veias mesentéricas. Neste relato decaso, uma paciente de 45 anos referiu como primeira sintomatologia fortes dores na região ilíaca esquerda há cerca de 2 anos. Uma ultrassonografia pélvica endovaginal identificou aumento do ovário esquerdo, e o laudo sugeriu correlacionar tal achado com dados clínicos e marcadores tumorais. Após passar por vários serviços de saúde, a paciente foi encaminhada para um serviço de oncologia por suspeita de neoplasia, sendo submetida a uma ovariectomia à esquerda. O resultado do exame histopatológico evidenciou a presença de processos inflamatórios granulomatosos em torno de ovos viáveis e calcificados de Schistosoma mansoni. Não houve qualquer evidência de tecido neoplásico. A paciente foi medicada, e seguiu em acompanhamento ambulatorial.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2000;22(3):141-146
DOI 10.1590/S0100-72032000000300004
Objetivo: o acometimento do trato urinário pela endometriose é raro e quando ocorre, a bexiga é o órgão mais freqüentemente afetado. Observamos que algumas pacientes têm sido encaminhadas com o diagnóstico clínico de neoplasia vesical. Em geral, a literatura mostra relatos isolados de casos, tornando difícil a padronização de condutas. Tivemos por objetivo apresentar nossa experiência, mostrando os principais aspectos diagnósticos e terapêuticos desta entidade clínica. Métodos: avaliamos retrospectivamente os casos com diagnóstico de endometriose vesical por meio do arquivo do Departamento de Patologia, fazendo revisão dos dados clínicos de prontuário e convocando as pacientes para seguimento ambulatorial após tratamento. Resultados: os principais sinais e sintomas apresentados pelas pacientes foram disúria cíclica, massa e dor pélvica crônica. O diagnóstico presuntivo foi realizado mediante ultra-sonografia (USG), tomografia computadorizada (TC) de abdome, cistoscopia e laparoscopia. O diagnóstico definitivo com confirmação anátomo-patológica foi obtido pela ressecção endoscópica em 3 casos e biópsia laparoscópica em 1 caso. As opções terapêuticas foram o tratamento medicamentoso exclusivo e a ressecção da lesão empregando a via endoscópica ou cistectomia parcial, sempre complementados por tratamento clínico adjuvante. Conclusões: revisamos os principais aspectos clínicos e terapêuticos da endometriose do trato urinário, lembrando que esta representa um importante diagnóstico diferencial de tumor vesical em mulheres jovens na idade reprodutiva.