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Original Article
Valor do estadiamento sistêmico no câncer de mama precoce assintomático
- Gregório Pinheiro Soares,
- Allan Andresson Lima Pereira,
- Mariana Silva Vilas Boas,
- Victor Van Vaisberg,
- Maria Cristina Figueroa Magalhães, [ ... ],
- Max Senna Mano
01/07/2018
Resumo
Original ArticleValor do estadiamento sistêmico no câncer de mama precoce assintomático
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(7):403-409
01/07/2018- Gregório Pinheiro Soares,
- Allan Andresson Lima Pereira,
- Mariana Silva Vilas Boas,
- Victor Van Vaisberg,
- Maria Cristina Figueroa Magalhães,
- Rudinei Diogo Marques Linck,
- Max Senna Mano
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Objetivo
Metástases são de ocorrência rara no câncer de mama precoce, e as diretrizes internacionais não recomendam o estadiamento sistêmico de rotina para pacientes assintomáticos. Apesar disso, exames de imagem continuam sendo largamente empregados na prática clínica. O objetivo do presente estudo é avaliar o valor do estadiamento por imagem no câncer de mama precoce.
Métodos
Análise retrospectiva de pacientes recém-diagnosticados com câncer de mama. Foram registrados os dados clínicos dos pacientes, incluindo subtipo da neoplasia de mama, estadiamento, presença de sintomas no momento do diagnóstico e procedimentos de estadiamento.
Resultados
Um total de 753 pacientes foram incluídos, com idade média de 57 anos. Grande parte deles se submeteu a pelo menos um exame de imagem (91%); tinha carcinoma ductal invasivo (83,5%); grau histológico 2 (51,4%); estádio II (61,8%); e subtipo luminal (67,9%). Entre os 685 (91%) pacientes que realizaram algum exame de imagem,metástases à distância foram detectadas em 32 (4,7%). Na análise univariada, estádio IIb e acometimento linfonodal (pN1) tiveram uma associação estatisticamente significativa com a presença de metástase, enquanto os subtipos triplo negativo e receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (Her2) positivo demonstraram apenas uma tendência para a identificação de metástases. Na análise exploratória deste mesmo subgrupo, diante da presença de biologia desfavorável (triplo negativo e Her2 positivo), os pacientes apresentaram uma taxa de metástase à distância de 14,4%, uma das mais altas relatadas nesse estádio.
Conclusão
Neoplasia de mama precoce apresenta baixa prevalência de metástase à distância no momento do diagnóstico, e o estadiamento sistêmico de rotina de pacientes assintomáticos e não selecionados não é justificável. Contudo, identificamos subgrupos de pacientes para os quais o estadiamento completo poderia ser indicado.
Visualizações73This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. Resumo
Original ArticleValor do estadiamento sistêmico no câncer de mama precoce assintomático
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(7):403-409
01/07/2018- Gregório Pinheiro Soares,
- Allan Andresson Lima Pereira,
- Mariana Silva Vilas Boas,
- Victor Van Vaisberg,
- Maria Cristina Figueroa Magalhães,
- Rudinei Diogo Marques Linck,
- Max Senna Mano
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Objetivo
Metástases são de ocorrência rara no câncer de mama precoce, e as diretrizes internacionais não recomendam o estadiamento sistêmico de rotina para pacientes assintomáticos. Apesar disso, exames de imagem continuam sendo largamente empregados na prática clínica. O objetivo do presente estudo é avaliar o valor do estadiamento por imagem no câncer de mama precoce.
Métodos
Análise retrospectiva de pacientes recém-diagnosticados com câncer de mama. Foram registrados os dados clínicos dos pacientes, incluindo subtipo da neoplasia de mama, estadiamento, presença de sintomas no momento do diagnóstico e procedimentos de estadiamento.
Resultados
Um total de 753 pacientes foram incluídos, com idade média de 57 anos. Grande parte deles se submeteu a pelo menos um exame de imagem (91%); tinha carcinoma ductal invasivo (83,5%); grau histológico 2 (51,4%); estádio II (61,8%); e subtipo luminal (67,9%). Entre os 685 (91%) pacientes que realizaram algum exame de imagem,metástases à distância foram detectadas em 32 (4,7%). Na análise univariada, estádio IIb e acometimento linfonodal (pN1) tiveram uma associação estatisticamente significativa com a presença de metástase, enquanto os subtipos triplo negativo e receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano (Her2) positivo demonstraram apenas uma tendência para a identificação de metástases. Na análise exploratória deste mesmo subgrupo, diante da presença de biologia desfavorável (triplo negativo e Her2 positivo), os pacientes apresentaram uma taxa de metástase à distância de 14,4%, uma das mais altas relatadas nesse estádio.
Conclusão
Neoplasia de mama precoce apresenta baixa prevalência de metástase à distância no momento do diagnóstico, e o estadiamento sistêmico de rotina de pacientes assintomáticos e não selecionados não é justificável. Contudo, identificamos subgrupos de pacientes para os quais o estadiamento completo poderia ser indicado.
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