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Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(5):281-286
01/05/2018
Diversas mudanças ocorrem no metabolismo lipídico durante a gestação em função das alterações hormonais e metabólicas, que são essenciais para satisfazer a demanda nutricional ocasionada pelo desenvolvimento da unidade feto-placentária. O período da gestação apresenta dois momentos distintos que iniciam com acúmulo de gordura principalmente no tecido adiposo materno, e a fase tardia, caracterizada por catabolismo acelerado, com aumento de ácidos graxos na circulação causando hiperlipidemia, principalmente a aquela caracterizada como hipertrigliceridemia. A hiperlipidemia materna pode estar associada ao desenvolvimento de complicações materno-fetais (parto prematuro, pré-eclâmpsia, complicações vasculares) e de doenças cardiovasculares, a longo prazo. O risco pode estar relacionado não apenas ao teor de colesterol contido nas frações lipoprotéicas, mas também ao número e a funcionalidade das partículas lipoproteicas. Esta revisão aborda as principais mudanças que ocorrem no metabolismo lipoproteico durante a gravidez, e que estão associadas ao desenvolvimento de dislipidemias, fenótipo aterogênico e complicações maternofetais.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(5):281-286
01/05/2018
Diversas mudanças ocorrem no metabolismo lipídico durante a gestação em função das alterações hormonais e metabólicas, que são essenciais para satisfazer a demanda nutricional ocasionada pelo desenvolvimento da unidade feto-placentária. O período da gestação apresenta dois momentos distintos que iniciam com acúmulo de gordura principalmente no tecido adiposo materno, e a fase tardia, caracterizada por catabolismo acelerado, com aumento de ácidos graxos na circulação causando hiperlipidemia, principalmente a aquela caracterizada como hipertrigliceridemia. A hiperlipidemia materna pode estar associada ao desenvolvimento de complicações materno-fetais (parto prematuro, pré-eclâmpsia, complicações vasculares) e de doenças cardiovasculares, a longo prazo. O risco pode estar relacionado não apenas ao teor de colesterol contido nas frações lipoprotéicas, mas também ao número e a funcionalidade das partículas lipoproteicas. Esta revisão aborda as principais mudanças que ocorrem no metabolismo lipoproteico durante a gravidez, e que estão associadas ao desenvolvimento de dislipidemias, fenótipo aterogênico e complicações maternofetais.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(8):593-598
15/12/2003
DOI 10.1590/S0100-72032003000800008
OBJETIVO: avaliar o efeito das medicações anti-retrovirais sobre o metabolismo lipídico em gestantes portadoras do HIV. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado em 57 gestantes que foram divididas em três grupos: grupo AZT, com 20 pacientes portadoras do HIV em uso de AZT; grupo TT, com 25 pacientes portadoras do HIV em uso de esquemas contendo três anti-retrovirais (AZT + 3TC + NFV) e grupo controle, com 12 pacientes. Os dados demográficos e antropométricos foram homogêneos entre os grupos estudados. Foram excluídas as pacientes com antecedentes pessoais ou familiares de hiperlipidemia. Amostras sanguíneas foram obtidas para avaliação dos lipídeos (colesterol total, frações LDL e HDL-colesterol e triglicerídeos) em quatro oportunidades durante a gravidez (1º = 14-20 semanas; 2º = 21-26 semanas; 3º = 27-32 semanas e 4º = 33-38 semanas). Os dados foram analisados utilizando-se os testes não paramétricos do chi², teste de Friedman e teste de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: o uso de anti-retrovirais durante a gestação não induziu diferenças nas taxas do colesterol total e HDL, no entanto, o uso destes agentes esteve associado a elevação de 76,5 mg/dL e 84 mg/dL para 96 mg/dL e 105 mg/dL na concentração da fração LDL-colesterol para os grupos AZT e TT, respectivamente (p<0,01). Observou-se associação positiva significante entre os triglicerídeos e a carga viral nas gestantes do grupo AZT (r = 0,53; p = 0,015). CONCLUSÃO: a utilização dos anti-retrovirais durante a gestação eleva significativamente a concentração da lipoproteína LDL. Persistem as dúvidas se a gestação potencializa a longo prazo os efeitos dos anti-retrovirais sobre o metabolismo lipídico.
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(8):593-598
15/12/2003
DOI 10.1590/S0100-72032003000800008
OBJETIVO: avaliar o efeito das medicações anti-retrovirais sobre o metabolismo lipídico em gestantes portadoras do HIV. MÉTODOS: estudo prospectivo realizado em 57 gestantes que foram divididas em três grupos: grupo AZT, com 20 pacientes portadoras do HIV em uso de AZT; grupo TT, com 25 pacientes portadoras do HIV em uso de esquemas contendo três anti-retrovirais (AZT + 3TC + NFV) e grupo controle, com 12 pacientes. Os dados demográficos e antropométricos foram homogêneos entre os grupos estudados. Foram excluídas as pacientes com antecedentes pessoais ou familiares de hiperlipidemia. Amostras sanguíneas foram obtidas para avaliação dos lipídeos (colesterol total, frações LDL e HDL-colesterol e triglicerídeos) em quatro oportunidades durante a gravidez (1º = 14-20 semanas; 2º = 21-26 semanas; 3º = 27-32 semanas e 4º = 33-38 semanas). Os dados foram analisados utilizando-se os testes não paramétricos do chi², teste de Friedman e teste de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: o uso de anti-retrovirais durante a gestação não induziu diferenças nas taxas do colesterol total e HDL, no entanto, o uso destes agentes esteve associado a elevação de 76,5 mg/dL e 84 mg/dL para 96 mg/dL e 105 mg/dL na concentração da fração LDL-colesterol para os grupos AZT e TT, respectivamente (p<0,01). Observou-se associação positiva significante entre os triglicerídeos e a carga viral nas gestantes do grupo AZT (r = 0,53; p = 0,015). CONCLUSÃO: a utilização dos anti-retrovirais durante a gestação eleva significativamente a concentração da lipoproteína LDL. Persistem as dúvidas se a gestação potencializa a longo prazo os efeitos dos anti-retrovirais sobre o metabolismo lipídico.
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