Resumo
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Avaliar as taxas de continuação do sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) 52 mg durante os primeiros 5 anos de uso, razões de sua descontinuação, padrões de sangramento e nova escolha contraceptiva após o 5° ano, em adolescentes e mulheres jovens.
O estudo foi uma coorte prospectiva de 5 anos realizada em um Serviço de Planejamento Familiar de um hospital terciário no Brasil. Selecionamos 100 mulheres saudáveis entre 15 e 24 anos que usaram o SIU-LNG 52 mg para contracepção. O acompanhamento clínico dessas mulheres ocorreu de junho de 2017 a dezembro de 2022. O estudo avaliou as taxas de continuação do método, razões de sua descontinuação, padrões de sangramento e nova escolha contraceptiva após o 5° ano. Os dados contínuos foram relatados como média ± DP e intervalo (mínimo-máximo). As variáveis categóricas foram descritas como porcentagens.
As taxas de continuação do SIU-LNG foram 89,1% (82/92), 82,9% (72/87), 75,3% (64/85), 70,5% (60/85) e 64,2% (54/84) no 1°, 2°, 3°, 4° e 5° anos de uso, respectivamente. O principal motivo de descontinuação foi a acne (11/30). As taxas de amenorreia foram de 50, 54,1, 39, 35,7 e 51,8% aos 12, 24, 36, 48 e 60 meses, respectivamente. Todas as pacientes que completaram o estudo e necessitaram de contracepção após o 5° ano optaram por métodos contraceptivos de longa duração (LARC).
O SIU-LNG apresentou altas taxas de continuação em adolescentes e mulheres jovens nos primeiros 5 anos de uso. A maioria das pacientes que completou o estudo escolheu um método LARC após o 5° ano.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(2):74-79
DOI 10.1590/S0100-72032007000200003
OBJETIVO: avaliar a associação entre a experiência menstrual de mulheres e as mudanças preferidas na menstruação. MÉTODOS: estudo de corte transversal, no qual 420 mulheres foram entrevistadas, alocadas em três grupos de idade (18-20, 25-34 e 45-49 anos), e em dois grupos de escolaridade (<8 séries e >12 séries), que tinham menstruado nos três meses que antecederam a entrevista. As mulheres foram selecionadas em Campinas (SP), em nove serviços de saúde privados e em sete públicos. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário construído com base nos resultados de um estudo piloto prévio realizado com grupos focais. Um banco de dados foi preparado com as informações registradas nos questionários e os dados foram analisados com o software SAS versão 8.2. Para análise estatística, foram utilizados o teste do chi2 de Pearson e o teste exato de Fisher para avaliar a associação entre as variáveis estudadas (p<0,05). RESULTADOS: a maioria das mulheres preferia intervalos entre menstruações maiores que uma vez ao mês. Houve associação dos intervalos característicos da menstruação das mulheres, bem como do grau de interferência da menstruação nas atividades diárias, com o intervalo preferido entre menstruações, que é o maior que uma vez por mês (p=0,0248 e p=0,048, respectivamente). Não houve associação das características da dor: duração, intensidade e uso de medicação com o intervalo preferido pelas mulheres. CONCLUSÕES: os resultados sugerem que as mulheres gostariam de menstruar em intervalos maiores do que um mês ou até gostariam de nunca menstruar.