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Original Article
Sludge amniótico e prematuridade: revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(8):489-498
09/10/2023
Resumo
Original ArticleSludge amniótico e prematuridade: revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(8):489-498
09/10/2023Visualizações102Ver maisResumo
Objetivo
Realizar revisão sistemática e metanálise de estudos que avaliaram os desfechos maternos, fetais e neonatais em gestantes de gravidez única, após concepção espontânea, e com o diagnóstico de sludge amniótico antes de 37 semanas de idade gestacional.
Fontes dos dados
Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Cochrane, Bireme e Teses até junho de 2022.
Seleção dos estudos
Usando as palavras-chave intra-amniotic sludge ou fluid sludge ou echogenic particles, foram encontrados 263 artigos, 132 dos quais eram duplicatas, e 70 foram descartados por não corresponderem aos critérios de inclusão.
Coleta de dados
Os artigos encontrados foram analisados por 2 revisores; 61 foram selecionados para análise de texto completo, 18 foram incluídos em uma análise qualitativa e 14, em uma análise quantitativa.
Síntese dos dados
Entre os desfechos maternos analisados, houve aumento do risco de trabalho de parto prematuro (intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1.45–2.03), rotura prematura de membranas ovulares (IC95%: 1.99–3.79), e corioamnionite clínica (IC95%: 1.41–6.19) e histológica (IC95%: 1.75–3.12). Em relação aos desfechos fetais, houve aumento significativo do risco de morbidade (IC95%: 1.80–3.17), mortalidade (IC95%: 1.14–18.57), admissão em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal (IC95%: 1.17–1.95) e sepse neonatal (IC95%: 2.29–7.55).
Conclusão
Os resultados do presente estudo indicam que a presença de sludge amniótico é um marcador de risco para parto prematuro. Apesar da heterogeneidade dos estudos analisados, até mesmo em pacientes com outros fatores de risco para prematuridade, como colo curto e trabalho de parto prematuro anterior, a presença de sludge amniótico aumenta o risco de trabalho de parto prematuro na gestação. Além do mais, a antibioticoterapia parece ser um tratamento para o sludge amniótico, e pode ser capaz de prolongar a gravidez.
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Original Article
Existência de SARS-Cov-2 no líquido peritoneal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):261-265
07/08/2023
Resumo
Original ArticleExistência de SARS-Cov-2 no líquido peritoneal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2023;45(5):261-265
07/08/2023Visualizações83Ver maisResumo
Objetivo
Determinar a existência de SARS-CoV-2 no fluido peritoneal para avaliar o risco de exposição através da fumaça cirúrgica e aerossolização que ameaçam os profissionais de saúde durante a cirurgia abdominal.
Contexto
O SARS-CoV-2 é um vírus respiratório e as possíveis formas de transmissão viral são gotículas respiratórias, contato próximo e rota fecal-oral. As cirurgias representam risco para os profissionais de saúde devido ao contato próximo com os pacientes. As partículas aerossolizadas podem ser inaladas através do CO2 vazado durante os procedimentos laparoscópicos e a fumaça cirúrgica produzida pela eletrocauterização.
Métodos
Todos os dados de 8 pacientes, que foram testados positivos para COVID-19, foram coletados entre 31 de agosto de 2020 e 30 de abril de 2021. Dados clinicopatológicos registrados incluíam idade, sintomas, achados radiológicos e laboratoriais, tratamento antiviral antes da cirurgia, tipo de cirurgia e existência do vírus no fluido peritoneal. O diagnóstico foi feito através do swab nasofaríngeo RT-PCR. A existência de COVID-19 no fluido peritoneal foi determinada pelo teste de RT-PCR também.
Resultados
Todas as 8 pacientes positivas para COVID-19 estavam grávidas, e as cirurgias eram cesarianas. 1 das 8 pacientes estava com febre durante a cirurgia. Também apenas 1 paciente tinha achados radiológicos pulmonares especificamente indicando infecção por COVID-19. Os achados laboratoriais foram os seguintes: 4 de 8 tinham linfopenia e todas apresentavam níveis elevados de D-dímero. Amostras de fluido peritoneal e líquido amniótico de todas as pacientes foram negativas para SARS-CoV-2.
Conclusão
A exposição ao SARS-CoV-2 devido à aerossolização ou fumaças cirúrgicas não parece ser provável, desde que sejam tomadas as precauções necessárias.
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Artigos Originais
Volume de líquido amniótico e os desfechos maternos em gestantes com ruptura prematura das membranas pré-termo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(4):146-151
25/03/2014
Resumo
Artigos OriginaisVolume de líquido amniótico e os desfechos maternos em gestantes com ruptura prematura das membranas pré-termo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(4):146-151
25/03/2014DOI 10.1590/S0100-720320140050.0003
Visualizações42OBJETIVO:
Analisar entre pacientes com ruptura prematura de membranas pré-termo a associação do volume do líquido amniótico e os desfechos maternos.
MÉTODOS:
Estudo observacional do tipo coorte retrospectivo, realizado entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012. Foram incluídas 86 gestantes com diagnóstico de ruptura prematura das membranas e idade gestacional entre a 24ªe a 35ª semanas, submetidas à mensuração do índice de líquido amniótico (ILA). Foram comparadas gestantes em dois pontos de cortes: com ILA <5,0 e ≥5,0 cm e ILA <3,0 e ≥3,0 cm. Foram excluídas mulheres com síndromes hipertensivas,diabetes mellitus, malformações fetais e com diagnóstico de infecção na admissão. Para análise estatística, foi utilizado o teste do χ2 ou exato de Fisher, quando pertinentes, e análise de regressão linear simples, adotando-se um nível de significância de 5%. Foi calculada a Razão de Risco (RR) e seu intervalo de confiança de 95% (IC95%).
RESULTADOS:
Quando avaliados os desfechos maternos em relação ao ILA ≥5,0 versus<5,0 cm, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Entretanto, em relação ao ILA <3,0 e ≥3,0 cm, foi verificado aumento do risco de corioamnionite (36,7 versus10,7%; RR: 3,4; IC95% 1,4 -8,3; p=0,004), não sendo observadas diferenças significativas para as outras variáveis estudadas. Houve ainda correlação positiva estatisticamente significativa entre o ILA e idade gestacional do parto (R2=0,78; p<0,0001).
CONCLUSÕES:
O ILA <3,0 cm aumenta em três vezes o risco para corioamnionite, e quanto maior o ILA, maior a idade gestacional do parto.
Palavras-chave: Bem-estar maternoCorioamnioniteLíquido amnióticoRuptura prematura das membranas fetaisVer mais -
Artigos Originais
Desfechos maternos e perinatais em gestantes com líquido amniótico diminuído
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(8):342-348
10/10/2013
Resumo
Artigos OriginaisDesfechos maternos e perinatais em gestantes com líquido amniótico diminuído
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(8):342-348
10/10/2013DOI 10.1590/S0100-72032013000800002
Visualizações39OBJETIVO: Determinar os desfechos maternos e perinatais em gestantes com o líquido amniótico diminuído segundo o índice de líquido amniótico (ILA). MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte com 176 pacientes admitidas na enfermaria de alto risco do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP. O líquido amniótico foi mensurado pelo índice de líquido amniótico , sendo classificado como diminuído, quando entre 5,1 e 7,9 cm; oligohidrâmnio moderado, entre 3,1 e 5,0 cm; e grave, quando menor ou igual a 3,0 cm. Para se determinar a diferença entre os três grupos das variáveis categóricas estudadas, foram utilizados o teste de chi-quadrado e exato de Fisher, quando pertinentes, e, para as variáveis numéricas, utilizou-se o teste de Mann Whitney, em um nível de significância de 5%. RESULTADOS: As malformações fetais ocorreram mais frequentes quando o oligohidrâmnio foi grave, enquanto as síndromes hipertensivas foram associadas ao oligohidrâmnio moderado. Observou-se semelhança entre os três grupos em relação à rotura prematura das membranas e outras causas. O líquido amniótico reduzido foi encontrado com maior frequência quando a idade gestacional do diagnóstico foi ≥32ª semana. Em relação aos desfechos perinatais, a incidência de índice de Apgar <7 no 1ºe 5ºminuto do óbito perinatal, da icterícia neonatal e da hipoplasia pulmonar foi mais elevada na presença do oligohidrâmnio moderado a grave. CONCLUSÕES: As causas e os desfechos maternos e perinatais em gestantes com líquido amniótico reduzido varia em relação a sua classificação pelo ILA, estando o oligohidrâmnio grave associado aos desfechos perinatais adversos e às malformações fetais.
Palavras-chave: HipertensãoLíquido amnióticoOligo-hidrâmnioRuptura prematura de membranas fetaisUltrassonografia pré-natalVer mais -
Artigos Originais
A altura uterina é capaz de diagnosticar os desvios do volume de líquido amniótico?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(2):49-54
07/02/2013
Resumo
Artigos OriginaisA altura uterina é capaz de diagnosticar os desvios do volume de líquido amniótico?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(2):49-54
07/02/2013DOI 10.1590/S0100-72032013000200002
Visualizações45Ver maisOBJETIVO: Avaliar o desempenho de uma curva de altura uterina (AU) quanto à capacidade de rastrear desvios do volume de líquido amniótico, utilizando uma curva brasileira de índice de líquido amniótico (ILA) como padrão-ouro. MÉTODOS: O presente estudo representa um corte transversal no qual foram incluídas 753 gestantes em acompanhamento pré-natal na rede pública de João Pessoa (PB) no período de março a outubro de 2006 e que tiveram um exame de ultrassonografia (US) de rotina agendado para depois da 26ª semana de idade gestacional. Foram excluídos os casos com diagnóstico de gestação gemelar, óbito fetal intrauterino e malformações fetais maiores. Além de informações sociodemográficas, foram coletados também os valores da AU medida de forma padronizada, os valores do peso fetal estimado, do ILA e a idade gestacional pelo exame de US. A capacidade da curva de AU em predizer os desvios do volume de líquido amniótico foi avaliada tendo uma curva brasileira de ILA em função da idade gestacional como padrão-ouro. Para isso, foram estimados a sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo para diferentes pontos de corte. RESULTADOS: A medida da AU identificou 10,5% das mulheres como AU baixa e possivelmente associada ao oligoâmnio, e 25,2% como AU alta e possivelmente associada ao polidrâmnio. Utilizando uma curva brasileira de referência para ILA, a AU foi capaz de predizer pobremente a ocorrência de oligoâmnio (sensibilidade variando entre 37 a 28%) e de forma razoável a ocorrência de polidrâmnio (sensibilidade variando entre 88 a 69%). CONCLUSÃO: A medida da altura uterina mostrou um desempenho ruim para predizer oligoâmnio e um desempenho razoável para predizer polidrâmnio. Sua utilização para essa finalidade só se justifica, portanto, em situações nas quais o exame ultrassonográfico não esteja fácil e rotineiramente disponível, a fim de ajudar na priorização dos casos que deveriam ter esse exame realizado.
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Artigos Originais
Avaliação da maturidade pulmonar fetal pela contagem dos corpos lamelares no líquido amniótico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(3):112-117
20/05/2010
Resumo
Artigos OriginaisAvaliação da maturidade pulmonar fetal pela contagem dos corpos lamelares no líquido amniótico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(3):112-117
20/05/2010DOI 10.1590/S0100-72032010000300003
Visualizações40OBJETIVO: comparar o teste de contagem de corpos lamelares (CCL) no líquido amniótico com o teste da polarização fluorescente (PF) como parâmetro diagnóstico para avaliação da maturidade pulmonar fetal. MÉTODO: estudo transversal, analítico e controlado realizado com 60 gestantes atendidas no período de março de 2002 a dezembro de 2007. Foram colhidas amostras de líquido amniótico e realizados os testes de CCL e PF (TDxFLM II), considerados de referência, e comparados à presença ou ausência da Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR). Foram estabelecidos valores de corte para maturidade de 30 mil corpos lamelares/µL para o teste da CCL e 55 mg/g de albumina para o PF. Foram avaliadas as características maternas e perinatais, a evolução neonatal e o desempenho dos testes diagnósticos para predição da maturidade pulmonar fetal. Na análise estatística, foram utilizadas medidas descritivas e calculados os valores referentes à sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo dos testes, considerando-se significativos valores de p<0,05. RESULTADOS: a idade materna variou entre 15 e 43 anos, com média de 26,6 anos. A idade gestacional variou entre 24,3 e 41,6 semanas, com média de 35,1 semanas. A Síndrome do Desconforto Respiratório foi diagnosticada em 13,3% dos neonatos. As características perinatais, como peso, índice de Apgar, incidência de SDR, foram comparadas aos resultados dos testes de CCL e PF, sendo observada uma correspondência, estatisticamente significativa (p<0,05), entre os grupos de neonatos clinicamente classificados como imaturos e maduros em ambos os testes. Os testes foram concordantes em 68,3% dos casos. Quando se comparou o teste da PF com o teste da CCL, a sensibilidade foi de 100% para ambos, e a especificidade do teste da CCL foi superior (73,1%), quando comparado com o teste de PF (51,9%). O padrão-ouro para determinação da maturidade fetal é a ocorrência da SDR. O valor preditivo positivo do teste da CCL foi superior (36,4%) quando comparado ao teste da PF (24,2%) (p<0,05), sendo que o valor preditivo negativo foi de 100% para ambos os testes. CONCLUSÕES: este estudo demonstrou que o teste da CCL apresenta 100% de sensibilidade e especificidade superior ao teste de referência (PF). Além disso, a CCL é considerada um teste rápido, acessível, barato e factível em nossa realidade, podendo ser utilizado como teste confiável na predição da maturidade pulmonar fetal.
Palavras-chave: Líquido amnióticoMaturidade dos órgãos fetaisSíndrome do desconforto respiratório do recém-nascidoSurfactantes pulmonaresTécnicas de diagnóstico e procedimentosVer mais -
Artigos Originais
Volume do líquido amniótico associado às anomalias fetais diagnosticadas em um centro de referência do nordeste brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(4):164-170
30/06/2009
Resumo
Artigos OriginaisVolume do líquido amniótico associado às anomalias fetais diagnosticadas em um centro de referência do nordeste brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(4):164-170
30/06/2009DOI 10.1590/S0100-72032009000400002
Visualizações42OBJETIVO: determinar fatores associados ao volume de líquido amniótico e frequências de anomalias fetais em um centro de referência. MÉTODOS: realizou-se um estudo de corte transversal, com gestantes de risco, avaliadas pela ultrassonografia morfológica, no período de março de 2002 a março de 2006, em uma instituição em Recife (PE) Brasil. O diagnóstico intraútero foi confirmado no pós-parto. As características sociodemográficas e obstétricas, o índice de líquido amniótico e a presença de anomalias fetais foram variáveis estudadas. Para verificar associação entre variáveis, foram utilizados testes χ2, exato de Fisher e t de Student, a um nível de significância de 5%. Foram calculados a razão de prevalência e o intervalo de confiança a 95%. Análise de regressão logística múltipla foi realizada, a um nível de significância de 5%. RESULTADOS: foram incluídas no estudo 257 (56,2%) gestantes com anomalias congênitas e 200 sem anomalias confirmadas no pós-natal. As médias das idades maternas e gestacionais do parto foram 24,8±6,5 anos e 35,9±3,7 semanas, respectivamente. As anomalias fetais foram mais encontradas no sistema nervoso central (50,6%) e trato geniturinário (23,0%). A presença de anomalias congênitas esteve associada significativamente ao líquido diminuído/oligohidrâmnio (p=0,0002) e líquido aumentado/polihidrâmnio (p<0,0001). A mortalidade intraútero foi mais frequente no grupo com anomalias, quando comparada aos fetos saudáveis (10,5 versus 2,5%; p<0,01). CONCLUSÕES: a frequência de anomalias congênitas em um grupo de gestações de alto risco foi de 56,2%. As malformações do sistema nervoso central foram mais frequentemente diagnosticadas intraútero. Os fatores que permaneceram fortemente associados às anomalias congênitas foram as alterações do volume do líquido amniótico.
Palavras-chave: Anormalidades congênitasDiagnóstico pré-natalDoenças congênitas, hereditárias e neonatais e anormalidadesLíquido amnióticoUltra-sonografia pré-natalVer mais -
Artigos Originais
Fatores maternos associados ao peso fetal estimado pela ultra-sonografia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2008;30(9):459-465
23/10/2008
Resumo
Artigos OriginaisFatores maternos associados ao peso fetal estimado pela ultra-sonografia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2008;30(9):459-465
23/10/2008DOI 10.1590/S0100-72032008000900006
Visualizações46OBJETIVO: avaliar o efeito de variáveis maternas, socioeconômicas e obstétricas, assim como a presença de incisuras na 20ª e na 24ª semana, sobre o peso fetal estimado no final da gravidez (36ª semana) em gestantes atendidas pelo Programa Saúde da Família em uma cidade do interior do Nordeste do Brasil. MÉTODOS: estudo longitudinal incluindo 137 gestantes. As gestantes foram acompanhadas a cada quatro semanas para aferição das condições clínicas, socioeconômicas e obstétricas, incluindo o peso materno. As artérias uterinas foram avaliadas pelo Doppler na 20ª e 24ª semana, o peso fetal e o índice de líquido amniótico (ILA) foram determinados na 36ª semana. O estado nutricional materno inicial foi determinado pelo índice de massa corpórea (IMC), classificando-se as gestantes como com baixo peso, eutróficas, com sobrepeso e obesas. O ganho ponderal durante a gestação foi avaliado de acordo com o estado nutricional inicial, sendo ao final do segundo e terceiro trimestre classificado em ganho ponderal insuficiente, adequado e excessivo. Foi realizada análise de variância para avaliar a associação do peso fetal estimado na 36ª semana com as variáveis preditoras, ajustada por regressão linear múltipla. RESULTADOS: observou-se associação entre peso fetal estimado na 36ª semana e idade da mãe (p=0,02), trabalho materno (p=0,02), estado nutricional inicial (p=0,04), ganho ponderal no segundo trimestre (p=0,01), presença de incisuras nas artérias uterinas (p=0,02) e ILA (p=0,007). Os principais fatores associados ao peso fetal estimado na 36ª semana, após a análise de regressão múltipla, foram: IMC no início da gravidez, ganho ponderal no segundo trimestre, ILA e tabagismo. CONCLUSÕES: o peso fetal no presente estudo associou-se positivamente ao estado nutricional materno inicial, ao ganho ponderal no segundo trimestre, ao volume do líquido amniótico e negativamente ao hábito de tabagismo.
Palavras-chave: Estado nutricionalFluxometria por laser-dopplerGanho de pesoLíquido amnióticoPeso fetalUltra-sonografia pré-natalVer mais