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Artigos Originais
Laparoscopia na abordagem inicial de tumores anexiais
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(3):124-130
01/03/2014
Resumo
Artigos OriginaisLaparoscopia na abordagem inicial de tumores anexiais
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2014;36(3):124-130
01/03/2014DOI 10.1590/S0100-72032014000300006
Visualizações55Ver maisOBJETIVO:
Avaliar o uso da laparoscopia como método diagnóstico e terapêutico na abordagem inicial de tumores anexiais em população de risco para malignidade, bem como fatores clínicos associados à falha do método e conversão para laparotomia, e comparar taxas de complicação com pacientes cuja abordagem inicial se deu por laparotomia.
MÉTODOS:
Estudo prospectivo com 210 mulheres com exames de imagem prévios constando tumor anexial, das quais 133 foram incluídas. Destas, 45 foram submetidas à laparoscopia e 88, à laparotomia. Catorze das 45 cirurgias iniciadas por laparoscopia foram convertidas a laparotomia no intraoperatório. Foi avaliado se idade, índice de massa corporal (IMC), número de cirurgias abdominais prévias, CA-125, índice de risco de malignidade (IRM), diâmetro do tumor, duração da cirurgia e número de complicações cirúrgicas diferiram entre os grupos laparoscopia, laparoscopia com conversão à laparotomia e laparotomia. Foi também avaliado o motivo reportado pelos cirurgiões como falha da laparoscopia e a razão da conversão para laparotomia.
RESULTADOS:
A taxa de tumores malignos neste estudo foi de 30%. Houve diferença nos valores de CA-125, IRM e diâmetro do tumor entre os grupos laparoscopia e laparotomia. A duração da cirurgia foi maior no grupo de laparoscopias convertidas à laparotomia, porém as taxas de complicação cirúrgica foram semelhantes entre os grupos e, quando isolados os tumores benignos, as taxas de complicação cirúrgica da laparoscopia se mostraram inferiores à laparotomia. Dentre os fatores em estudo, apenas o tamanho do tumor esteve relacionado à conversão para laparotomia.
CONCLUSÃO:
Este estudo sugere que a abordagem inicial de pacientes com tumores anexiais de risco para malignidade é segura e não aumenta as taxas de complicação, mesmo em pacientes que necessitem de conversão para laparotomia; entretanto, nos casos de dúvida, é preciso avaliar a necessidade de consultar ginecologistas com experiência em laparoscopia avançada e no tratamento de câncer. O tamanho do tumor esteve relacionado à conversão para laparotomia.
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Relato de Caso
Gravidez ectópica tubária bilateral: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(6):357-360
11/04/1998
Resumo
Relato de CasoGravidez ectópica tubária bilateral: relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(6):357-360
11/04/1998DOI 10.1590/S0100-72031998000600009
Visualizações39Ver maisGestação ectópica bilateral é a forma mais rara de gestação gemelar, considerando que menos de 250 casos foram relatados na literatura. Nosso caso preenche o critério diagnóstico determinado por Norris9 que requer a demonstração de vilos coriônicos em cada tuba de uterina. Relatamos o caso de uma mulher multípara de 36 anos de idade que desenvolveu um episódio de abdômen agudo hemorrágico. Uma laparotomia realizada com anestesia geral revelou hemoperitônio de 1,8 litros; ambas tubas uterinas aumentadas de volume e com laceração de suas paredes e presença de dois embriões medindo 2,7 e 3,0 cm de comprimento, livres no sangue intra-abdominal. Apresentamos uma revisão da literatura a respeito da gestação ectópica bilateral.
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Relato de Caso
Torção de útero não-grávido
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(3):167-169
13/03/1999
Resumo
Relato de CasoTorção de útero não-grávido
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(3):167-169
13/03/1999DOI 10.1590/S0100-72031999000300008
Visualizações48Ver maisA torção uterina é uma patologia bastante rara, de diagnóstico difícil e está geralmente associada ao aumento do volume uterino em combinação com outras alterações dos órgão pélvicos. Este trabalho relata o caso de uma mulher idosa, desnutrida, com quadro de abdome agudo e diagnóstico intra-operatório de miomatose e torção de 360º para a direita do útero que apresentava sinais de grave isquemia.