Infecções por Papilomavírus Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Rastreamento do câncer do colo do útero com teste de DNA-HPV e detecção de lesões precursoras: um estudo de demonstração de base populacional brasileiro

    . ;:21-30

    Resumo

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    Rastreamento do câncer do colo do útero com teste de DNA-HPV e detecção de lesões precursoras: um estudo de demonstração de base populacional brasileiro

    . ;:21-30

    DOI 10.1055/S-0043-1763493

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    Objetivo

    Avaliar as taxas de lesões pré-cancerosas, encaminhamento para colposco pia e valor preditivo positivo (VPP) por faixas etárias de rastreamento populacional com teste DNA-HPV.

    Métodos

    O presente estudo de demonstração comparou 16.384 testes de HPV realizados nos primeiros 30 meses do programa com 19.992 mulheres testadas no rastreio citológico. Os programas foram comparados por taxa de encaminhamento de colposcopia e VPP para NIC2+ e NIC3+ por faixa etária. A análise estatística utilizou o teste de qui-quadrado e odds ratio (OR, na sigla em inglês) com intervalo de confiança (IC) de 95%.

    Resultados

    Os testes de HPV foram 3,26% positivos para HPV16-HPV18 e 9,92% positivos para 12 outros HPVs, com uma taxa de encaminhamento de colposcopia 3,7 vezes maior do que o programa de citologia, que teve 1,68% de anormalidades. O teste de HPV detectou 103 NIC2, 89 NIC3 e um AIS, em comparação com 24 NIC2 e 54 NIC3 detectados por citologia (p < 0,0001 ). O rastreio por teste de HPV no grupo etário 25 a 29 anos teve 2,4 a 3,0 vezes mais positividade, 13,0% de encaminhamento para colposcopia, 2 vezes mais que mulheres de 30 a 39 anos (7,7%; p < 0,0001 ), e detectou 20 NIC3 e 3 cânceres em estágio inicial versus nove NIC3 e nenhum câncer pelo rastreio citológico (NIC3 OR= 2,10; 96%CI: 0,91 -5,25; p = 0,043). O VPP da colposcopia para NIC2+ variou de 29,5 a 41,0% no programa de teste de HPV.

    Conclusão

    Houve um aumento significativo na detecção de lesões pré-cancerosas do colo do útero em um curto período de rastreamento com teste de HPV. Em mulheres < 30 anos, o teste de HPV exibiu mais positividade, alta taxa de encaminhamento para colposcopia com VPP semelhante a mulheres mais velhas, e mais detecção de HSIL e de câncer cervical em estágio inicial.

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    Infecções sexualmente transmissíveis detectadas por PCR multiplex em tempo real em mulheres assintomáticas e associação com neoplasia intraepitelial cervical

    . ;:540-546

    Resumo

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    Infecções sexualmente transmissíveis detectadas por PCR multiplex em tempo real em mulheres assintomáticas e associação com neoplasia intraepitelial cervical

    . ;:540-546

    DOI 10.1055/s-0038-1669994

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    Objetivo

    Determinar a frequência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em mulheres assintomáticas e a associação destas infecções com a neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

    Métodos

    Foi realizado um estudo transversal recrutando mulheres atendidas em uma clínica ginecológica geral e em um centro de referência para colposcopia, de outubro de 2014 a outubro de 2015. O grupo de colposcopia consistiu de 71 mulheres, e o grupo de ginecologia geral consistiu de 55 mulheres. Amostras cervicais foram coletadas para citologia cervical e uma reação em cadeia de polimerase (RCP) multiplex em tempo real para detecção do vírus do papiloma humano (HPV) e das ISTs provocadas pelos seguintes micro-organismos: Chlamydia trachomatis, Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum e Neisseria gonorrhoeae. Foi realizada uma análise multivariada por regressão logística, considerando-se o nível de significância de 0,05.

    Resultados

    A frequência geral de ISTs foi: 46,8% (HPV); 27,8% (C. trachomatis); 28,6% (M. genitalium); 0,8% (M. hominis); 4,8% (U. urealyticum); e 4,8% (N. gonorrhoeae). Os fatores de risco significantes para NIC foram: infecção pelo HPV (razão de probabilidades [RP] = 2,53; p = 0,024); C. trachomatis (RP = 3,04; p = 0,009); M. genitalium (RP = 2,37; p = 0,04); e coinfecção por HPV e C. trachomatis (RP = 3,11; p = 0,023). Após a análise multivariada, foi encontrada uma associação significante entre HPV e NIC (RP = 2.48; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,04-5,92; p = 0,04) e entre C. trachomatis e NIC (RP = 2,69; IC95%: 1,11-6,53; p = 0,028).

    Conclusões

    A frequência de ISTs foi alta em mulheres assintomáticas. Infecções por HPV e C. trachomatis foram independentemente associadas com a presença de NIC. A alta frequência de ISTs em mulheres assintomáticas sugere a necessidade de rastreamento rotineiro dessas infecções.

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    Prevalência de HPV em mulheres assistidas pela estratégia saúde da família na Baixa Fluminense do Estado do Rio de Janeiro

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(1):39-46

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    Artigos Originais

    Prevalência de HPV em mulheres assistidas pela estratégia saúde da família na Baixa Fluminense do Estado do Rio de Janeiro

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(1):39-46

    DOI 10.1590/S0100-72032010000100007

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    OBJETIVO: estimar a prevalência de HPV e avaliar os fatores associados em mulheres residentes na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. MÉTODOS: estudo transversal incluindo 2.056 mulheres de 25 a 59 anos assistidas pela Estratégia Saúde da Família, residentes nos municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu do Estado do Rio de Janeiro. Todas as mulheres foram submetidas, numa única consulta, ao exame de Papanicolaou e de detecção do HPV por captura híbrida segunda geração, no período de dezembro de 2001 a julho de 2002. A prevalência de HPV foi calculada segundo local de residência, grupo etário, escolaridade, tabagismo, características sexuais e reprodutivas. Foram calculadas as razões de prevalência associadas às variáveis estudadas através de regressão de Poisson multivariada. RESULTADOS: a prevalência de HPV foi de 12,8% para tipos de alto risco oncogênico e 5,0% para baixo risco. Observou-se uma redução na prevalência de HPV para tipos de alto risco oncogênico com avanço da idade e um recrudescimento no grupo etário de 55 a 59 anos. Não viver com companheiro (RP=1,4; IC95%=1,1-1,8) e ter mais de um parceiro sexual (aumento de 1,4%; IC95%=1,1-1,6 para cada parceiro sexual na vida) associaram-se à infecção pelo HPV de alto risco oncogênico após ajustamento por idade, escolaridade, número de partos, tabagismo e idade do início da atividade sexual. CONCLUSÕES: a prevalência de HPV na população estudada foi mais baixa da que tem sido observada em outros estudos brasileiros, provavelmente por ser oriunda de amostra populacional. Apenas os fatores relacionados ao comportamento sexual mostraram-se associados à infecção pelo HPV, porém a influência do tabagismo nesse processo ainda precisa ser mais bem compreendida. Estudos adicionais são necessários para esclarecer essas questões, bem como o possível recrudescimento da infecção pelo HPV após a menopausa e os tipos de vírus mais prevalentes na população brasileira.

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