Resumo
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O desgaste físico e emocional durante a jornada de pessoas inférteis pelas tecnologias de reprodução assistida é suficiente para justificar esforços no desenvolvimento de estratégias de tratamento compassivas. Desta forma, a menor duração dos protocolos de estimulação ovariana e a necessidade de menos injeções podem melhorar a adesão, prevenir erros e reduzir custos financeiros. Portanto, a estimulação folicular sustentada da alfacorifolitropina parece ser a característica farmacocinética que melhor a diferencia das gonadotrofinas atualmente disponíveis no mercado. No presente artigo, reunimos evidências sobre seu uso, com o objetivo de fornecer as informações necessárias para considerá-la como primeira escolha quando se deseja uma estratégia amigável ao paciente.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2008;30(5):241-247
DOI 10.1590/S0100-72032008000500006
OBJETIVO: avaliar o fuso meiótico e a distribuição cromossômica de oócitos maturados in vitro, obtidos de ciclos estimulados de mulheres inférteis com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e fatores masculino e/ou tubário de infertilidade (Grupo Controle) e comparar as taxas de maturação in vitro (MIV) entre os dois grupos avaliados. MÉTODOS: cinco pacientes inférteis com SOP e oito pacientes controles, submetidas à estimulação ovariana para injeção intracitoplasmática de espermatozóide, foram selecionadas prospectiva e consecutivamente, e constituíram os grupos de estudo e Controle, respectivamente. Oócitos imaturos captados após estimulação ovariana para a realização de injeção intracitoplasmática de espermatozóide (21 e 29, respectivamente, nos Grupos SOP e Controle) foram submetidos à MIV. Apenas os oócitos que apresentaram a extrusão do primeiro corpúsculo polar após a MIV foram fixados e submetidos à imunocoloração e análise por microscopia de fluorescência para avaliação morfológica do fuso e da distribuição cromossômica. A análise estatística foi realizada utilizando o teste exato de Fisher, com significância estatística quando p<0,05. RESULTADOS: as taxas de MIV foram similares entre os dois grupos (47,6 e 44,8%, respectivamente, nos Grupos SOP e Controle). Seis dos dez oócitos (60%) analisados do grupo de estudo e quatro dos 12 oócitos (33,3%) analisados do Grupo Controle apresentaram anomalias meióticas, caracterizadas por anomalias do fuso e/ou distribuição cromossômica oocitária, sem diferença significativa entre os grupos. CONCLUSÕES: os dados do presente estudo não demonstraram diferença significativa nas taxas de MIV e nas proporções de anomalias meióticas entre os oócitos maturados in vitro, provenientes de ciclos estimulados de pacientes com SOP, quando comparados aos controles.