Resumo
. ;:1059-1069
O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente a literatura sobre o uso de suplementos de ferro (não incluindo o ferro derivado da dieta), aumento dos níveis de hemoglobina e/ou ferritina e o risco de desenvolver diabetes mellitus gestacional (DMG).
as bases de dados PUBMED, Cochrane, Web of Science, Scopus, Embase, Cinahl e Lilacs foram pesquisadas até abril de 2021.
Foram revisados 6.956 títulos e resumos, dos quais 9 preencheram os critérios finais de inclusão, totalizando 7.560 mulheres.
A extração de dados foi realizada por dois revisores independentes e as divergências foram resolvidas por um terceiro revisor.
A qualidade metodológica dos ensaios controlados foi avaliada de acordo com as ferramentas da Colaboração Cochrane (ROB-2 e ROBINS-1) e para os estudos observacionais, foi utilizada a ferramenta de avaliação de qualidade do National Institutes of Health (NIH). Entre os 5 estudos observacionais, as mulheres com maiores níveis de hemoglobina ou ferritina apresentaram maior probabilidade de desenvolver DMG quando comparadas àquelas com níveis mais baixos nesses parâmetros. Entre os 3 ensaios clínicos randomizados, nenhum deles encontrou diferença significativa na incidência de DMG entre as mulheres dos grupos de intervenção e controle. No entanto, identificamos muitos riscos de viés e enormes diferenças metodológicas entre eles.
Com base nos estudos incluídos nesta revisão e devido aos importantes problemas metodológicos apontados, são necessários mais estudos de boa qualidade metodológica para melhor estabelecer a associação entre suplementação de ferro e DMG.
Resumo
. ;:53-59
Avaliar a perda sanguínea em partos vaginais induzidos com misoprostol, e em cesáreas com tentativa prévia de indução do parto com misoprostol.
Realizou-se estudo prospectivo observacional com 101 gestantes com indicação para indução do trabalho de parto, as quais foram avaliadas pela dosagem de hemoglobina pré e pós-parto para estimativa da perda sanguínea no parto. Procedeu-se à indução do trabalho de parto com misoprostol 25 μg, via vaginal, a cada 6 horas, em um número máximo de 6 doses. O grupo controle foi composto por 30 pacientes que entraram emtrabalho de parto espontaneamente, e por 30 pacientes que se submeteram a cesárea eletiva. O estudo da hemoglobina, antes e depois do parto, foi avaliado por ANOVA paramedidas repetidas, no qual foi verificado o efeito do tempo (pré e pós-parto) e o efeito do grupo (com e sem uso do misoprostol).
Existem diferenças significativas entre os níveis de hemoglobina pré e pós-parto (p < 0,0001) nos partos vaginais induzidos pelo misoprostol (1,6 ± 1,4 mg/ dL), nos partos vaginais não induzidos (1,4 ± 1,0 mg/dL), nas cesáreas com tentativa prévia de indução (1,5 ± 1,0mg/dL), e nas cesáreas eletivas (1,8 ± 1,1mg/dL). Porém, as diferenças foram proporcionais em ambos os grupos, ou seja, ocorreu diferença tanto no grupo que fez uso do misoprostol quanto no grupo que não fez uso do medicamento, tanto na cesárea (p = 0,6845) quanto no parto vaginal (p = 0,2694).
A indução do parto com misoprostol não alterou a perda sanguínea durante o parto.