Gestação de alto risco Archives - Página 2 de 2 - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

  • Trabalhos Originais

    Morte materna em hospital terciário do Rio Grande do Sul – Brasil: um estudo de 20 anos

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(6):431-436

    Resumo

    Trabalhos Originais

    Morte materna em hospital terciário do Rio Grande do Sul – Brasil: um estudo de 20 anos

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(6):431-436

    DOI 10.1590/S0100-72032003000600008

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    OBJETIVO: analisar os casos de morte materna ocorridos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), hospital universitário de referência para gestação de alto risco no Rio Grande do Sul. MÉTODOS: realizamos estudo retrospectivo analisando os prontuários médicos das mulheres entre 10 e 49 anos que morreram no HCPA no período de 1980 a 1999. Foram analisadas apenas as mortes relacionadas a gestação e puerpério (até 365 dias após o término da gestação), independente do tipo e duração da gestação. As causas foram separadas em causas obstétricas diretas, obstétricas indiretas e causas não obstétricas. RESULTADOS: entre as causas obstétricas diretas (61,7%), destacaram-se a hipertensão arterial (18,5%), a infecção pós-cesariana (16%) e o aborto séptico (12,3%). Dentre as causas obstétricas indiretas (23,5%), as mais prevalentes foram a cardiopatia (8,6%), o fígado gorduroso agudo (3,5%) e o lúpus eritematoso sistêmico (2,5%). Dentre as causas não obstétricas (15,0%), destacam-se as neoplasias malignas (7,4%) e a AIDS (3,7%). CONCLUSÕES: a prevalência das principais causas de morte materna não sofreu modificação nas últimas duas décadas, sendo que a principal causa continua sendo a hipertensão arterial. Também, há número significativo de mortes relacionadas à cesariana (relacionadas ao procedimento) e às infecções. Podemos concluir que a prevalência de causas obstétricas diretas aponta para a baixa capacidade de prevenção de morte materna no nosso sistema de saúde.

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  • Trabalhos Originais

    Morbidade associada a cesariana eletiva em portadoras do HIV

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(5):323-328

    Resumo

    Trabalhos Originais

    Morbidade associada a cesariana eletiva em portadoras do HIV

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(5):323-328

    DOI 10.1590/S0100-72032003000500004

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    OBJETIVO: determinar se a cesariana eletiva na 38ª semana de gestação para pacientes portadoras do vírus HIV, com a finalidade de reduzir a transmissão vertical, aumenta a morbiletalidade materna. MÉTODOS: foram incluídas 58 pacientes portadoras do vírus submetidas ao protocolo ACTG 076 completo (associação da zidovudina oral no pré-natal com a forma venosa no momento do parto), que foram submetidas a cesariana eletiva na 38ª semana de gravidez. O grupo controle constituiu-se de 226 grávidas não infectadas (as quatro pacientes submetidas a cesariana eletiva após cada cesariana em paciente portadora do HIV). As variáveis analisadas nos dois grupos foram: atonia uterina, febre puerperal, infecções de parede abdominal, infecções urinárias, endometrite, perda sangüínea, tempo operatório e tempo de internação. A análise estatística foi feita com o teste do c² (teste de Fisher quando havia caselas com menos de 5 casos). O risco relativo (RR) foi calculado com o programa Epi-Info 6.0. RESULTADOS: os resultados mostram que a cesariana eletiva realizada em pacientes portadoras do HIV, quando comparada com o grupo controle, não apresentou maior incidência de atonia uterina (p=1,6), de febre puerperal (p=0,6), de infecções de parede abdominal (p=0,6), de infecções urinárias (p=0,2) e de endometrite (p=0,3). No entanto, houve maior perda sangüínea (risco relativo de 2,2), e maior tempo operatório (risco relativo de 3,3). A paciente portadora do HIV permaneceu menos tempo internada que aquela do grupo controle (risco relativo de 0,3). CONCLUSÃO: conclui-se que não houve aumento da morbidade materna ao se optar pela cesariana como desfecho da gestação da paciente portadora do vírus HIV.

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  • Relato de Caso

    Anemia Aplástica e Gravidez: Relato de Caso

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2002;24(5):343-346

    Resumo

    Relato de Caso

    Anemia Aplástica e Gravidez: Relato de Caso

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2002;24(5):343-346

    DOI 10.1590/S0100-72032002000500009

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    A anemia aplástica é distúrbio caracterizado por pancitopenia e medula óssea hipocelular, com substituição gordurosa dos elementos e sem nenhum sinal de transformação maligna ou doença mieloproliferativa. Acomete geralmente adultos jovens e idosos, sem preferência sexual. A maioria dos casos é adquirida, mas pode ocorrer hereditariamente, por distúrbio molecular (anemia de Fanconi). A associação com gravidez é rara, estando relacionada com alta morbidade e mortalidade materna e fetal. Os autores descrevem o caso de uma paciente com anemia aplástica, diagnosticada previamente, cuja gestação complicou com infecção do trato urinário, doença hipertensiva específica da gestação e restrição de crescimento fetal, com parto prematuro eletivo. Apesar das condições adversas na gravidez e parto, mãe e recém-nascido tiveram evolução clínica satisfatória.

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  • Trabalhos Originais

    Dopplervelocimetria dos Compartimentos Arterial e Venoso da Circulação Fetal e Umbilical em Gestação de Alto-Risco: Análise dos Resultados Perinatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2002;24(3):153-160

    Resumo

    Trabalhos Originais

    Dopplervelocimetria dos Compartimentos Arterial e Venoso da Circulação Fetal e Umbilical em Gestação de Alto-Risco: Análise dos Resultados Perinatais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2002;24(3):153-160

    DOI 10.1590/S0100-72032002000300002

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    Objetivos: estudar o perfil hemodinâmico fetal em gestantes de alto risco e avaliar a relação das suas alterações com os resultados perinatais. Métodos: realizou-se estudo prospectivo transversal em 108 gestantes atendidas no ambulatório de pré-natal da Clínica Obstétrica do HCFMUSP. Tais gestantes foram encaminhadas ao Setor de Avaliação de Vitalidade Fetal, onde foram submetidas à dopplervelocimetria das artérias umbilicais, cerebral média, aorta, ducto venoso e veia cava inferior. Os critérios de inclusão foram gestantes que apresentavam qualquer doença ou intercorrência na gravidez encaminhadas para avaliação da vitalidade fetal, nas quais a resolução da gestação ocorreu nas próximas 24 horas após os exames. Foram excluídas as pacientes com gestação gemelar ou com malformação fetal. Resultados: as repercussões hemodinâmicas na circulação fetal foram demonstradas pela observação de alterações na dopplervelocimetria das artérias umbilicais, aorta, artéria cerebral média, ducto venoso e veia cava inferior. Valores alterados do índice de pulsatilidade (IP) da artéria umbilical foram observados em 25,9% dos casos, da aorta em 24,0% e da artéria cerebral média em 34,2%. O IPV do ducto venoso estava alterado em 18,2% dos casos e o da veia cava inferior em 46,6%. Os segmentos da circulação fetal que melhor se correlacionaram com os resultados perinatais foram a artéria umbilical e o ducto venoso. O IP alterado da artéria umbilical correlacionou-se significativamente com índices de Apgar de 1º minuto inferior a 7 em 42,8% e com necessidade de UTI neonatal em 50,0% dos casos. O IPV (indice de pulsatilidade para veias) do ducto venoso alterado apresentou associação significativa com o índice de Apgar de 1º minuto inferior a 7 (52,6%), Apgar de 5º minuto inferior a 7 (15,7%), acidemia no nascimento (60,0%), necessidade de UTI neonatal (52,6%) e óbito neonatal (21,1%). Os valores de predição da alteração do IPV do ducto venoso para o diagnóstico de acidemia foram: sensibilidade de 39,1; especificidade de 90,4; valor preditivo positivo de 60,0 e valor preditivo negativo de 80,2. Conclusão: a dopplervelocimetria permite avaliar a hemodinâmica fetal nas mais variadas situações e o estudo do ducto venoso constitui exame importante na avaliação das alterações hemodinâmicas decorrentes da hipoxia fetal.

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