Resumo
. ;:573-577
O presente estudo teve como objetivo desenvolver um modelo matemático útil que prediz a idade na qual a insuficiência ovariana prematura pode ocorrer após a radioterapia externa (teleterapia). O diagnóstico de menopausa prematura ou precoce tem consequências físicas e psicológicas; portanto, as mulheres podem precisar de apoio e acompanhamento médico de longo prazo.
Para correlacionar a dose de radiação ovariana com a função ovariana, foi usada a fórmula descrita por Wallace et al.: √g(z) = 10(2-0,15z), na qual “g(z)” e “z” representam a taxa de sobrevivência do oócito e a dose de radiação (em Gray), respectivamente. Ao simular diferentes idades e doses, observamos um padrão que poderia ser usado para simplificar a relação entre a dose de radiação e o tempo restante da função ovariana.
Obtivemos uma função linear entre a dose de radiação ovariana e a perda da função ovariana (LOF, na sigla em inglês) que é a porcentagem de diminuição no tempo até a falência ovariana em relação ao tempo esperado para uma mulher da mesma idade sem exposição à radiação. Para pacientes<40 anos de idade e com doses de radiação ovariana < 5 Gy, a equação LOF = 2,70 + (11,08 × Dose) pode ser aplicada para estimar a redução no tempo até a insuficiência ovariana.
O presente estudo relata um método teórico viável para estimar a perda da função ovariana. Estes achados podem melhorar potencialmente o manejo e o aconselhamento de pacientes jovens submetidas à radioterapia durante seus anos reprodutivos.
Resumo
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Analisar a literatura científica existente para saber se a pandemia de doença do coronavírus 2019 (coronavirus disease 2019, COVID-19, em inglês) afeta a saúde ginecológica.
Realizou-se revisão integrativa de artigos publicados entre abril de 2020 e abril de 2021 nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS, utilizando COVID-19 e os seguintes termos: Menstrual change; Ovarian function; Violence against women; Contraception; HPV; Mental health; e Urogynecology.
Entre os estudos elegíveis encontrados, foram incluídos editoriais e artigos de pesquisa que descrevem a dinâmica entre a infecção por coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (severe acute respiratory syndrome coronavirus, SARSCoV- 2, em inglês), a causa da pandemia de COVID-19, e a saúde ginecológica.
Por meio de síntese qualitativa, os dados foram extraídos das publicações incluídas e de diretrizes de sociedades nacionais e internacionais de ginecologia.
Principais As 34 publicações incluídas no estudo mostraram que alguns fatores da infecção por SARS-CoV-2, e, consequentemente, da pandemia de COVID-19, podem estar associados a alterações menstruais, influências na contracepção, alterações em hormônios esteroides, adaptações na assistência uroginecológica, influência na saúde mental da mulher, e impacto negativo na violência contra a mulher.
A pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo na saúde das mulheres. A comunidade científica incentiva o desenvolvimento de recomendações para o atendimento especializado a mulheres, e estratégias para prevenir e combater a violência durante e após a pandemia de COVID-19.