Resumo
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DOI 10.1590/S0100-72032013000300003
OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida e os sintomas do climatério em mulheres com e sem transplante de fígado. MÉTODOS: Estudo de corte transversal com 52 mulheres em acompanhamento ambulatorial em um hospital universitário na região sudeste do Brasil no período de 04/02/09 a 05/01/11. Dessas mulheres, 24 tinham 35 anos ou mais e haviam sido submetidas a transplante de fígado a pelo menos um ano antes do início do estudo. As outras 28 mulheres não tinham doença hepática e suas idades e padrões menstruais eram similares ao das transplantadas hepáticas. Para avaliação da qualidade de vida foi usada a versão abreviada do questionário da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-bref). Os sintomas da menopausa foram avaliados através do Menopause Rating Scale (MRS). A análise estatística foi realizada através dos testes t de Student, Mann-Whitney e ANOVA. As correlações entre o MRS e o WHOQOL-bref foram realizadas através de coeficientes de correlação. RESULTADOS: A idade média das mulheres incluídas no estudo foi de 52,2 (±10,4) anos e o tempo médio desde a realização do transplante foi de 6,1 (±3,3) anos. As mulheres transplantadas hepáticas tiveram melhores escores de qualidade de vida no domínio relacionado ao meio ambiente (p=0,01). Não houve diferença entre os dois grupos em nenhum domínio do MRS. As mulheres no grupo de comparação tiveram uma correlação fortemente negativa entre os sintomas somáticos do MRS e o domínio físico do WHOQOL-bref (p<0,01; r=-0,8), diferentemente das mulheres com transplante de fígado que tiveram uma correlação apenas moderada (p<0,01; r=-0,5). CONCLUSÕES: As mulheres com transplante de fígado tiveram melhores escores de qualidade de vida no domínio relacionado ao meio ambiente e não tiveram sintomas climatéricos mais intensos. Os sintomas do climatério influenciaram negativamente a qualidade de vida nas transplantadas hepáticas, porém com menor intensidade do que nas mulheres sem antecedentes de doença hepática.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(10):532-537
DOI 10.1590/S0100-72032007001000007
OBJETIVO: avaliar o efeito da isoflavona de soja sobre os sintomas climatéricos e espessura endometrial em mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado envolvendo 90 mulheres pós-menopausadas, entre 45 e 60 anos, com queixas de fogachos, acompanhados ou não de outros sintomas climatéricos. Foram randomizadas para receber 50 mg de isoflavona a cada 12 horas, diariamente, por 12 semanas (n=42), ou placebo (n=48), e avaliadas antes e ao final do tratamento, pelo índice menopausal de Kupperman (IK), no qual se registrava a intensidade dos sintomas climatéricos, utilizando uma escala visual analógica de 100 mm. Os fogachos foram avaliados separadamente também. Foram submetidas a uma ultra-sonografia transvaginal para a avaliação da espessura do eco endometrial. Para a análise estatística, empregaram-se o teste do chi2, ANOVA ou t de Student e Mann-Whitney, ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: não foram observadas diferenças significantes no IK (64 versus 82, p>0,05) nem nos fogachos (20 versus 20, p>0,05), entre os grupos tratados com isoflavona ou placebo, respectivamente. Também não foram observadas diferenças significantes no IK e nos fogachos, antes e após o tratamento, quando os grupos tratados com isoflavona ou placebo foram analisados separadamente. Nenhuma diferença foi observada na espessura do endométrio após o tratamento entre os grupos tratados com isoflavona ou placebo (0,28 versus 0,26 mm, respectivamente, p>0,05). CONCLUSÕES: a isoflavona de soja, na dose de 100 mg/dia, não é mais efetiva que o placebo para a redução das ondas de calor e sintomas do hipoestrogenismo em mulheres na pós-menopausa e não apresenta efeitos sobre a espessura endometrial.