Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(12):569-574
DOI 10.1590/S0100-72032013001200007
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a frequência de deleção homozigótica dos genes GSTM1 e GSTT1 e suas combinações entre os pacientes com câncer de mama e indivíduos saudáveis, associando-se a suscetibilidade à doença. MÉTODOS: Este é um estudo de caso-controle, no qual 49 mulheres diagnosticadas com câncer de mama confirmado por exame anatomopatológico e 49 mulheres saudáveis, sem evidência de câncer e sem história familiar prévia de câncer de mama, foram convidadas a participar. Todas responderam a um questionário com dados epidemiológicos e foram submetidas à coleta de sangue. O DNA foi extraído a partir de sangue, e genotipagem foi realizada por reação em cadeia da polimerase. Os dados foram analisados com o SPSS 20.0. RESULTADOS: A frequência de alelos nulos para GSTM1 e GSTT1 foi de 58,8 e 61,7%, respectivamente, para as pacientes com câncer de mama, e 41,2 e 38,3%, respectivamente, em pacientes do grupo controle. Em deleção homozigótica do gene GSTM1, uma frequência significativamente maior foi encontrada nos casos. CONCLUSÃO: Pacientes com câncer de mama apresentam uma maior frequência de deleção homozigótica do gene GSTM1 quando comparadas com o grupo controle.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2006;28(10):601-606
DOI 10.1590/S0100-72032006001000006
OBJETIVO: Verificar a existência de associação entre subfertilidade ou infertilidade e concomitante presença de doença celíaca nas mulheres atendidas em ambulatório de hospital geral especializado em reprodução humana. MÉTODOS: O delineamento do estudo foi do tipo caso-controle. Os casos foram constituídos por um grupo de 200 mulheres com queixa de dificuldade para engravidar, e um grupo controle formado por 400 mulheres atendidas no mesmo ambulatório com queixas variadas, mas sem problemas de fertilidade. Ambos os grupos de pacientes foram submetidos a pesquisa de anticorpos antiendomísio pelo método de imunofluorescência indireta. Nos casos positivos, o diagnóstico foi confirmado por biópsia duodenal endoscópica e exame histopatológico. RESULTADOS: Os testes antiendomísio no grupo com dificuldade para engravidar resultaram positivos em três pacientes (1,5%). O diagnóstico de doença celíaca foi confirmado por subseqüente exame histopatológico da mucosa duodenal. Todas as pacientes pertencentes ao grupo controle apresentaram testes sorológicos negativos. CONCLUSÕES: O fato de terem sido encontrados casos de doença celíaca somente entre mulheres com queixas de dificuldade para engravidar parece um dado relevante e sugestivo de ser a doença celíaca mais comum entre mulheres inférteis; porém, há necessidade de novos estudos com tamanho de amostra maior para confirmação definitiva dessa provável associação.