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Review Article
Eficácia das abordagens hormonais e não hormonais para atrofia vaginal e disfunções sexuais em mulheres na pós-menopausa: Uma revisão sistemática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(10):986-994
23/01/2022
Resumo
Review ArticleEficácia das abordagens hormonais e não hormonais para atrofia vaginal e disfunções sexuais em mulheres na pós-menopausa: Uma revisão sistemática
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2022;44(10):986-994
23/01/2022Visualizações116Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar a eficácia das abordagens hormonais e não hormonais para os sintomas de disfunção sexual e atrofia vaginal em mulheres na pós-menopausa.
Fontes de Dados
Pesquisamos as bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, SciELO, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), assim como bancos de dados de ensaios clínicos. Foram analisados estudos publicados entre 1996 e 30 de maio de 2020. Nenhuma restrição de idioma foi aplicada.
Seleção dos Estudos
Foram selecionados ensaios clínicos randomizados que avaliavam o tratamento das disfunções sexuais em mulheres na pós-menopausa.
Coleta de Dados
Três autores (ACAS, APFC e JL), revisaram cada artigo com base em seu título e resumo. Os dados relevantes foram posteriormente retirados do texto completo do artigo. Quaisquer discrepâncias durante a revisão foram resolvidas por consenso entre todos os autores listados.
Síntese dos Dados
Ao todo, 55 estudos foram incluídos na revisão sistemática. As abordagens testadas para tratar a disfunção sexual foram: lubrificantes e hidratantes (18 estudos); fitoestrogênios (14 estudos); deidroepiandrosterona (DHEA; 8 estudos); ospemifeno (5 estudos); testosterona vaginal (4 estudos); exercícios para os músculos do assoalho pélvico (2 estudos); oxitocina (2 estudos);laser de CO2 vaginal (2 estudos); lidocaína (1 estudo), e vitamina E vaginal (1 estudo).
Conclusão
Identificou-se falta de coerência na literatura quanto aos tratamentos propostos e medidas de resultados selecionadas. Apesar da grande diversidade de modalidades de tratamento e medidas de resultados, esta revisão sistemática pode lançar luz sobre alvos potenciais para o tratamento, que é considerado necessário para a disfunção sexual, assumindo que a maioria dos estudos randomizados foi avaliada com baixo risco de viés de acordo com a ferramenta de avaliação de risco de viés de Cochrane Collaboration. Esta revisão tem cadastro no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO; CRD42018100488).
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Case Report
Profilaxia de curto prazo para o parto em grávidas com angioedema hereditário com inibidor de C1 normal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):845-848
11/01/2020
Resumo
Case ReportProfilaxia de curto prazo para o parto em grávidas com angioedema hereditário com inibidor de C1 normal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):845-848
11/01/2020Visualizações74Ver maisResumo
Objetivo
Verificar a eficácia da profilaxia de curto prazo para o parto vaginal ou cesáreo com inibidor de C1 derivado de plasma concentrado em mulheres grávidas. Eles devem ter angioedema hereditário e inibidor normal de C1 no plasma.
Métodos
Relato de caso de gestantes diagnosticadas com angioedema hereditário com inibidor de C1 normal que foram tratadas com inibidor intravenoso de concentrado de C1 para profilaxia de ataques de angioedema quando hospitalizadas para o parto. O exon 9 do gene de genotipagem do fator 12 (F12) foi realizado por sequenciamento automático em todos os pacientes.
Resultados
Três casos de gestantes com angioedema hereditário com nível sérico normal de inibidor de C1 são relatados. O teste genético detectou a presença de uma mutação patogênica no gene F12. Os partos ocorreram sem intercorrências e as pacientes não apresentaram sintomas hereditários de angioedema nas 72 horas seguintes.
Conclusão
O concentrado de inibidor de C1 pode ser útil para prevenir ataques de angioedema durante e após o parto.
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Case Report
Melanoma genital pós-parto – relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(3):163-167
01/03/2018
Resumo
Case ReportMelanoma genital pós-parto – relato de caso
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(3):163-167
01/03/2018Visualizações81Ver maisResumo
Melanomas do trato ginecológico podem ocorrer na vulva, vagina, ovário ou cérvix. A gravidez é considerada um fator agravante na evolução e prognóstico do melanoma. Uma mulher de 35 anos de idade apresentou sangramento vaginal 2 meses após o parto por cesariana a termo. Uma ultrassonografia endovaginal mostrou lesão no colo uterino. O exame anatomopatológico mostrou uma pequena neoplasia de células redondas, e a imuno-histoquímica confirmou o diagnóstico de melanoma maligno. A tomografia por emissão de pósitrons mostrou lesão hipermetabólica expansiva centrada no colo do útero,e lesões hipermetabólicas no fígado e no rim direito. O tratamento não cirúrgico foi feito com bioquimioterapia seguida de ipilimumab e nivolumab. A paciente morreu um ano depois. Sangramentos vaginais pós-parto,mesmo que tardios,devem ser investigados,pois podem ser um melanoma maligno associado à gravidez, o qual tem um mau prognóstico.
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Artigos Originais
Efeitos da tibolona sobre o parênquima mamário: estudo experimental
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015;37(5):233-240
01/05/2015
Resumo
Artigos OriginaisEfeitos da tibolona sobre o parênquima mamário: estudo experimental
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2015;37(5):233-240
01/05/2015DOI 10.1590/SO100-720320150005333
Visualizações38OBJETIVO:
Avaliar o efeito da terapia hormonal com tibolona, em três períodos de tempo diferentes, sobre o tecido mamário de ratas castradas.
MÉTODO:
Foram utilizadas 60 ratas Wistar adultas e virgens, submetidas à ooforectomia. Após 21 dias de pós-operatório (PO), confirmado o hipoestrogenismo, os animais foram divididos aleatoriamente em 6 grupos: tibolona 1 (n=10) recebeu tibolona 1 mg/dia por 23 dias, tibolona 2 (n=10), por 59 dias, tibolona 3 (n=10), por 118 dias; os subgrupos controle 1 (n=8), controle 2 (n=7) e controle 3 (n=10) receberam a água destilada por 23, 59 e 118 dias, respectivamente. Após o tratamento, foram ressecados seis pares de mamas, destinados à análise histológica pela coloração de hematoxilina e eosina (HE); o procedimento seguiu de eutanásia. Os parâmetros histológicos avaliados foram: hiperplasia epitelial e atividade secretora (AS). As variáveis foram submetidas à análise estatística, adotando-se como significante p<0,05.
RESULTADOS:
Foram observadas alterações histológicas em 20/55 ratas, sendo: hiperplasia epitelial leve (HEB1) em 7/55, hiperplasia epitelial moderada (HEB2) em 5/55, hiperplasia alvéolo-nodular (HAN) em 7/55, atipia sem proliferação epitelial em 1/55, não sendo encontrada hiperplasia severa (HEB3). Encontrou-se AS em 31/55 das ratas. A AS foi significativamente maior no grupo tibolona (T), em todos os tempos avaliados (p=0,001). As alterações histológicas analisadas não foram significantes comparando (p>0,05) os grupos controle (C) e T. A variável tempo de exposição à droga não apresentou significância, quando comparados os três períodos avaliados.
CONCLUSÃO:
Não foi verificada relação entre as alterações histológicas e a terapêutica com tibolona em curto, médio e longo prazo.
Palavras-chave: EstrogêniosHiperplasiaNeoplasias da mamaProliferação celularRatosTerapia de Reposição HormonalTibolonaVer mais -
Artigos Originais
Efeitos de altas doses de genisteína sobre o epitélio mamário de ratas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(9):264-269
20/12/2011
Resumo
Artigos OriginaisEfeitos de altas doses de genisteína sobre o epitélio mamário de ratas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(9):264-269
20/12/2011DOI 10.1590/S0100-72032011000900008
Visualizações60Ver maisOBJETIVO: avaliar os efeitos de altas doses de genisteína sobre o epitélio mamário de ratas adultas. MÉTODOS: após 28 dias da ooforectomia, cinquenta ratas adultas foram divididas em cinco grupos, a saber: um controle (Ctrl), três que receberam genisteína (GEN) nas doses de 46 mg/kg (GEN46), 125 mg/kg (GEN125) e 250 mg/kg (GEN250), e um que recebeu estrogênios conjugados equinos na dose de 50 µg/kg (ECE). As substâncias foram administradas diariamente durante 30 dias consecutivos por gavagem e na última semana de tratamento foi efetuado exame colpocitológico durante sete dias consecutivos. Após o tratamento, os animais foram anestesiados, amostras de sangue foram retiradas para determinação do estradiol e da progesterona, e o primeiro par de mamas inguinais retirado e processado para análise histomorfométrica. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância complementada pelo teste de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: nos grupos Ctrl e tratados com as diferentes doses de GEN as mamas apresentaram-se atróficas, no entanto mostraram-se desenvolvidas no grupo ECE, onde se notou a presença de inúmeros ductos e alvéolos mamários contendo material eosinófilo em seu interior. A morfometria mostrou maior área de parênquima mamário no grupo ECE (98.870,1±550,4 µm²* por mm²; p<0,05) comparado aos outros grupos (Ctrl=36.875,6±443,4; GEN46=37.001,7±557,4; GEN125=36.480,8±658,3 e GEN250=37.502,8±669,3). O mesmo ocorreu em relação ao número de alvéolos e ductos mamários no grupo ECE (33,2±6,9* por mm²; p<0,05) em relação aos outros grupos (Ctrl=10,4±2,1, GEN 46=11,2±3,1; GEN 125=11,6±2,1 e GEN 250=12,3±2,3). Os níveis de estradiol mostraram-se aumentados no grupo ECE em relação aos outros grupos (9,4±1,7 pg/mL; p<0,05), sendo que os níveis séricos de progesterona mostraram-se semelhantes em todos os grupos de estudo. CONCLUSÃO: a administração de genisteína em altas doses não apresentou efeito proliferativo no tecido mamário de ratas.
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Artigos Originais
Efeito da trimegestona sobre o tecido mamário de ratas castradas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(7):137-142
11/10/2011
Resumo
Artigos OriginaisEfeito da trimegestona sobre o tecido mamário de ratas castradas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(7):137-142
11/10/2011DOI 10.1590/S0100-72032011000700004
Visualizações50Ver maisOBJETIVO: Avaliar o efeito da trimegestona sobre a proliferação celular do tecido mamário de ratas castradas. MÉTODOS: Foram utilizadas 45 ratas adultas e virgens, da linhagem Wistar, submetidas à castração. Após o 60º dia da castração, confirmado o hipoestrogenismo, os animais foram divididos aleatoriamente em três grupos, conforme o tratamento proposto: controle (n=15) recebeu soro fisiológico 0,9%; estrogênio (n=15) recebeu 17 beta-estradiol; e combinado (n=15) recebeu 17 beta-estradiol associado à trimegestona, todos por 60 dias consecutivos. Após o término do tratamento, procedeu-se a exérese das mamas inguinais, destinadas a análise morfométrica pela coloração de hematoxilina e eosina (HE) e imuno-histoquímica pela quantificação do anticorpo anti-PCNA no tecido mamário, seguido de eutanásia. Os parâmetros morfométricos avaliados foram: proliferação celular epitelial, atividade secretora e alteração do estroma mamário. Ocorreram nove óbitos durante o experimento. As variáveis foram submetidas à análise estatística adotando-se como significante p<0,05. RESULTADOS: Foram observadas alterações histológicas em 16/36 ratas, hiperplasia epitelial leve em 13/36, hiperplasia epitelial moderada em 3/36, não sendo encontrada hiperplasia epitelial severa. Encontrou-se fibrose no estroma em 10/36 e atividade secretora em 5/36 das ratas. Todas as variáveis do estudo morfométrico foram significantes comparando-se os grupos controle e estrogênio (p=0,03), e nenhuma foi significante na comparação dos grupos controle e combinado (p=0,4). A análise imuno-histoquímica não mostrou diferença entre os grupos. CONCLUSÃO: Os hormônios usados em ratas castradas aumentaram a proliferação de células mamárias, tanto o 17 beta-estradiol isolado quanto associado à trimegestona, porém este efeito parece ser menor quando se emprega a associação, o mesmo ocorrendo em relação à fibrose do estroma mamário.
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Revisão
Aspectos atuais do diagnóstico e tratamento da endometriose
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(6):298-307
28/09/2010
Resumo
RevisãoAspectos atuais do diagnóstico e tratamento da endometriose
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(6):298-307
28/09/2010DOI 10.1590/S0100-72032010000600008
Visualizações59Ver maisA endometriose é caracterizada pela presença de tecido endometrial, localizado fora da cavidade uterina, como superfície peritoneal, ovários e septo retovaginal. A prevalência gira em torno de 6 a 10%. Em relação à etiopatogenia, a teoria da menstruação retrógrada é aceita, porém alterações na biologia molecular do endométrio parecem ser fundamentais para o desenvolvimento dos focos ectópicos de endometriose. Mulheres com endometriose podem ser assintomáticas ou apresentar queixas de dismenorreia, dispareunia, dor pélvica crônica e/ou infertilidade. Embora o diagnóstico definitivo da endometriose necessite de uma intervenção cirúrgica, preferencialmente por videolaparoscopia, diversos achados nos exames físico, de imagem e laboratoriais já podem predizer, com alto grau de confiabilidade, que a paciente apresenta endometriose. Os tratamentos mais difundidos atualmente são a cirurgia, a terapia de supressão ovariana ou a associação de ambas. Tratamentos farmacológicos que não inibem a função ovariana estão em investigação.
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Artigos Originais
Efeitos da isoflavona e dos estrogênios conjugados eqüinos sobre a qualidade de vida na pós-menopausa
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(5):248-252
05/10/2007
Resumo
Artigos OriginaisEfeitos da isoflavona e dos estrogênios conjugados eqüinos sobre a qualidade de vida na pós-menopausa
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(5):248-252
05/10/2007DOI 10.1590/S0100-72032007000500005
Visualizações49OBJETIVO: analisar os efeitos da isoflavona e do estrogênio sobre a qualidade de vida de mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: realizou-se estudo randomizado, duplo-cego, com 79 pacientes, amenorréia de 12 meses, idade superior a 40 anos e índice de massa corporal (IMC) superior a 30 kg/m². As mulheres foram aleatoriamente divididas em dois grupos de tratamento: GECP recebeu duas cápsulas, via oral, de 12/12 horas, uma contendo 0,625 mg de estrogênios conjugados eqüinos e, a outra, placebo (n=33); GECS recebeu duas cápsulas de 150 mg de extrato de soja, com 60 mg de isoflavonas cada (n=32), por seis meses. O Questionário de Qualidade de Vida Específico para Menopausa foi empregado antes e após um, três e seis meses de tratamento. Os parâmetros do risco de câncer ginecológico foram avaliados. Para análise dos dados, aplicaram-se os testes de ANOVA e de Tukey. RESULTADOS: quanto aos parâmetros vasomotores, houve redução nos valores após seis meses de tratamento, 1,6±0,8 e 2,4±1,6, em relação aos valores antes da terapia, 4,0±2,2 e 4,2±2,3, respectivamente, nos GECP e GECS. Os aspectos psicossociais mostraram diminuição dos valores após seis meses de terapia, 2,5±1,2 e 2,9±1,4, em relação aos valores antes da terapia, 3,6±1,6 e 4,1±1,9, respectivamente, nos GECP e GECS. De forma semelhante ocorre no aspecto físico e nos sintomas sexuais. CONCLUSÕES: as isoflavonas agem positivamente na qualidade de vida de mulheres na pós-menopausa, semelhantemente aos estrogênios conjugados eqüinos.
Palavras-chave: EstrogêniosIsoflavonaPós-menopausaQualidade de vidaQuestionáriosTerapia de Reposição HormonalVer mais