Resumo
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Avaliar a associação da intensidade da dor na fase ativa da dilatação do parto em mulheres de acordo com a utilização ou não de métodos não farmacológicos para alívio da dor em cenário de vida real.
Trata-se de um estudo observacional de corte transversal. As variáveis analisadas foram obtidas através de questionário com as puérperas (até 48 horas pós-parto) investigando a intensidade da dor no parto pela escala visual analógica (EVA). As medidas não farmacológicas de alívio da dor, utilizadas rotineiramente na prática obstétrica, foram avaliadas pela consulta aos prontuários. As pacientes foram separadas em dois grupos: Grupo I – pacientes que não utilizaram medidas não farmacológicas para alívio da dor e Grupo II - pacientes que utilizaram estas medidas.
Foram incluídas 439 mulheres que tiveram parto vaginal, sendo que 386 (87,9%) utilizaram, pelo menos, uma medida não farmacológica e 53 (12,1%) não utilizaram. As mulheres que não utilizaram as medidas não farmacológicas apresentaram idade gestacional significativamente menor (37,2 versus 39,6 semanas, p < 0,001) e menor duração do trabalho de parto (24 versus 114 minutos, p < 0,001) quando comparadas às que utilizaram as medidas. Não houve diferença estatisticamente significativa na pontuação da escala da dor pela EVA de acordo com a categorização pelo uso ou não de métodos não farmacológicos (mediana 10 [mínimo 2–máximo 10] versus 10 (mínimo 6–máximo 10), p = 0,334].
Em cenário de vida real, as pacientes submetidas aos métodos não farmacológicos não apresentaram diferença em relação à intensidade da dor quando comparadas às que não os utilizaram durante a fase ativa do trabalho de parto.
Resumo
. ;:170-175
A endometriose é uma doença complexa, e a dor é um componente importante da enfermidade. Um dos métodos mais utilizados para avaliar a dor é a escala visual analógica (EVA). O objetivo da presente pesquisa foi estudar a dor sentida pelas pacientes que se referiram à nossa unidade para endometriose, usando a EVA para entender as variáveis que poderiam influenciá-la.
Realizamos um estudo transversal de fevereiro de 2012 a dezembro de 2016, envolvendo 388 pacientes que se referiram a um hospital universitário, em Florença, Itália. Incluímos nossos pacientes do estudo durante o acompanhamento da endometriose; incluímos também pacientes que sesubmeteramàcirurgia comdiagnóstico histológico de endometriose. Coletamos informações sociodemográficas e clínicas sobre idade, índice de massa corporal (IMC), hábito de fumar, número de gravidezes e estágio da endometriose. Finalmente, administramos a EVA para vários sintomas.
A dismenorreia foi o sintoma associado à maior percepção de dor (média do escore EVA de 5,76). A regressão logística mostrou que o estágio da endometriose poderia influenciar a dor associada à constipação e à disúria. A regressão linear mostrou que a idade poderia influenciar a dor associada à constipação, à dispareunia e à dismenorreia. Uma correlação positiva foi encontrada entre dismenorreia e dor pélvica crônica, entre dismenorreia e dispareunia, e entre constipação e disúria.
Utilizando um método validado, a EVA, estudamos a dor sentida por um grupo de pacientes com história de endometriose e observamos que o hábito de fumar e o IMC não influenciaram os escores EVA, e que a dismenorreia foi associada à maior percepção de dor.