Endometriose/cirurgia Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Modelo de segurança para a introdução da cirurgia robótica em ginecologia

    . ;:397-402

    Resumo

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    Modelo de segurança para a introdução da cirurgia robótica em ginecologia

    . ;:397-402

    DOI 10.1055/s-0038-1655746

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    Resumo

    Objetivo

    Analisar os resultados perioperatórios e a segurança da realização de cirurgias ginecológicas por laparoscopia robô-assistida durante a implementação da técnica num hospital comunitário ao longo de 6 anos.

    Métodos

    Este foi umestudo retrospectivo observacional, comanálise dos prontuários de 274 pacientes que se submeteramà cirurgia robótica de setembro de 2008 a dezembro de 2014. Avaliamos idade, índice de massa corpórea (IMC), diagnóstico, procedimentos realizados, classificação da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA), presença de um preceptor (cirurgião experiente, compelomenos 20casos robóticos), tempocirúrgico, taxa de transfusão, complicações perioperatórias, taxa de conversão, tempo de internação, encaminhamento para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mortalidade. Comparamos taxa de transfusão, complicações perioperatórias e taxa de conversão entre procedimentos realizados por cirurgiões experientes com a técnica e cirurgiões iniciantes na robótica, sempre assistidos por um preceptor experiente.

    Resultados

    Durante o período observado, 3 cirurgiões experientes realizaram 187 cirurgias, enquanto que 87 cirurgias foram realizadas por 20 equipes menos experientes, sempre com a presença de um preceptor. A mediana da idade foi 38 anos, e a mediana do IMC foi 23,3 kg/m2. O diagnósticomais frequente foi endometriose (57%) e a grande maioria das pacientes foi classificada como ASA I ou ASA II (99,6%). O tempo de cirurgia teve uma mediana de 225 minutos, e o tempo de permanência hospitalar teve uma mediana de 2 dias. Observamos 5,8% de taxa de transfusão, 0,8% de taxa de complicações perioperatórias, 1,1% de taxa de conversão para laparoscopia ou laparotomia e não houve pacientes encaminhadas à UTI, nem óbitos. Não houve diferença nos índices de transfusão, complicações e conversão entre cirurgiões experientes e cirurgiões iniciantes na robótica, assistidos por umpreceptor experiente.

    Conclusão

    Em nossa casuística, a laparoscopia robô-assistida demonstrou ser uma técnica segura para cirurgias ginecológicas, e a presença de um preceptor experiente foi considerada um ponto de destaque no modelo de segurança adotado para a introdução da cirurgia robótica em ginecologia num hospital de grande volume e, principalmente, na sua expansão entre diversas equipes cirúrgicas, mantendo a segurança das pacientes.

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    Classificação histológica e qualidade de vida em mulheres portadoras de endometriose

    . ;:87-93

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    Classificação histológica e qualidade de vida em mulheres portadoras de endometriose

    . ;:87-93

    DOI 10.1590/SO100-720320140004650

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    OBJETIVO:

    Avaliar a relação entre a classificação histológica em pacientes operadas de endometriose e a qualidade de vida.

    MÉTODOS:

    Estudo observacional transversal, com avaliação de 32 biópsias de intestino, peritônio e ligamento uterossacro em 40 mulheres portadoras de endometriose profunda. Para a análise da qualidade de vida (QV) foi aplicado o questionário SF-36 antes da cirurgia e após 6 e 12 meses. As biópsias foram classificadas histologicamente em estromal puro (EP), glandular diferenciada (GD), indiferenciada (GI) e mista (GM), sendo que ficaram na amostra apenas o GI e GM, relacionadas aos oito domínios do SF-36.

    RESULTADOS:

    Observamos a seguinte distribuição de acordo com o tipo histológico: no peritônio 63% GI e 22% GM; no intestino 19% GI e 24% G e no uterossacro 41% GI e 35% GM. Quanto à QV e à classificação histológica, a evolução dos casos com implante no intestino mostrou que apenas o tipo GM apresentou melhora de 0 a 6 meses no aspecto social e no aspecto emocional. Ainda entre esses casos, o GI mostrou que os domínios estado geral da saúde (p=0,01) e aspecto social (p=0,04) têm relação significativa com a melhora da QV de 0 a 6 meses e uma tendência à melhora do estado geral da saúde de 0 a 12 meses. Quanto à dor (p=0,06) e ao aspecto emocional (p=0,05), observamos tendência à melhora na QV de 0 a 6 meses e na capacidade vital (p=0,1) de 0 a 6 e de 0 a 12 meses. No que se refere ao aspecto emocional, foi observado que entre as pacientes com tipo histológico GI, diferente do GM, não houve evolução favorável de 0 a 6 meses. No uterossacro não observamos relações significativas entre tipo histológico e QV.

    CONCLUSÃO:

    A melhora da QV em mulheres submetidas ao tratamento cirúrgico laparoscópico de endometriose profunda apresenta associação com grau de diferenciação histológica. Apenas as pacientes com endometriose classificada como indiferenciada e com lesões no peritônio mostraram melhora da QV após a cirurgia.

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    Classificação histológica e qualidade de vida em mulheres portadoras de endometriose

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