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Original Articles
O impacto do treinamento laparoscópico sistematizado de habilidades e sutura nos resultados da histerectomia laparoscópica em hospital universitário brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(12):718-725
03/02/2019
Resumo
Original ArticlesO impacto do treinamento laparoscópico sistematizado de habilidades e sutura nos resultados da histerectomia laparoscópica em hospital universitário brasileiro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(12):718-725
03/02/2019Visualizações69Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar o impacto do treinamento laparoscópico sistematizado de habilidades e sutura (TLSHS) nos resultados intra e pós-operatórios da histerectomia laparoscópica em um hospital universitário brasileiro.
Métodos
Estudo observacional transversal de revisão de 244 prontuários de pacientes submetidas a histerectomia total laparoscópica (HTL) operadas entre 2008 e 2014. Os fatores específicos das pacientes (idade, paridade, cesariana prévia, cirurgias abdominais, e endometriose) e as variáveis relacionadas à cirurgia (tempo de hospitalização, tempo de cirurgia, volume uterino e complicações operatórias) foram analisados em três grupos temporais: 2008-09 (I-1) - HTLs realizadas por médicos experientes; 2010-11 (I-2) - HTLs realizadas por residentes sem TLSHS; 2012-2014 (I-3) - HTLs realizadas por residentes após a implementação do TLSHS.
Resultados
Um total de 244 pacientes submetidas a HTLs foram incluídas (média de idade de 45,93 anos): 24 operadas no período I1, 55 no I2, e 165 no I3. A principal indicação para HTL foi mioma uterino (66,4%). O grupo I-3 apresentou diminuição no tempo cirúrgico quando comparado ao grupo I-2 (p=0,010). Hospitalização superior a 2 dias diminuiu no grupo I-3 comparado ao grupo I-2 (p=0,010). Apesar de observarmos diminuição no volume uterino dos pacientes do grupo I-2 (154,2 cm3) em comparação com os do grupo I-1 (217,8 cm3) (p=0,030), a regressão logística não revelou associação entre volume uterino e tempo cirúrgico (p=0,103).
Conclusão
O tempo cirúrgico na HTL foi significativamente menor no grupo de pacientes submetidas à cirurgia após a implantação do TLSHS em nosso hospital.
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Original Articles
A influência da educação e depressão sobre a autonomia de mulheres com dor pélvica crônica: um estudo transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(1):47-52
01/01/2016
Resumo
Original ArticlesA influência da educação e depressão sobre a autonomia de mulheres com dor pélvica crônica: um estudo transversal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(1):47-52
01/01/2016Visualizações51Ver maisObjetivo
A autonomia da paciente é de grande importância para que o consentimento informado seja válido na prática clínica. Nossos objetivos foram quantificar os domínios da autonomia e avaliar variáveis que modificam a autonomia em mulheres com dor pélvica crônica.
Métodos
Este é um estudo transversal realizado em um Hospital Universitário terciário. Foram incluídas consecutivamente 52 mulheres com dor pélvica crônica agendadas para videolaparoscopia. Foi utilizada uma escala Likert com 24 afirmativas validadas para quantificar os três principais componentes da autonomia (competência, informação e liberdade).
Resultados
Os escores de competência (0,85 vs 0,92; p = 0,006) e informação (0,90 vs 0,93; p = 0,02) foram menores para mulheres com ensino fundamental incompleto. Os escores de informação foram menores em mulheres com sintomas de ansiedade (0,91 vs 0,93; p = 0,05) ou depressão (0,90 vs 0,93; p = 0,01).
Conclusões
Nossos dados mostram que a quantificação da autonomia pode produzir informações relevantes para a prática clínica em ginecologia. O nível educacional e a presença de ansiedade e depressão podem afetar a autonomia de mulheres com dor pélvica crônica.