Resumo
. ;:409-424
Estimar a prevalência de níveis inadequados de vitamina D e seus fatores associados para mulheres em idade fértil no Brasil.
Uma revisão sistemática foi realizada (última atualização em maio de 2020). As meta-análises foram realizadas usando o inverso da variância para o modelo fixo com cálculo de proporção sumarizada por transformação arco-seno duplo de Freeman-Tukey. A qualidade metodológica e de reporte foi avaliada usando a ferramenta do Joanna Briggs Institute para estudos de prevalência.
Nossa revisão identificou 31 estudos, compreendendo 4.006 participantes. Todos os estudos apresentaram pelo menos uma limitação, principalmente devido ao uso de amostra de conveniência e tamanho amostral pequeno. As prevalências gerais de deficiência, insuficiência e deficiência de vitamina D foram 35% (intervalo de confiança, IC 95%: 34-37%), 42% (IC 95%: 41-44%) e 72% (IC 95%: 71-74%), respectivamente.
Embora a magnitude da prevalência de níveis inadequados de vitamina D seja incerta, a evidência sugere que presença de deficiência ou insuficiência de vitamina D em mulheres em idade reprodutiva pode causar problemas moderados a graves.
Resumo
. ;:102-109
Estimar a prevalência de hipovitaminose D, hipertensão arterial, e níveis séricos de glicose e perfil lipídico em uma comunidade de mulheres de Ribeirão Preto, no Sudeste brasileiro.
Estudo transversal com mulheres de 40 a 70 anos de idade, submetidas a um questionário para determinar ingestão diária de cálcio e nível de exposição solar, e coleta de sangue para determinar glicose, perfil lipídico e concentração de 25- hidroxivitamina D (25[OH]D).
Noventa e uma mulheres foram incluídas (idade = 54,2 ± 7,1 anos). O nível sérico médio de 25(OH)D foi 25,7 ± 8,9 ng/mL. Um total de 24 (26,4%) mulheres teve níveis de 25(OH)D < 20 ng/mL. Setenta mulheres (76.9%) tiveram níveis de 25 (OH)D < 30 ng/mL. Setenta e uma mulheres (90.4%) tiveram uma ingesta inadequada de cálcio e 61 mulheres (67%) tiveram exposição solar adequada; 49 das quais (80.3%) tiveram níveis séricos de 25(OH)D < 30 ng/mL.
Este estudo indica que mesmo morando em uma cidade com exposição solar adequada, níveis séricos de 25(OH)D > 30 ng/mL dificilmente são atingidos por mulheres climatéricas. Logo, é provável que outros fatores intrínsecos podem regular o nível de vitamina D.