Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2016;38(10):506-511
01/10/2016
avaliar a acurácia da ultrassonografia transvaginal, da histeroscopia e da curetagem uterina no diagnóstico de pólipo endometrial, mioma submucoso e hiperplasia de endométrio, utilizando como padrão-ouro a análise histopatológica de amostras obtidas por biópsia realizada durante a histeroscopia ou a curetagem.
estudo transversal realizado no Hospital Universitário de Brasília (HUB), cujas informações foram obtidas nos prontuários das pacientes que foram submetidas à histeroscopia ou curetagem uterina no período de julho de 2007 a julho de 2012.
Foram avaliadas 191 pacientes, sendo que 134 foram submetidas à histeroscopia e 57 à curetagem uterina. Observou-se acurácia diagnóstica maior que 90% para todas as patologias avaliadas por histeroscopia, enquanto que por ultrassonografia transvaginal observou-se acurácia de 65,9% para pólipo, 78,1% para mioma e 63,2% para hiperplasia endometrial. Nas 57 pacientes submetidas a curetagem uterina, observou-se acurácia de 56% para pólipo e de 54,6% para hiperplasia endometrial.
Idealmente, após a investigação inicial com ultrassonografia transvaginal, deveria, sempre que necessário, ser realizada histeroscopia com biópsia guiada da lesão, o que melhoraria a acurácia diagnóstica e posterior conduta clínica.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(4):271-276
04/09/2003
DOI 10.1590/S0100-72032003000400008
OBJETIVO: fazer um estudo comparativo entre a curetagem uterina e a aspiração manual a vácuo (AMV) no tratamento do abortamento do primeiro trimestre da gestação. MÉTODOS:foram incluídas 102 pacientes até a 12ª semana de gestação, com diagnóstico de abortamento, admitidas na Maternidade Escola Januário Cicco, entre janeiro de 1998 e julho de 2001, as quais foram aleatoriamente submetidas à curetagem uterina ou a AMV. As variáveis analisadas foram: controle da dor, necessidade de dilatação cervical mecânica, tempo de esvaziamento uterino, incidência de complicações e permanência hospitalar. As pacientes foram reavaliadas clínico-ecograficamente entre 7 e 10 dias após os procedimentos. Para a análise estatística foi utilizado o teste chi2. RESULTADOS: a anestesia geral foi empregada em todas as pacientes submetidas a curetagem uterina e em nenhuma daquelas que realizaram AMV, cuja dor foi controlada em 64% dos casos com anestesia local. As diferenças entre os dois métodos quanto à necessidade de dilatação cervical mecânica, tempo de esvaziamento e incidência de complicações não foram significativas. A permanência hospitalar foi significativamente menor nas pacientes submetidas a AMV. CONCLUSÕES: não foram observadas vantagens de um método sobre o outro, quanto à técnica e à incidência de complicações. O uso não necessário de anestesia geral e a permanência hospitalar significativamente menor indicam que a AMV deve ser recomendada para todos os serviços com assistência obstétrica, aumentando a resolutividade e diminuindo os riscos, melhorando a qualidade da assistência.