Contracepção Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Função sexual e qualidade de vida em uma amostra de brasileiras usuárias de dois tipos de contraceptivos intrauterinos

    . ;:236-241

    Resumo

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    Função sexual e qualidade de vida em uma amostra de brasileiras usuárias de dois tipos de contraceptivos intrauterinos

    . ;:236-241

    DOI 10.1055/s-0039-1683370

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    Resumo

    Objetivo

    Comparar a função sexual e a qualidade de vida (QV) entre usuárias de contraceptivos intrauterinos (dispositivo intrauterino com cobre [DIU-cobre] ou sistema intrauterino liberador de levonorgestrel [SIU-LNG 52 mg 20 μg/dia].

    Métodos

    O presente estudo foi parte de um estudo de corte transversal. Mulheres com idades entre 18 e 49 anos, em relacionamento heterossexual, relatando relação sexual nas 4 semanas anteriores, utilizando DIU-cobre (Grupo 1) ou SIU-LNG (Grupo 2) responderam ao questionário com informações sociodemográficas, ao Índice de Função Sexual Feminino (IFSF), ao Questionário de QV da Organização Mundial de Saúde, versão abreviada (WHOQOL-BREF, na sigla eminglês), e a umquestionário sobre ométodo contraceptivo utilizado criado para o presente estudo. Os testes t de Student, o teste χ2 de Pearson, o teste exato de Fisher e o teste de Mann-Whitney foram utilizados. A análise de covariância (ANCOVA) foi utilizada para a comparação ajustada. Foi realizada a análise de regressão logística multivariada analisando fatores associados ao IFSF ≤ 26.55. O nível de significância foi p < 0.05.

    Resultados

    Um total de 347 mulheres no Grupo 1 (idade média 32,3 ± 7,5 anos) e de 298 no Grupo 2 (idade média 32,7 ± 6,4 anos) completaram os questionários. A maioria das mulheres relatou ≥ 8 anos de escolaridade, estava emrelaçãomonogâmica e teve ≤ 2 gestações. Um total de 122 e de 87 usuárias do DIU-cobre e do SIU-LNG, respectivamente, pontuaram ≤ 26,55 no IFSF. Pontuações significativamente menores nos domínios físico, meio-ambiente e QV geral no WHOQOL-BREF foram encontrados no Grupo 1. Mais mulheres do Grupo 1 estavam insatisfeitas com o método.

    Conclusão

    Não encontramos diferenças na função sexual, entretanto havia menores pontuações em certos domínios da QV entre as usuárias do DIU-cobre. Não foi possível afirmar relação dessas diferenças com os métodos.

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    Riscos da repetição da gestação na adolescência: um estudo de caso-controle

    . ;:437-443

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    Riscos da repetição da gestação na adolescência: um estudo de caso-controle

    . ;:437-443

    DOI 10.1055/s-0038-1666811

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    Objetivo

    Avaliar a associação entre fatores de risco sociais, obstétricos e psicológicos relacionados a repetição da gravidez em adolescentes.

    Métodos

    Estudo caso-controle realizado num Hospital Universitário de Campinas, Brasil, de 2015 a 2017. Foram selecionados três grupos: um grupo-caso de adolescentes com repetição de gravidez, e dois grupos controles, umde adolescentes primíparas e outro demulheres adultas com mais de umparto. Foram coletados dados referentes a aspectos sociodemográficos, história reprodutiva e obstétrica e fatores psicológicos.

    Resultados

    Foram incluídas 90 mulheres, 30 em cada grupo de estudo. Adolescentes comrepetição de gravidez apresentaram menor autoestima e mais uso inadequado de contraceptivos. Quando comparadas a adolescentes primíparas, tiveram menor nível escolar (razão de probabilidades [RP] 4.03 [1.37-11.8]), maior interrupção dos estudos (RP 16.3 [3.61-73.6]) e maior uso de drogas (RP 4.97[1.39-17.8]). A comparação entre adolescentes com repetição de gestação e mulheres adultas revelou maior risco para cor da pele não-branca (RP 6.2 [1.15-41.0]), uso de drogas (RP 17.5 [2.62-116.6]) e primeira relação sexual com menos de 15 anos 15y (RP 18.0 [2.82-115.0]). Além disso, as adolescentes com segunda gravidez apresentam menor autoestima, baixo uso de contracepção e maior suscetibilidade a gravidez não planejada.

    Conclusão

    Houve associação entre repetição de gravidez na adolescência e menor tempo de estudo, início precoce de atividade sexual, cor da pele não branca e maior uso de drogas.

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    Contracepção em adolescentes antes e depois do parto: escolhas e desafios para o futuro

    . ;:545-551

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    Contracepção em adolescentes antes e depois do parto: escolhas e desafios para o futuro

    . ;:545-551

    DOI 10.1055/s-0036-1593971

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    Objetivo

    Conhecer os métodos contraceptivos utilizados por adolescentes antes e após a gravidez.

    Métodos

    Estudo transversal, os dados foram coletados de prontuários médicos de todas as adolescentes em consulta puerperal do Hospital da Mulher - José Aristodemo Pinotti (CAISM), Unicamp, São Paulo, Brasil, entre julho de 2011 e setembro de 2013. O critério de inclusão foi idade entre 10 e 19 anos, e o critério de exclusão foi primeira consulta com mais de 90 dias após o parto. As análises estatísticas foram realizadas com médias, desvios-padrão, porcentagens, correlações e teste exato de Fisher utilizando o pro grama SAS, versão 9.4.

    Resultados

    Um total de 196 adolescentes em consulta pós-parto foram incluídas (em média 44 dias após o parto). A maioria tinha mais do que 14 anos (89%), com idade média de 16,2 anos, e estava em aleitamento exclusivo (70%). Antes da gravidez, o uso de quaisquer métodos anticoncepcionais foi mencionado por 74% das adolescentes; o mais frequente foi contraceptivo oral combinado seguido de preservativo. A principal razão para abandonar o uso de contracepção foi a ocorrência de gravidez indesejada (41%), seguido por relatos de efeitos colaterais (22%), problemas comportamentais (18%) e desejo de gravidez (16%). Uma correlação positiva foi encontrada entre a idade da adolescente no momento do parto, a idade da menarca (r = 0,3), e a primeira relação sexual (r = 0,419). O parto vaginal ocorreu em 76% dos casos. Após o nascimento, acetato de medroxiprogesterona de depósito (DMPA) foi o método de contracepção mais utilizado (71%), seguido do contraceptivo oral (11,8%) e do dispositivo intrauterino (DIU) (11,2%).

    Conclusões

    O método anticoncepcional mais prescrito antes da gravidez em adolescentes que tiveram parto no serviço foi contraceptivo combinado oral. Muitas participantes do estudo tiveram uma gravidez indesejada. Após o parto, o método contraceptivomais utilizado foi DMPA. Paramelhor contracepção e reduzir a chance de gravidez indesejada entre adolescentes, devemos promover e estimular o uso de contraceptivos reversíveis longa ação.

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    Adesão e grau de satisfação em nuligestas e mulheres com parto anterior usuárias de dispositivo intrauterino

    . ;:132-139

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    Adesão e grau de satisfação em nuligestas e mulheres com parto anterior usuárias de dispositivo intrauterino

    . ;:132-139

    DOI 10.1055/s-0036-1580709

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    Objetivo

    Avaliar a adesão e o grau de satisfação de nuligestas emulheres com partos anteriores usuárias do dispositivo intrauterino (DIU).

    Métodos

    Realizamos um estudo de corte transversal comparando-se um grupo de nuligestas commulheres com partos anteriores que tinham sido submetidas à inserção do DIU no período de julho de 2009 a novembro de 2011. Foram incluídas 84 nuligestas e 73mulheres compartos anteriores. Uma entrevista foi realizada comas mulheres que concordaram em participar por meio de contato telefônico. Para se verificar as diferenças entre os dois grupos foram utilizados os testes t de Student e Mann- Whitney para as variáveis numéricas, e os testes qui-quadrado de associação e exato de Fisher, quando pertinente, para as variáveis categóricas. Realizou-se análise de sobrevivência de Kaplan-Meyer para continuidade do uso do DIU. Adotou-se o nível de significância de 5%.

    Resultados

    As nuligestas apresentaram escolaridade (mediana: 12 anos) superior às mulheres com um ou mais partos anteriores (mediana: 10 anos). Não houve diferença entre as nuligestas e mulheres comparto anterior em relação à informação sobre o uso do dispositivo intrauterino (DIU), uso prévio de outrosmétodos contraceptivos,motivo da escolha do DIU como método contraceptivo atual, motivos para descontinuidade, efeitos colaterais, adesão e grau de satisfação. A continuidade do uso do dispositivo intrauterino foi diminuída como passar do tempo emambos os grupos e sem diferença significativa (p = 0,4).

    Conclusão

    A adesão, o grau de satisfação e a continuidade do uso do DIU entre as nuligestas e mulheres com parto anterior são semelhantes, sugerindo que o DIU pode ser recomendado para mulheres que nunca engravidaram.

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  • Técnicas e Equipamentos

    Recanalização tubária videolaroscópica pós-laqueadura: resultados iniciais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(2):105-109

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    Técnicas e Equipamentos

    Recanalização tubária videolaroscópica pós-laqueadura: resultados iniciais

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(2):105-109

    DOI 10.1590/S0100-72031998000200008

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    Os autores descrevem sua experiência em recanalização tubária videolaparoscópica pós-laqueadura em 10 pacientes, tratadas no período de junho de 1994 a fevereiro de 1996. A duração da 1ª cirurgia foi de 4 horas e 30 minutos e da última foi de 2 horas e 30 minutos. A metade das recanalizações foi ístmo-ístmica. O tamanho mínimo das tubas restantes foi de 4 cm de cada lado e os fios utilizados para a sutura foram o 7-0 e 6-0 monofilamentares, derivados do ácido poliglicólico. A permeabilidade tubária foi verificada pela histerossalpingografia 3 meses após a cirurgia e, como resultado, 88, 8% das tubas operadas estavam permeáveis. Quatro das pacientes consideradas aptas para engravidar ficaram grávidas durante o período de seguimento. O tempo médio de permanência hospitalar foi de 24 horas. Não houve complicações cirúrgicas ou anestésicas.

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    Recanalização tubária videolaroscópica pós-laqueadura: resultados iniciais
  • Trabalhos Originais

    Avaliação da tolerabilidade e do controle de ciclo de dois contraceptivos orais de baixa dose: estudo comparativo aberto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(5):273-280

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    Avaliação da tolerabilidade e do controle de ciclo de dois contraceptivos orais de baixa dose: estudo comparativo aberto

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(5):273-280

    DOI 10.1590/S0100-72031998000500007

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    Realizou-se um estudo aberto comparativo em nove centros brasileiros para avaliar a tolerabilidade e o controle de ciclo obtido com o uso de dois contraceptivos orais de baixa dose contendo 20 mg etinilestradiol/75 mg gestodeno e 20 mg etinilestradiol/150 mg desogestrel, durante seis ciclos de tratamento. Foram selecionadas 167 mulheres saudáveis com vida sexual ativa (77 no grupo do gestodeno e 90 no grupo do desogestrel), das quais 138 completaram os seis ciclos de tratamento. Em um subgrupo de novas usuárias realizou-se também perfil lipídico e hemostático. Foram avaliados 867 ciclos no total. Ocorreu sangramento irregular em 4,6% dos ciclos com gestodeno e em 8,1% com desogestrel. A tolerabilidade a ambas preparações foi boa, mas houve significativamente mais náusea no grupo do desogestrel. O controle de ciclo foi bom com os dois contraceptivos, sendo que houve freqüência significativamente menor de sangramento irregular no grupo do gestodeno quando se leva em conta que todos os ciclos foram considerados. Não houve alterações clinicamente significativas no perfil hemostático. O perfil lipídico mostrou tendência a tornar-se mais favorável após seis ciclos de tratamento com as duas preparações. Não ocorreu alteração no peso médio das mulheres no grupo do gestodeno; no grupo do desogestrel houve aumento significativo no peso médio de aproximadamente 1 kg após seis meses de tratamento. A adesão ao tratamento foi boa com as duas preparações. Os resultados deste estudo mostram que preparações contendo baixa dose de gestodeno ou desogestrel associados a 20 mg de etinilestradiol são contraceptivos bem tolerados que permitem bom controle de ciclo, sem efeitos colaterais significantes.

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    Avaliação da tolerabilidade e do controle de ciclo de dois contraceptivos orais de baixa dose: estudo comparativo aberto
  • Trabalhos Originais

    Efeitos do implante subdérmico de acetato de nomegestrol sobre o metabolismo de carboidratos, lipoproteínas séricas e função hepática

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(6):309-313

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    Efeitos do implante subdérmico de acetato de nomegestrol sobre o metabolismo de carboidratos, lipoproteínas séricas e função hepática

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1998;20(6):309-313

    DOI 10.1590/S0100-72031998000600003

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    Objetivos: avaliar variações de peso corporal, pressão arterial, glicemia em jejum, HbA1C, insulina, colesterol total, HDL-C, LDL-C, triglicérides, TGO, TGP, GGT e bilirrubina em mulheres usuárias de um implante único, subdérmico, de Silástico, contendo 55 mg (±10%) de acetato de nomegestrol, durante dois anos. Métodos: dezoito voluntárias saudáveis e em idade reprodutiva, que desejavam fazer uso de anticoncepcionais e não apresentavam contra-indicações para o uso de contracepção hormonal, participaram deste estudo. Todas as mulheres foram avaliadas antes do início do tratamento e a seguir, acompanhadas por um período de dois anos. Ao final do primeiro ano, as cápsulas foram retiradas e novas cápsulas foram inseridas. Resultados: o peso corporal aumentou de 54,9 ± 1,5 kg na admissão para 55,3 ± 2,0 kg no 12º mês de uso (p<0,05), e para 56,0 ± 2,7 kg no 24º mês de uso. Registrou-se discreto aumento da pressão arterial, tanto sistólica quanto diastólica, no mês 12 (p<0,01). No mês 24, a pressão arterial não era significativamente diferente dos valores de admissão. Todos os valores estiveram dentro dos limites da normalidade. Insulina, HbA1C, LDL-C e GGT permaneceram inalterados durante os vinte e quatro meses de uso do implante. Diminuição significativa do colesterol total (p<0,05) foi observada no 3º mês e de HDL-C (p<0,01) no 6º mês. Observou-se aumento significativo de triglicérides (p<0,05) apenas no 12º mês. Todas as alterações de lipoproteínas foram inconsistentes, e os valores estiveram dentro dos limites da normalidade. Aumentos significativos dos níveis de glicemia em jejum (p<0,05 e p<0,01) foram observados respectivamente no 3º e no 6º mês. Diminuições significativas da TGO (p<0,05, p<0,01 e p<0,05) foram observadas respectivamente no 6º, 18º e 24º mês e da TGP (p<0,05) no 18º mês. Somente se observou aumento significativo de bilirrubina (p<0,05) no 3º mês de uso do implante. Todas estas variações permaneceram dentro dos limites da normalidade. Conclusões: esses resultados demonstraram que, dentro dos limites da normalidade, as variações de glicemia em jejum não se correlacionam às alterações dos níveis de insulina. As alterações discretas em lipoproteínas séricas, TGO, TGP e bilirrubina foram transitórias. Não foram observados efeitos clínicos em lipoproteínas, metabolismo de carboidratos, níveis de insulina e função hepática entre as usuárias por dois anos.

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    Efeitos dos contraceptivos hormonais orais de baixa dosagem estrogênica nas taxas de folato intra-eritrocitário

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(7):475-479

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    Efeitos dos contraceptivos hormonais orais de baixa dosagem estrogênica nas taxas de folato intra-eritrocitário

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2003;25(7):475-479

    DOI 10.1590/S0100-72032003000700003

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    OBJETIVO: identificar os efeitos do uso dos contraceptivos hormonais orais (ACHO) de baixa dosagem estrogênica (<30 mg de etinilestradiol) nas taxas intra-eritrocitárias de folatos. MÉTODOS: este foi estudo prospectivo transversal que incluiu 95 pacientes atendidas no Ambulatório de Planejamento Familiar da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. O grupo controle (grupo Condom) foi constituído por pacientes usuárias de condom como método contraceptivo exclusivo nos últimos doze meses e os grupos de estudo eram compostos por usuárias de ACHO de baixa dosagem agrupadas de acordo com o tempo de uso do método, quer seja, grupo ACHO 3 (três a seis meses de uso), grupo ACHO 6 (seis a doze meses de uso) e grupo ACHO 12 (mais de doze meses de uso). A dosagem de folatos intra-eritrocitários foi feita pelo método de captura iônica. A avaliação estatística dos resultados foi feita pela análise de variância e teste c². RESULTADOS: no grupo Condom observou-se que 44% das pacientes apresentaram níveis de folato intra-eritrocitárioreduzidos (<186,0 ng/mL), ao passo que nos grupos de usuárias de ACHO este índice foi de 32% (grupo ACHO 3), 16% (grupo ACHO 6) e 31% (grupo ACHO 12). Não se encontrou nos grupos de usuárias de ACHO de baixa dosagem estrogênica redução significativa na média das taxas de folato intra-eritrocitário em relação ao grupo controle, nem houve diferença dos resultados em função do tempo de uso do método. CONCLUSÕES: verificaram-se níveis reduzidos de folato intra-eritrocitário numa parcela significativa (44%) de pacientes não usuárias de ACHO, com valores próximos ao limite inferior do que é considerado normal pela maioria dos autores, traduzindo deficiência basal de folatos na população estudada. Não se observou influência do uso de ACHO de baixa dosagem estrogênica sobre as taxas de folato intra-eritrocitário.

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