Resumo
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Comparar as taxas de cesárea segundo a Classificação de Robson, assim como suas indicações, em mulheres admitidas para parto durante a primeira onda de doença do coronavírus 2019 (coronavirus disease 2019, COVID-19, em inglês), com as do ano anterior.
Conduzimos um estudo transversal que comparou as mulheres admitidas para parto entre abril e outubro de 2019 (pré-pandemia) e entre março e setembro de 2020 (durante a pandemia). As cesarianas e as suas indicações foram classificadas conforme o sistema proposto por Robson, e obteve-se a via de parto (vaginal ou cesárea). Ambos os períodos foram comparados usando-se os testes do Qui quadrado ou o exato de Fisher.
Ao todo, 2.943 mulheres foram incluídas, das quais 1.291 antes da pandemia e 1.202 durante a pandemia. A taxa de cesárea aumentou significativamente (de 39.66% para 44,01%; p = 0,028), principalmente devido a desejo materno (de 9,58% para 25,38%; p < 0,01). Os grupos 5 e 2 foram os que mais contribuíram para as taxas de cesárea. Durante a pandemia, o grupo 1 reduziu sua frequência, enquanto o grupo 2 a aumentou.
Houve uma aparente mudança nas características da população conforme a classificação de Robson. Observou-se significativo aumento nas taxas de cesárea, principalmente por desejo materno, o que reflete possíveis incertezas e medos relacionados à COVID-19.
Resumo
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Analisar e comparar a frequência de partos cesáreos e vaginais através da classificação de Robson em gestantes atendidas em um hospital terciário em dois períodos distintos.
Estudo transversal retrospectivo de registros de nascimento, compreendendo 4.010 mulheres, realizado de janeiro de 2014 a dezembro de 2015 no único hospital público de referência regional para atendimento de gestações de alto risco, localizado no sul do Brasil. A via de parto foi avaliada e as mulheres foram classificadas de acordo com a Classificação de Robson.
A taxa geral de cesariana foi de 57,5% e a principal indicação foi a existência de cicatriz uterina por cesariana prévia. Quando aplicada a Classificação de Robson, os grupos mais frequentes foram o 5 (26,3%) e o 10 (17,4%). No ano de 2015, ocorreu um aumento significativo da frequência dos grupos 1 e 3 (p < 0,001), quando comparado ao ano anterior, resultando em aumento do número de partos vaginais (p < 0,0001) e redução das taxas de cesariana.
A Classificação de Robson mostra ser uma ferramenta útil para identificar o perfil das parturientes e os grupos com maior risco de cesariana em diferentes períodos em um mesmo serviço. Desta forma, permitemonitorar de forma dinâmica as indicações e vias de parto e desenvolver ações para redução das taxas de cesariana conforme as características das gestantes atendidas.
Resumo
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Analisar longitudinalmente as taxas de parto cesáreo em um hospital universitário usando a classificação de Robson.
Foram analisados, por meio da classificação de Robson, dados relacionados a partos realizados entre 2014 e 2018 e armazenados no Sistema de Informações em Saúde Materna e Neonatal (Sismater). Para auxílio, foram utilizados artigos publicados nos últimos cinco anos que abordavam o mesmo tema em outras maternidades
A taxa total de cesárea variou pouco no período; no entanto, alterou-se o perfil de cada grupo ao longo dos anos. Foi possível constatar redução significativa da participação de grupos de contendo gestantes de risco habitual e aumento das gestações de alto risco, atribuíveis à diminuição de leitos na instituição, com maior transferência de pacientes. Além disso, houve uma redução na taxa de cesáreas nos grupos de mais baixo risco, enquanto a taxa dos grupos de risco mais elevado se manteve estável.
A utilização da classificação de Robson para estratificar os partos cesáreos contribui para uma análise melhor das indicações do parto cesáreo, o que permite o estabelecimento de estratégias para a redução das taxas, gerando um impacto positivo na gestão hospitalar e na qualidade assistencial.
Resumo
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Investigar os padrões dos partos hospitalares no estado do Rio de Janeiro (RJ), Brasil, entre 2015 e 2016, considerando a classificação de características obstétricas de Robson e a dos cuidados pré-natais proposta por Kotelchuck.
Dados sistema de informações sobre nascidos vivos (SINASC) do departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS) foram utilizados para agrupar gestantes relativamente à classificação de Robson. Foi efetuada uma análise descritiva para cada grupo de Robson, considerando-se as variáveis idade materna, estado civil, escolaridade, paridade, o índice de Kotelchuck de adequação do pré-natal e a idade gestacional. Também foi realizado o cálculo de razão de chances (RC) para parto cesáreo, considerando-se um modelo logístico.
Dos 456.089 nascimentos vivos ocorridos no RJ de 2015 a 2016, foram incluídos 391.961 registros, sendo 60,3% cesáreas, com maioria de gestantes (58,6%) nos grupos 5, 2 ou 3. O percentual de cesáreas nos grupos 1, 2, 3, 4, 5 e 8 foi bem superior ao sugerido pela literatura. Para gestantes de um mesmo grupo (controladas as demais características), a chance de cesárea se eleva quando aumenta a idade materna (RC = 3,33 para 41-45 anos), existe a presença de um companheiro (RC = 1,81), o nível de escolaridade é maior (RC = 3,11 para ≥ 12 anos) e o pré-natal é mais cuidadoso (RC= 3,19 para “adequado plus”).
Há indícios que no RJ, de 2015 a 2016, muitos partos cesáreos foram realizados sob influência de fatores extraclínicos.
Resumo
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A indução do trabalho de parto é uma prática comum e sua associação com o aumento da taxa de cesarianas tem sido questionada. O presente estudo surge com o objetivo de avaliar o impacto da indução do trabalho de parto na taxa global de cesarianas e de analisar as taxas de cesarianas de acordo com o método de indução do trabalho de parto utilizado e com o grupo de Robson.
Realizamos umestudo retrospectivo cominclusão de grávidas submetidas a indução do trabalho de parto em um hospital terciário em 2015 e 2016. Todas as mulheres forram classificadas de acordo com a classificação de Robson. As taxas de cesarianas foram analisadas e comparadas em função do método de indução de trabalho de parto utilizado.
Foram incluídos 1.166 casos. A taxa de cesarianas após a indução do trabalho de parto foi de 20,9%, correspondendo a 23,1% do total de cesarianas realizadas em 2015 e 2016. Os grupos 5 e 8 da classificação de Robson foram os que apresentaram as maiores taxas de cesarianas (65,2% e 32,3%, respectivamente). O grupo 2 foi o que mais contribuiu para a taxa global de cesarianas, por representar 56,7% do total da população. As prostaglandinas intravaginais foram o método mais utilizado (77%). O cateter de Foley transcervical foi o método mais utilizado no grupo 5 e as prostaglandinas intravaginais nos restantes. A taxa de cesarianas foi superior quando se utilizou o cateter de Foley transcervical (34,1%).
A indução do trabalho de parto com cateter de Foley transcervical associou-se a uma maior taxa de cesarianas, em provável relação com a sua maior utilização no grupo 5.