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Resumo
. ;:562-567
A gestação após cirurgia bariátrica é uma realidade do século XXI e, portanto, é de suma importância que os obstetras saibam conduzir o pré-natal dessas gestantes. A deficiência nutricional mais prevalente nessa população é a deficiência de ferro, que tem como consequência a anemia. Apesar da própria gestação e da cirurgia serem fatores de risco para anemia ferropriva, realizamos um estudo para avaliar se existem outros fatores que são de risco e quais condutas podem melhorar os níveis de hemoglobina nessa população.
Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, e foram realizadas medidas de frequência e análise odds ratio, X2, e teste de exato de Fisher para a avaliação dos fatores de risco.
Foram avaliadas 44 gestações após cirurgia bariátrica com incidência de anemia de 62%, sendo que o único fator de risco identificado foi a etnia preta. O sal de ferro utilizado na reposição não se associou com o risco de anemia. Em somente 27% das gestantes o ajuste da dose oral de ferro foi suficiente para corrigir a anemia, enquanto em 36% foi necessária a suplementação com ferro endovenoso.
Ser de etnia preta foi fator de risco para anemia após cirurgia bariátrica e o tipo de sal de ferro para suplementação não se correlacionou com a incidência de anemia. Para o tratamento da anemia, somente o ajuste da dose da medicação parece ser suficiente para a resolução desta.
Resumo
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A gestação após cirurgia bariátrica é uma realidade do século XXI e, portanto, é de suma importância que os obstetras saibam conduzir o pré-natal dessas gestantes. A deficiência nutricional mais prevalente nessa população é a deficiência de ferro, que tem como consequência a anemia. Apesar da própria gestação e da cirurgia serem fatores de risco para anemia ferropriva, realizamos um estudo para avaliar se existem outros fatores que são de risco e quais condutas podem melhorar os níveis de hemoglobina nessa população.
Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, e foram realizadas medidas de frequência e análise odds ratio, X2, e teste de exato de Fisher para a avaliação dos fatores de risco.
Foram avaliadas 44 gestações após cirurgia bariátrica com incidência de anemia de 62%, sendo que o único fator de risco identificado foi a etnia preta. O sal de ferro utilizado na reposição não se associou com o risco de anemia. Em somente 27% das gestantes o ajuste da dose oral de ferro foi suficiente para corrigir a anemia, enquanto em 36% foi necessária a suplementação com ferro endovenoso.
Ser de etnia preta foi fator de risco para anemia após cirurgia bariátrica e o tipo de sal de ferro para suplementação não se correlacionou com a incidência de anemia. Para o tratamento da anemia, somente o ajuste da dose da medicação parece ser suficiente para a resolução desta.
Resumo
. ;:109-117
Analisar a prevalência e fatores associados à sintomatologia depressiva entre gestantes brasileiras com histórico de cirurgia bariátrica.
Trata-se de um estudo de coorte com247 mulheres que engravidaram após uma Cirurgia Bariátrica. Baseado em coleta via Google Form o recrutamento das gestantes ocorreu emgrupos do Facebook durante 13 meses. Todas responderama um formulário com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, um protocolo de dados gerais e a versão brasileira da Depression, Anxiety and Stress Scale-21. Análises, descritiva e inferencial foram realizadas, e um modelo de regressão logística binária foi testado para predizer os fatores associados à sintomatologia depressiva.
A prevalência da sintomatologia depressiva foi de 32,8%, sendo notada como maior no primeiro (40,6%) e terceiro (34,3%) trimestres gestacionais. Associações significativas foram encontradas entre sintomatologia depressiva e estado civil (p=0,000), gestação planejada (p=0,001), gestação desejada (p=0,004) e histórico psiquiátrico (p=0,000). Mulheres que não eram casadas (OR=3,38; p=0,002) e tinham umhistórico psiquiátrico (OR=2,70; p=0,102) apresentaram mais chances de manifestarem sintomas de depressão; enquanto gestação planejada e desejada mostraram-se como fatores protetivos aos sintomas de depressão.
Os achados ressaltam a importância do acompanhamento psicológico para gestantes com histórico de cirurgia bariátrica para prevenção do desenvolvimento de transtornos mentais e seus desfechos para a saúde materno-infantil.
Resumo
. ;:109-117
Analisar a prevalência e fatores associados à sintomatologia depressiva entre gestantes brasileiras com histórico de cirurgia bariátrica.
Trata-se de um estudo de coorte com247 mulheres que engravidaram após uma Cirurgia Bariátrica. Baseado em coleta via Google Form o recrutamento das gestantes ocorreu emgrupos do Facebook durante 13 meses. Todas responderama um formulário com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, um protocolo de dados gerais e a versão brasileira da Depression, Anxiety and Stress Scale-21. Análises, descritiva e inferencial foram realizadas, e um modelo de regressão logística binária foi testado para predizer os fatores associados à sintomatologia depressiva.
A prevalência da sintomatologia depressiva foi de 32,8%, sendo notada como maior no primeiro (40,6%) e terceiro (34,3%) trimestres gestacionais. Associações significativas foram encontradas entre sintomatologia depressiva e estado civil (p=0,000), gestação planejada (p=0,001), gestação desejada (p=0,004) e histórico psiquiátrico (p=0,000). Mulheres que não eram casadas (OR=3,38; p=0,002) e tinham umhistórico psiquiátrico (OR=2,70; p=0,102) apresentaram mais chances de manifestarem sintomas de depressão; enquanto gestação planejada e desejada mostraram-se como fatores protetivos aos sintomas de depressão.
Os achados ressaltam a importância do acompanhamento psicológico para gestantes com histórico de cirurgia bariátrica para prevenção do desenvolvimento de transtornos mentais e seus desfechos para a saúde materno-infantil.
Resumo
. ;:534-539
Analisar a prevalência de incontinência urinária (IU), os fatores de risco e o impacto na qualidade de vida em pacientes femininas comindicação para realização de cirurgia bariátrica.
Estudo transversal com pacientes femininas obesas. A avaliação consistiu em entrevista estruturada, com questionários de estudo específico e de qualidade de vida. A regressão de Poisson foi utilizada para identificar os fatores de risco independentes para IU.
Um total de 221 pacientes foram incluídos; 118 participantes (53.4%) relataram episódios de IU. Incontinência urinária mista, IU de esforço e IU de urgência foram relatadas por 52.5% (62), 33.9% (40) e 13.5%(16) das pacientes, respectivamente. A prevalência de IU foi 47%maior emmulheres que tiveramparto vaginal, e 34% maior em mulheres que já entraram no período da menopausa. Parto vaginal e menopausa foram identificados como fatores de risco independentes para IU. A média da pontuação do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) foi de 9.36 ± 4.9. A severidade dos sintomas foi considerada moderada em 53.3% (63) das pacientes com IU.
A IU impacta negativamente a qualidade de vida, e a prevalência de IU é maior empacientes obesas. Neste estudo, parto vaginal e menopausa foram fatores de risco independentes para a ocorrência de IU.
Resumo
. ;:534-539
Analisar a prevalência de incontinência urinária (IU), os fatores de risco e o impacto na qualidade de vida em pacientes femininas comindicação para realização de cirurgia bariátrica.
Estudo transversal com pacientes femininas obesas. A avaliação consistiu em entrevista estruturada, com questionários de estudo específico e de qualidade de vida. A regressão de Poisson foi utilizada para identificar os fatores de risco independentes para IU.
Um total de 221 pacientes foram incluídos; 118 participantes (53.4%) relataram episódios de IU. Incontinência urinária mista, IU de esforço e IU de urgência foram relatadas por 52.5% (62), 33.9% (40) e 13.5%(16) das pacientes, respectivamente. A prevalência de IU foi 47%maior emmulheres que tiveramparto vaginal, e 34% maior em mulheres que já entraram no período da menopausa. Parto vaginal e menopausa foram identificados como fatores de risco independentes para IU. A média da pontuação do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) foi de 9.36 ± 4.9. A severidade dos sintomas foi considerada moderada em 53.3% (63) das pacientes com IU.
A IU impacta negativamente a qualidade de vida, e a prevalência de IU é maior empacientes obesas. Neste estudo, parto vaginal e menopausa foram fatores de risco independentes para a ocorrência de IU.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(10):516-519
DOI 10.1590/S0100-72032010001000008
A cirurgia bariátrica vem sendo considerada, na atualidade, uma alternativa ao tratamento de obesidade mórbida refratária a tratamentos clínicos convencionais. As cirurgias mais usadas, radicais e invasivas, apresentam resultados melhores e mais rápidos, porém estão mais sujeitas a complicações clínicas e cirúrgicas, como obstruções e suboclusões intestinais. Gestações em mulheres que se submetem a este tipo de cirurgia são cada vez mais frequentes e as complicações relacionadas cada vez mais descritas. Apresentamos o caso clínico de mulher grávida previamente submetida à cirurgia bariátrica que desenvolveu quadro de suboclusão com intussuscepção intestinal. Essa complicação extremamente grave requer muita atenção para seu diagnóstico, utilizando-se exames de imagem e laboratório não empregados usualmente durante a gravidez. A gestação confunde e dificulta sua interpretação, além de o único tratamento de bom resultado ser invasivo, a laparotomia exploradora, ser indesejável no período. A morbidade e mortalidade materna, fetal e perinatal costumam ser elevadas. No caso descrito, o parto ocorreu de forma espontânea nas primeiras horas de internação, antes de o procedimento cirúrgico ser executado. A evolução foi boa e paciente e recém-nascido, embora prematuro, evoluíram bem e tiveram alta em boas condições.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(10):516-519
DOI 10.1590/S0100-72032010001000008
A cirurgia bariátrica vem sendo considerada, na atualidade, uma alternativa ao tratamento de obesidade mórbida refratária a tratamentos clínicos convencionais. As cirurgias mais usadas, radicais e invasivas, apresentam resultados melhores e mais rápidos, porém estão mais sujeitas a complicações clínicas e cirúrgicas, como obstruções e suboclusões intestinais. Gestações em mulheres que se submetem a este tipo de cirurgia são cada vez mais frequentes e as complicações relacionadas cada vez mais descritas. Apresentamos o caso clínico de mulher grávida previamente submetida à cirurgia bariátrica que desenvolveu quadro de suboclusão com intussuscepção intestinal. Essa complicação extremamente grave requer muita atenção para seu diagnóstico, utilizando-se exames de imagem e laboratório não empregados usualmente durante a gravidez. A gestação confunde e dificulta sua interpretação, além de o único tratamento de bom resultado ser invasivo, a laparotomia exploradora, ser indesejável no período. A morbidade e mortalidade materna, fetal e perinatal costumam ser elevadas. No caso descrito, o parto ocorreu de forma espontânea nas primeiras horas de internação, antes de o procedimento cirúrgico ser executado. A evolução foi boa e paciente e recém-nascido, embora prematuro, evoluíram bem e tiveram alta em boas condições.
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