Resumo
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Caracterizar as alterações neurológicas centrais e periféricas mais comuns durante a gravidez.
Foi efetuada uma revisão da literatura acerca de complicações neurológicas durante a gravidez. Foram utilizadas diversas bases de dados usando palavras-chave relacionadas com o tema.
A gravidez envolve alterações fisiológicas que podem desencadear alterações neurológicas periféricas e/ou do sistema nervoso central, por vezes associadas a distúrbios hipertensivos. Um diagnóstico definitivo pode ser feito tendo em conta o trimestre de gravidez e os achados clínicos encontrados. A síndrome do túnel carpal e a paralisia facial periférica são alterações neurológicas periféricas comuns que ocorrem mais frequentemente na segunda metade da gravidez. As alterações em termos do sistema nervoso central são mais complexas. Um diagnóstico preciso é fulcral, não só para melhorar os desfechos perinatais, mas também para efetuar uma vigilância e tratamento adequados e para prevenir complicações agudas e a longo prazo.
Um diagnóstico preciso e um acompanhamento e tratamento apropriados dos distúrbios neurológicos durante a gravidez são ações exequíveis. Contudo, requerem uma abordagem multidisciplinar, crucial para melhorar os desfechos perinatais.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2009;31(11):552-558
DOI 10.1590/S0100-72032009001100005
OBJETIVO: comparar a efetividade da nitroglicerina transdérmica com a nifedipina oral na inibição do trabalho de parto prematuro. MÉTODOS: foi realizado um ensaio clínico com 50 mulheres em trabalho de parto prematuro, randomizadas em dois grupos, 24 para nifedipina oral (20 mg) e 26 para nitroglicerina transdérmica (patch 10 mg). Foram selecionadas as pacientes com gestação única, entre a 24ª e 34ª semanas e diagnóstico de trabalho de parto prematuro. Foram excluídas pacientes com malformações fetais e com doenças clínicas ou obstétricas. As variáveis analisadas foram tocólise efetiva, tempo necessário para tocólise, frequência de recorrência, progressão para parto prematuro e efeitos colaterais. RESULTADOS: a eficácia da tocólise nas primeiras 12 horas foi semelhante entre os grupos (nitroglicerina: 84,6% versus nifedipina: 87,5%; p=0,5). A média do tempo para tocólise também foi semelhante (6,6 versus 5,8 horas; p=0,3). Não houve diferença entre os grupos quanto à recorrência de parto prematuro (26,9 versus 16,7%; p=0,3) e nem na frequência de parto prematuro dentro de 48 horas (15,4 versus 12,5%; p=0,5). Entretanto, a frequência de cefaleia foi significativamente maior no grupo que usou nitroglicerina (30,8 versus 8,3%; p=0,04). CONCLUSÕES: a nitroglicerina transdérmica apresentou efetividade semelhante à nifedipina oral para inibição do trabalho de parto prematuro nas primeiras 48 horas, porém com maior frequência de cefaleia.