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Original Article
Indicações para realização de ecocardiografia fetal e ausência de associação entre exames alterados e idade materna avançada: Um estudo transversal – Ecocardiografia fetal anormal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):805-810
11/01/2020
Resumo
Original ArticleIndicações para realização de ecocardiografia fetal e ausência de associação entre exames alterados e idade materna avançada: Um estudo transversal – Ecocardiografia fetal anormal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2020;42(12):805-810
11/01/2020Visualizações55Ver maisResumo
Objetivo
Analisar as indicações mais frequentes para realização de ecocardiografia fetal, incluindo idade materna avançada, e a associação destas com exames alterados.
Métodos
Foram incluídas todas as gestantes que realizaram ecocardiografia fetal na idade gestacional entre 22 e 32 semanas, em 2 centros de referência no Rio de Janeiro, no período de junho de 2015 a junho de 2016. Foi considerada idadematerna avançada se no momento do parto a idade materna fosse> 35 anos. As indicações e os resultados dos exames foram registrados, segundo a Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal. Foramcalculadas as razões de prevalência brutas e ajustadas através da regressão de Poisson, considerando-se p < 0,05.
Resultados
Um total de 1.221 exames foram analisados. A frequência de exame ecocardiográfico alterado foi 14,82%. As alterações mais frequentes foram defeito do septo interventricular (6,39%), hipertrofia septal (3,35%) e defeito do septo atrioventricular (1,14%). Quinhentos e cinquenta e nove exames foram realizados com indicação de rotina, 289 por idade materna avançada e 373 preenchiam critério de acordo com a Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal. O exame ecocardiográfico alterado foi associado ao ultrassom obstétrico sugerindo cardiopatia fetal, ao diabetes materno, à translucência nucal aumentada e ao ultrassom obstétrico sugerindo alteração extracardíaca. Não foi observada maior frequência de exame ecocardiográfico alterado nas gestantes com idade materna avançada, comparado ao restante da amostra.
Conclusão
Constatou-se elevada frequência de indicações de rotina, e por idade materna avançada isoladamente, que não foram associados a alterações da ecocardiografia fetal. Em nosso meio, quando o ultrassom obstétrico sugere cardiopatia fetal, é muito provável que a ecocardiografia fetal tambémseja anormal. Portanto, o ultrassom obstétrico é um bom método de rastreio pré-natal.
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Original Articles
Prevalência de miocardiopatia hipertrófica em fetos de mães com diabetes gestacional antes do tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(1):9-13
01/01/2017
Resumo
Original ArticlesPrevalência de miocardiopatia hipertrófica em fetos de mães com diabetes gestacional antes do tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2017;39(1):9-13
01/01/2017Visualizações82RESUMO
Objetivo:
Avaliar a prevalência de miocardiopatia hipertrófica em fetos de gestantes com diabetes mellitus gestacional antes do início do tratamento.
Métodos:
Foi realizado um estudo de corte transversal, no período de 1o de julho de 2013 até 20 de dezembro de 2013, em uma maternidade pública. Foram objetos do estudo 63 fetos de gestantes portadoras de diabetes mellitus gestacional (DMG), em gestação única e sem outras patologias associadas. Foi realizada ecocardiografia fetal antes do início do tratamento do diabetes. O diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica (MH) foi realizado quando a medida do septo interventricular ou da parede ventricular estava superior a dois desvios-padrão. O desfecho primário avaliado foi presença de MH.
Resultados:
As gestantes apresentavam idade média de 32,32 (±6,2) anos, e a idade gestacional média no momento da avaliação foi de 30,59 (±2,27) semanas. A medida do septo interventricular estava acima de 2 desvios-padrão em 50,8% (intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 38,1-63,5%). A parede do ventrículo esquerdo estava acima de 2 desvios-padrão em 13 fetos, totalizando 20,6% (IC95%: 11,1-30,2%). A MH estava presente em 54% dos fetos (IC95%: 41,3-65,1%). A circunferência abdominal fetal estava normal em 46 (73%) fetos, e destes, 50% apresentavam MH.
Conclusão:
A prevalência de MH em fetos de gestantes portadoras de DMG antes do tratamento foi de 54% (IC95% 41,3-65,1%).
Palavras-chave: CardiopatiasDiabetes gestacionalecocardiografia fetalFetomiocardiopatia hipertróficaVer mais -
Artigos Originais
Complicações maternas associadas à via de parto em gestantes cardiopatas em um hospital terciário de Fortaleza, CE
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(3):113-117
04/04/2012
Resumo
Artigos OriginaisComplicações maternas associadas à via de parto em gestantes cardiopatas em um hospital terciário de Fortaleza, CE
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(3):113-117
04/04/2012DOI 10.1590/S0100-72032012000300004
Visualizações49Ver maisOBJETIVO: Verificar a associação entre complicações maternas e tipo de parto em gestantes cardiopatas, assim como identificar os possíveis fatores clínicos e obstétricos, implicados na determinação da via de parto. MÉTODOS: Estudo retrospectivo e descritivo analisando prontuários médicos das gestantes cardiopatas internadas em Hospital de Referência terciário no município de Fortaleza, Ceará, no período de 2006 a 2007. A população do estudo incluiu todas as gestantes com diagnóstico anteparto de cardiopatias admitidas para realização do parto e excluiu as gestantes que tiveram o diagnóstico de cardiopatia após o parto, independente da idade e semana gestacional. Utilizou-se um questionário semiestruturado com variáveis demográficas, clínicas e obstétricas. Realizou-se, inicialmente, uma análise descritiva por meio de frequências simples e proporções das variáveis sociodemográficas, clínicas e obstétricas. Em seguida foram analisadas possíveis associações entre os aspectos clínicos, obstétricos e tipo de parto, verificando associação entre complicações maternas e tipo de parto. Para isso, foi aplicado o teste Exato de Fischer, considerando p<0,05 para o estabelecimento da significância estatística. Os dados coletados foram processados e analisados utilizando o software Epi-InfoTM, versão 6.04, Atlanta, USA. RESULTADOS: Foram incluídas 73 gestantes cardiopatas. Dentre as congênitas, a comunicação interatrial foi a mais observada (11,0%) e entre as adquiridas, a estone mitral a mais freqüente (24,6%). A proporção de partos cesáreos foi maior do que entre os vaginais, exceto para mulheres com cardiopatia adquirida. Foi encontrada associação entre tipo de cardiopatia e tipo de parto (p=0,01). Houve 13 complicações maternas (17,8%). Dentre as complicações, dez (76,9%) ocorreram por parto cesáreo e três por via vaginal. Não foi encontrada associação entre complicações maternas e tipo de parto em gestantes cardiopatas (p=0,74). CONCLUSÕES: Não houve associação entre a ocorrência de complicações maternas e a via de parto em gestantes cardiopatas.