Resumo
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O presente estudo analisa o papel da Simulação Clínica em programas de Residência Médica (PRM) de Obstetrícia e Ginecologia, atribuído pelos supervisores, na formação do residente no município de São Paulo (SP).
Abordagem qualitativa, transversal, de natureza exploratória e descritiva. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez supervisores de programas de Residência Médica de Obstetrícia e Ginecologia. Para análise das entrevistas foi realizada análise de conteúdo na modalidade temática partindo do seguinte núcleo: o papel da simulação clínica nos Programas de Residência Médica de Obstetrícia e Ginecologia.
A Simulação Clínica, na visão dos supervisores, emerge como: ferramenta complementar para o processo de ensino e aprendizagem; possibilidade de um ambiente de ensino e aprendizagem seguro; possibilidade de aprendizagem a partir do erro; suporte para prática profissional comprometida com a segurança do paciente; cenário de aprendizagem para o trabalho de equipe; cenário de reflexão sobre o processo de trabalho em Obstetrícia e Ginecologia; favorecimento na tomada de decisão; cenários de processos avaliativos na residência; e, por fim, estímulo à participação dos residentes nas atividades.
Os supervisores reconhecem a Simulação Clínica como uma ferramenta pedagógica potente no aprendizado dos médicos residentes em Obstetrícia e Ginecologia.
Resumo
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DOI 10.1590/S0100-7203201400040004
Avaliar o impacto da capacitação dos profissionais envolvidos no rastreamento do câncer do colo do útero (CCU) em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município de Goiânia (GO).
Estudo de intervenção cujas variáveis estudadas foram: os dados pessoais da mulher, anamnese, exame clínico e identificação do profissional responsável pela coleta (informações contidas no formulário de requisição do exame citopatológico do colo do útero). A avaliação da capacitação dos profissionais foi realizada por meio da comparação dos formulários referentes ao período de janeiro de 2007 a abril de 2009, antes da capacitação, com os formulários de julho de 2010 a dezembro de 2012, após a capacitação. Para avaliar o resultado da capacitação foi utilizado o teste do χ2 de Pearson, com nível de significância de 5%.
Após a capacitação, houve aumento significativo da frequência de preenchimento da escolaridade, de 67,2 para 92,6% (p<0,001), do telefone, de 78,9 para 98,7% (p<0,001), da inspeção do colo, de 86,8 para 96,6% (p<0,001) e sinais sugestivos de doenças sexualmente transmissíveis (DST), de 80,8 para 93,5% (p<0,001). Houve redução da frequência de realização do exame no intervalo menor que um ano (p<0,001) e de um ano (p<0,001). Houve redução da frequência de realização do exame citopatológico em mulheres com menos de 25 anos de idade, de 22,0 para 17,9% (p<0,001). Houve um aumento significativo da proporção de amostras satisfatórias, de 70,4 para 80,2% (p<0,001). Foi verificada redução da ocorrência de fatores obscurecedores. A frequência de dessecamento foi de 2,9% antes da capacitação e de 2,0% após a capacitação (p<0,001). Houve um aumento da frequência de representação de células endocervicais, de 79,5 para 88,5% (p<0,001).
Após a capacitação, houve melhora expressiva no preenchimento do formulário de requisição, na realização do exame citopatológico, conforme a periodicidade e a faixa etária preconizadas pelo Ministério da Saúde, e na adequabilidade da amostra.