Resumo
. ;:780-789
Comparar os padrões de resposta inflamatória sistêmica em mulheres com câncer epitelial de ovário (CEO) ou sem evidência de doença maligna, bem como avaliar o perfil de respostas inflamatórias sistêmicas em tumores dos tipos 1 e 2. Esta é uma forma não invasiva e indireta de avaliar tanto a atividade tumoral quanto o papel do padrão inflamatório durante as respostas pró- e antitumorais.
Ao todo, 56 pacientes foram avaliados prospectivamente: 30 mulheres sem evidência de doença maligna e 26 mulheres com CEO. A quantificação plasmática de citocinas, quimiocinas e micropartículas (MPs) foi realizada por citometria de fluxo.
Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias interleucina-12 (IL12), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (tumor necrosis factor alpha, TNF-α, em inglês), interleucina-1 beta (IL-1β), e interleucina-10 (IL-10), e da quimiocina de motivo C-X-C 9 (CXCL-9) e da quimiocina de motivo C-X-C 10 (CXCL-10) foram significativamente maiores em pacientes com EOC do que nos controles. Os níveis plasmáticos da citocina interleucina-17A (IL17A) e MPs derivados de células endoteliais foram menores em pacientes com CEO do que no grupo de controle. A frequência de leucócitos e de MPs derivadas de células endoteliais foi maior nos tumores de tipo 2 do que naqueles sem malignidade. Observou-se um número expressivo de citocinas e quimiocinas inflamatórias/regulatórias nos casos de CEO, além de correlações negativas e positivas entre elas, o que leva a uma maior complexidade dessas redes.
Este estudo mostrou que, por meio da construção de redes compostas por citocinas, quimiocinas e MPs, há maior resposta inflamatória sistêmica em pacientes com CEO e correlação mais complexa desses biomarcadores em tumores de tipo 2.
Resumo
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A esterilização feminina é um procedimento cirúrgico que auxilia as mulheres na paragem permanente de utilização de métodos contraceptivos. Os objetivos desde estudo foram comparar a aplicabilidade, complicações e eficácia da salpingectomia vs. eletrocoagulação e secção tubar na esterilização feminina em regime de ambulatório.
Realizou-se um estudo retrospectivo e observacional que incluiu mulheres submetidas a procedimentos de esterilização por laparoscopia no Serviço de Cirurgia de Ambulatório da ULSAM, durante três anos. A análise estatística foi realizada com recurso ao SPSS, aplicando o teste exato de Fisher, o teste de Mann-Whitney e Regressão Linear.
Foram realizados 221 procedimentos cirúrgicos por laparoscopia, incluindo 79 (35,7%) salpingectomias totais bilaterais e 142 (64,3%) procedimentos por eletrocoagulação e secção tubar bilateral. A maioria dos procedimentos foram realizados por um interno de formação específica (n = 162; 73,3%), com 40% (n = 33) de salpingectomias. O tempo operatório foi significativamente inferior no grupo da eletrocoagulação (42,2 vs. 52,7 min, p < 0,001). Em relação à segurança e à eficácia não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos, com um caso de gravidez após eletrocoagulação e secção tubar.
A salpingectomia é uma alternativa segura e com alta taxa de eficácia quando comparada com eletrocoagulação e secção tubar.
Resumo
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Relatamos um caso de obtenção ex vivo de óvulos, guiada por ultrassonografia, para preservação da fertilidade em uma mulher com tumor ovariano borderline bilateral, para quem a recuperação transvaginal convencional foi considerada insegura, devido ao aumento do risco de disseminação de célulasmalignas. Foi realizada estimulação ovariana com gonadotrofinas. A cirurgia foi agendada de acordo com a resposta ovariana à estimulação gonadotrófica exógena; após ooforectomia por laparoscopia, ~ 37 horas após a maturação folicular, procedeu-se à recuperação extracorpórea de oócitos. Umtotal de 20 folículos ovarianos foi aspirado e 16 complexos cumulus foramobtidos, resultando na vitrificação de 12 oócitos maduros e de 3 oócitos imaturos amadurecidos in vitro. Nosso resultado enfatiza a viabilidade da recuperação ex vivo de oócitos maduros após estimulação ovariana controlada para mulheres com alto risco de disseminação maligna pela captação oocitária realizada convencionalmente pela via transvaginal.