câncer de endométrio Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Características clínicas e desfechos de uma coorte de câncer endometrial de alto grau tratada no Instituto Nacional de Câncer, Brasil

    . ;:401-408

    Resumo

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    Características clínicas e desfechos de uma coorte de câncer endometrial de alto grau tratada no Instituto Nacional de Câncer, Brasil

    . ;:401-408

    DOI 10.1055/s-0043-1772177

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    Resumo

    Objetivo

    Analisar os desfechos de uma coorte de pacientes com câncer de endométrio (CE) e histologias de alto risco atendida no Instituto Nacional do Câncer (INCA) entre 2010 e 2016.

    Materiais e Métodos

    Foram revisados prontuários de pacientes com histologias de alto risco de CE em qualquer estágio cadastradas no INCA entre 2010 e 2016 para realizar uma análise descritiva clínica e demográfica e avaliar os resultados em termos de recorrência e sobrevida.

    Resultados

    De 2010 a 2016, 2.145 pacientes com CE foram cadastradas e atendidas no INCA, e 466 tinham histologias de alto grau e atendiam aos critérios de inclusão. A média de idade das pacientes foi de 65 anos, 44,6% eram brancas, e 90% tinham performance status de 0 ou 1. A histologia mais comum foi endometrioide de alto grau (31,1%), seguida de carcinoma seroso (25,3%), misto (20,0%), carcinossarcoma (13,5%) e carcinoma de células claras (9,4%). Considerando o estadiamento da Fédération Internationale de Gynécologie et d'Obstétrique (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, FIGO, em francês) de 2018, 44,8%, 12,4%, 29,8% e 12,9% apresentaram estágios I, II, III ou IV, respectivamente. Idade (> 60 anos), mais de 50% de mioinvasão, estágio avançado, performance status ruim, histologias serosas e carcinossarcoma, e tratamento adjuvante foram fatores independentes associados à sobrevida livre de recorrência e sobrevida global na análise multivariada.

    Conclusão

    Os achados atuais reforçam os dados internacionais que demonstram o prognóstico ruim desses tumores, principalmente para as histologias serosas e carcinossarcomas e para estágios avançados, com menor sobrevida e altas taxas de recorrência à distância, independentemente do estágio da FIGO. A terapia adjuvante foi associada a melhor sobrevida.

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    Doença residual após histeroscopia cirúrgica em pacientes com câncer de endométrio endometrioide associado a pólipo endometrial

    . ;:35-40

    Resumo

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    Doença residual após histeroscopia cirúrgica em pacientes com câncer de endométrio endometrioide associado a pólipo endometrial

    . ;:35-40

    DOI 10.1055/s-0040-1719145

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    Resumo

    Objetivo

    Avaliar a presença de doença residual no exame anatomopatológico definitivo de pacientes com câncer de endométrio endometrioide após polipectomia ou biópsia de pólipo histeroscópica.

    Métodos

    Analisamos 104 pacientes (92 casos do Hospital AC Camargo e 12 casos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo) com pólipos diagnosticados durante histeroscopia e cuja biópsia histeroscópica ou exame patológico final do útero acusaram câncer de endométrio endometrioide. As pacientes foram submetidas a cirurgia para câncer de endométrio de janeiro de 2002 a janeiro de 2017. Os dados clínicos e anatomopatológicos de cada paciente foram retirados dos prontuários médicos

    Resultados

    Em 78 casos (75%), o pólipo continha a neoplasia, e em 40 (38.5%), ela estava restrita ao tecido do pólipo, sem envolvimento endometrial adjacente. O estadio final foi IA em 96 casos (92.3%) e em 90 (86.5%) tratava-se de grau 1 ou 2. Em 18 casos (17.3%), não havia doença residual no espécime uterino, mas emapenas 9 deles a histeroscopia sugeriu doença restrita ao pólipo. Em 5 casos (4.8%), não havia doença aparente extrapólipo na histeroscopia, mas havia invasão miometrial, sugerindo extravasamento do tumor pela base do pólipo.

    Conclusão

    Pacientes com câncer de endométrio associado a pólipos podem ter o tumor completamente removido durante a histeroscopia, mas, com as variáveis avaliadas, é difícil predizer com segurança qual paciente ficará sem tumor residual.

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