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Original Article
Conhecimento de adolescentes gestantes sobre o papilomavírus humano
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(5):291-297
27/06/2019
Resumo
Original ArticleConhecimento de adolescentes gestantes sobre o papilomavírus humano
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2019;41(5):291-297
27/06/2019Visualizações63Ver maisResumo
Objetivo
Avaliar o nível de informação que as adolescentes gestantes possuem em relação ao papilomavírus humano (HPV).
Métodos
Estudo descritivo desenvolvido no ambulatório pré-natal adolescente de um hospital terciário do estado de São Paulo, Brasil. Os dados foram coletados entre junho e dezembro de 2017, após a aprovação do comitê de ética e pesquisa (CAAE: 1.887.892/2017). A amostra foi composta por adolescentes gestantes com ≤18 anos que frequentaram o ambulatório. Foram excluídas as com transtorno psiquiátrico diagnosticado e as portadoras de deficiência auditiva ou de cognição. Após aceitarem participar do presente estudo, as adolescentes grávidas assinaram o termo de assentimento e consentimento livre e esclarecido. Para as análises estatísticas, foramutilizados os testes de qui-quadrado e exato de Fisher.
Resultados
Em relação ao conhecimento sobre o HPV, 123 (80,92%) já tinham ouvido falar sobre o assunto; destas adolescentes, 77 (50,66%) receberam as informações que tinham através de suas escolas, e 101 (66,45%) pacientes não sabiam como poderiam contrair o vírus. A variação da idade das adolescentes entrevistadas não influenciou se estas sabiam ou não como se prevenir contra o HPV (p = 0,2562). A variável vacina está associada à prevenção contra o HPV (p < 0,0001).
Conclusão
As gestantes avaliadas possuem conhecimento sobre o HPV, mas não fazem a prevenção adequada, visto que um pouco mais da metade se vacinaram, não relataram o preservativo e a vacina como métodos eficazes de prevenção, e não relacionaram o HPV com o câncer de colo de útero.
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Original Article
Câncer de colo de útero registrado em duas regiões desenvolvidas do Brasil: limite superior de resultados alcançáveis a partir do rastreamento oportunístico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(6):347-353
01/06/2018
Resumo
Original ArticleCâncer de colo de útero registrado em duas regiões desenvolvidas do Brasil: limite superior de resultados alcançáveis a partir do rastreamento oportunístico
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2018;40(6):347-353
01/06/2018Visualizações57Resumo
Objetivo
Avaliar as tendências temporais e padrão de diagnóstico de câncer de colo de útero (CCU) através de programa de rastreamento oportunístico em duas regiões brasileiras desenvolvidas, no período de 2001 a 2012.
Métodos
Estudo observacional com 3.364 registros de câncer (n = 1.646 da região de Campinas e n = 1.718 da região de Curitiba) obtidos de sistemas de registro hospitalar de câncer. Para a região de Campinas foram analisados 1.836 registros adicionais de CIN3/AIS. A análise estatística avaliou os dados agrupados e por região considerando o ano de diagnóstico, grupo etário, estágio de câncer e tipo histológico, e utilizou o teste de tendência Cochran-Armitage com valor p < 0,05.
Resultados
O total anual de CCU registrado no período de 2001 a 2012 apresentou uma ligeira queda (273 para 244), comidade média de 49,5 anos, 13 amais que a idade média (36,8 anos) para CIN3/AIS. O total de diagnósticos realizados fora da faixa etária oficial de rastreamento foi 20,6% (1,6% abaixo de 25 anos). Houve uma tendência de aumento de casos nas faixas etárias inferior a 25 anos (p = 0,007) e de 25 a 44 anos (p = 0,003) para a região de Campinas. Ambas as regiões apresentaram maior proporção diagnósticos de câncer em estágio III (43% em média), sem modificação de tendência. Houve tendência crescente para diagnóstico em estágio I na região de Campinas (p = 0,033) e da proporção de tipos histológicos glandulares em ambas regiões (p = 0,002), 21,1% para a região de Campinas e 12,5% para Curitiba.
Conclusão
O número, o padrão e as tendências dos casos registrados de câncer de colo de útero apresentaram modificações pequenas e lentas ao longo do tempo, reflexo da efetividade limitada do programa de rastreio oportunista, mesmo em locais desenvolvidos.
Palavras-chave: câncer de colo de úteroEpidemiologiamedicina preventivaNeoplasia intraepitelial cervicalSaúde públicaVer mais