Atenção à saúde Archives - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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    Atitudes e atributos pessoais relativos à receptividade das pacientes à participação de estudantes de medicina em consultas ginecológicas: Um estudo de corte transversal

    . ;:613-620

    Resumo

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    Atitudes e atributos pessoais relativos à receptividade das pacientes à participação de estudantes de medicina em consultas ginecológicas: Um estudo de corte transversal

    . ;:613-620

    DOI 10.1055/s-0039-1697984

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    Objetivo

    Avaliar a associação entre as razões das pacientes para consentir ou recusar a presença de estudantes de medicina no ambulatório de Ginecologia, considerando seus fatores demográficos, experiência prévia com alunos, e sensibilidade com relação ao gênero.

    Métodos

    Entrevistas com as pacientes que aguardavam consultas ginecológicas previamente agendadas no Hospital Universitário de Brasília. Análises de contingência foram utilizadas para determinar os níveis de associação entre as variáveis das pacientes. Valores de p<0.05 foram considerados estatisticamente significativos.

    Resultados

    Foram entrevistadas 469 pacientes. Observou-se forte associação entre o conforto com a presença do estudante e o número destes presentes à consulta (V de Cramér=0.671). A tendência ao consentimento (relação de motivos para consentir ou discordar da presença do estudante) relacionou-se significativamente (p<0.001) à maior receptividade à participação dos alunos (ρ=0.482), a uma avaliação positiva do comportamento aluno-médico em consultas anteriores (ρ =0.253, N=408), e a maior escolaridade das pacientes (ρ =0.158). Observou-se associação significativa entre receptividade das pacientes (p<0.001) e ausência de discriminação quanto ao gênero do médico (V de Cramér=0.388), experiência prévia com estudantes (V de Cramér =0.235), ciência de que estariam presentes à consulta (V Cramér=0.217), idade mais avançada (ρ=0.136; p=0.003), e multiparidade (ρ=0.102; p=0.027).

    Conclusão

    Maior receptividade à participação dos estudantes relacionou-se a cinco condições em ordem decrescente de força de associação: ausência de discriminação quanto ao gênero do médico ginecologista-obstetra, experiência prévia com estudantes, conhecimento antecipado sobre a presença deles, idade mais avançada, e multiparidade. Também foi observada correlação positiva entre maior tendência ao consentimento e maior receptividade à participação dos alunos e comportamento adequado médico-estudante.

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    Influência da percepção dos profissionais quanto ao aborto provocado na atenção à saúde da mulher

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(2):69-73

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    Influência da percepção dos profissionais quanto ao aborto provocado na atenção à saúde da mulher

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(2):69-73

    DOI 10.1590/S0100-72032012000200005

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    OBJETIVO: Identificar o conhecimento e a percepção dos profissionais da saúde em relação à legislação brasileira sobre o aborto provocado. MÉTODOS: Envelopes selados não identificados contendo os questionários foram enviados a todos os profissionais (n=149) que trabalham no Departamento de Obstetrícia de hospital universitário e de hospital público da periferia de São Paulo. Responderam ao questionário 119 profissionais. Para análise dos dados, utilizou-se intervalo de confiança de 0,05 e os testes exatos de Fischer e χ². RESULTADOS: Dos profissionais entrevistados, 48,7% eram médicos, 33,6% profissionais da área de enfermagem e 17,6% eram profissionais de outras áreas (psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, administrativos e técnicos de laboratórios). Constatou-se diferença significativa (p=0,01) na proporção de profissionais que acreditam que o aborto por malformação fetal não letal e no aborto decorrente de gestações não planejadas deveriam ser incluídos na legislação brasileira. Observou-se que o conhecimento da legislação e da descrição das situações permitidas por lei acerca do aborto foi significativamente diferente na comparação entre os profissionais de saúde (p=0,01). Quando questionados sobre as situações em que a legislação brasileira permite o aborto, observou-se que 32,7% dos médicos, 97,5% profissionais da área de enfermagem e 90,5% dos demais profissionais desconhecem a legislação vigente. CONCLUSÃO: Neste estudo, evidenciou-se o desconhecimento dos profissionais de saúde com relação à legislação brasileira, em menor proporção entre obstetras e em maior proporção entre os profissionais da área de enfermagem. Foram constatadas atitudes de discriminação, julgamento e preconceito na assistência prestada às mulheres que provocam o aborto.

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    Aplicação de programa educativo multidisciplinar em gestações de alto risco devido a doenças endócrinas

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(10):504-509

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    Aplicação de programa educativo multidisciplinar em gestações de alto risco devido a doenças endócrinas

    Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2010;32(10):504-509

    DOI 10.1590/S0100-72032010001000006

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    OBJETIVO: avaliar a aplicação de um programa de intervenção multidisciplinar educativo em mulheres com gestação de alto risco devido a doenças endócrinas. MÉTODOS: avaliamos retrospectivamente a aplicação de um programa educativo multidisciplinar em 185 gestantes com doenças endócrinas referenciadas para uma maternidade especializada em gestação de alto risco. As gestantes receberam atenção pré-natal multidisciplinar por times compostos por endocrinologistas, obstetras, ultrassonografistas, enfermeiras e nutricionistas. Informações orais e escritas sobre hábitos saudáveis, cuidados com diabetes, uso de adoçantes artificiais e exercícios na gestação foram passadas na primeira consulta endocrinológica. Plano nutricional individualizado foi feito em primeira visita à nutricionista. Nas reavaliações mensais com nutricionista e quinzenais com endocrinologista, as informações sobre mudanças saudáveis no estilo de vida eram reforçadas e o peso registrado. O grau de aderência à dieta e atividade física foi autorreferido. Comparou-se o peso semanal antes e após a intervenção multidisciplinar, peso fetal ao nascimento, taxa de macrossomia e baixo peso, e a frequência de parto cesário nas quatro categorias de índice de massa corpórea (IMC) pré-gestacional (<18,5; 18,5 a 24,9; 25 a 29,9 e >30 kg/m²). RESULTADOS: a principal patologia de encaminhamento foi o diabetes (84,9%). Um terço das gestantes (31,2%) era composto por portadoras de sobrepeso e 42,5% tinham obesidade pré-gestacional. A maior parte das gestantes foi vista pela primeira vez pela equipe multidisciplinar no terceiro trimestre (64,1%), e 50,5% delas excederam o ganho de peso recomendado para toda a gestação à primeira avaliação. Gestantes obesas excederam o ganho de peso recomendado em 62,5% dos casos. Após a intervenção multidisciplinar, o percentual de gestantes que excedeu o ganho de peso semanal recomendado reduziu em todas as categorias de IMC pré-gestacional (IMCPG), embora diferença estatisticamente significativa tenha sido encontrada apenas no grupo com IMCPG normal (40,6 versus 21,9%, p=0,03). Média do peso fetal ao nascer foi similar entre as categoriais de IMC (p=0,277); entretanto, macrossomia foi mais frequente nas mulheres com sobrepeso e obesidade pré-gestacional. Cesariana foi a via mais frequente de parto, independentemente do IMCPG. CONCLUSÕES: em gestações de alto risco devido a doenças endócrinas, abordagem multidisciplinar educativa limita o excessivo ganho de peso semanal apesar da idade gestacional avançada.

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