Resumo
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Estudar uma amostra de pacientes com artrite reumatoide (AR), com investigação da história ginecológica e obstétrica, comparando-a com controles, visando conhecer suas influências no número de gestações, menarcas, menopausa e anos reprodutivos no início da AR.
Trata-se de um estudo transversal de 122 pacientes com AR e 126 controles. Pacientes e controles foram questionados sobre idade da menarca, idade da menopausa, número de gestações e abortos. Os anos reprodutivos foram calculados com a diferença entre a idade da menopausa e a idade da menarca. Para comparação, foram utilizados Mann Whitney, Teste t não pareados, Teste qui-quadrado e teste de Spearman. A significância adotada foi de 5%.
Nas pacientes comAR e início da doença na pós-menopausa, o período de anos reprodutivos (idade da menopausa - idade da menarca) apresentou correlação positiva com a idade de início da doença (rho=0,46; intervalo de confiança de 95% [IC95%]=0,20-0,55 com p=0,0008). O número de gestações foi maior nas pacientes cominício da doença no período pós-menopausa quando comparadas às pacientes em pré-menopausa (mediana de 3 comintervalo interquartil [IIQ]=2-4 versusmediana de 2 com IIQ=1-3; p=0,009). Nas pacientes com AR, foi observado ummaior número de gestações do que no grupo controle (p=0,0002).
O presente estudo mostra que, em nossa população, a diminuição dos anos reprodutivos e o alto número de gestações estão relacionados ao surgimento da AR.
Resumo
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Foram estudados os efeitos da perda da função ovariana (ovariectomia) sobre músculo esquelético e os níveis de RNAm de IGF-1, atrogina-1, MuRF-1, e de miostatina em modelo experimental de artrite reumatóide em ratos.
24 ratos Wistar (9 semanas, 195,3±17,4 gramas) foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle (CT-Sham, n = 6); artrite reumatóide (RA, n = 6); ovariectomia sem artrite reumatóide (OV; n = 6); ovariectomia com artrite reumatóide (RAOV; n = 6). Os procedimentos da ovariectomia (OV e RAOV) ou simulação da ovariectomia (CT-Shamou RA) foramrealizados aomesmo tempo, quinze dias antes da indução da artrite reumatóide. Os grupos RA e RAOV foramimunizados e, em seguida, foram injetados com Met-BSA na articulação tibiotársica. Após 15 dias das injeções intra-articulares, os animais foram eutanasiados. Foram avaliadas as manifestações externas da artrite reumatóide (perimetria articular), bem como o peso dos animais e a ingestão de alimentos ao longo do estudo. Além disso, as áreas de secção transversa (CSA) do músculo gastrocnêmio foram analisadas em 200 fibras (método H & E). No músculo gastrocnêmio, a expressão de RNAm foi analisada por PCR quantitativo em tempo real, seguido pelo método Livak (ΔΔCT).
A artrite reumatoide reduziu a CSA das fibras do músculo gastrocnêmio. O grupo RAOV mostrou uma CSA menor nas fibras do músculo gastrocnêmio em comparação com os grupos RA e CT-Sham. O RNAm do IGF-1 do músculo esquelético aumentou nos ratos artríticos e ovariectomizados. O RNAm do IGF-1 foi maior nos grupos OV do que nos grupos RA e RAOV. A expressão de antrogina-1 também aumentou no músculo gastrocnêmio dos ratos artríticos e ovariectomizados. No entanto, o aumento do RNAm da atrogina-1 foi maior no grupo RAOV do que nos grupos RA e OV. O RNAm da MuRF-1 aumentou nos grupos OV e RAOV, mas não nos grupos RA e CT-Sham. Porém, o grupo RAOV apresentou maior expressão gênica de MuRF-1 do que o grupo OV. A expressão do gene da miostatina foi semelhante em todos os grupos.
A perda de função ovariana resulta em perda de músculo esquelético associado às ubiquitina-ligases atrogina-1 e MuRF-1 em ratos artríticos.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2011;33(7):132-136
DOI 10.1590/S0100-72032011000700003
OBJETIVO: Estudar se a artrite reumatoide (AR) sofre influências de idade de menarca, número de gestações e tempo de vida reprodutiva. MÉTODOS: Estudo transversal e retrospectivo dos prontuários de 247 pacientes com AR, cujos dados sobre menarca, menopausa, número de gestações, autoanticorpos, serosites, nódulos reumatoides e índice funcional de Steinbrocker foram coletados. Os estudos de associação foram feitos pelos testes t de Student e Mann Whitney; os de correlação, pelos testes de Pearson e de Spearman. A significância adotada foi de 5%. RESULTADOS: A idade média de diagnóstico da AR foi de 43,2±14,1 anos, a idade mediana da menarca de 13 anos e o número mediano de gestações foi de 3. Em 63,9% existia fator reumatoide; o fator antinuclear em 20%; os nódulos reumatoides em 8,8%; derrame pleural em 2,8% e pericardite em 2,4%. O índice funcional de Steinbrocker mostrou que 45,6% tinham escore 1; 40,8% o escore 2; 9,1% o escore 3 e 4,3% o escore 4. Encontrou-se correlação inversa entre a quantidade de gestações e idade de surgimento da AR (p CONCLUSÃO: A precocidade da menarca e brevidade da vida reprodutiva indicam pior prognóstico, já que se relacionam com pleurites. A maior quantidade de gestações e menopausa tardia mostram efeito protetor, retardando o aparecimento da doença.