Resumo
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O presente artigo procura consolidar os conhecimentos existentes sobre o aleitamento materno durante a pandemia do SARS-CoV-2.
Foram analisados os artigos de 2020 e 2021 recolhidos dos bancos de dados PubMed, CAPES, Biblioteca Virtual de Saúde, Google Scholar, SciELO e bases de dados UpToDate. Livros e documentos governamentais publicados na última década (2010-2020) também foram consultados.
Dezesseis obras foram utilizadas no presente estudo. A data de publicação e discussão sobre a transmissão do SARS-CoV-2 através do leite materno foram os critérios de inclusão. Assim, foram excluídos os artigos que continham informações repetidas ou sem relevância para a produção.
Para a preparação do presente estudo, foram realizadas leituras críticas e síntese das principais informações obtidas sobre o tema. A pesquisa ocorreu no período de 27 de março a 2 de abril de 2021.
O leite materno tem diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o lactente. A presença de RNA viral por reação em cadeia de polimerase em tempo real (RT-PCR, na sigla em inglês) no leite de mães positivas foi detectada em alguns casos, e as infecções infantis nestas condições sugerem transmissão oral de origem materna ou de terceiros. A virulência do novo coronavírus no leite humano não está confirmada, enquanto quantidades significativas de anticorpos exclusivos sim.
A lactação no contexto da COVID-19 mostroumaiores benefícios do que os riscos de transmissão vertical. Por conseguinte, deve ser encorajada sempre que possível.
Resumo
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Analisar os fatores associados à prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME) até seis meses em binômios mãe/recém-nascido atendidos em uma maternidade de risco habitual.
Trata-se de um estudo descritivo, longitudinal, prospectivo e quantitativo. Foram investigadas variáveis socioeconômicas, obstétricas e perinatais de 101 binômios mãe/recém-nascido de uma maternidade pública em Curitiba-PR no internamento após o parto e 6 meses após o nascimento. Para a análise estatística, utilizou-se o teste do qui-quadrado. As variáveis cujo teste do qui-quadrado tiveram valores de p < 0,25 foram testadas para análises de razão de probabilidades (RP).
Observou-se a prevalência (42,6%) do AME. A maioria das mulheres (93,1%) havia realizado mais de 6 consultas de pré-natal, e as variáveis licença maternidade e apoio para amamentar estiveram associadas ao AME. O apoio para amamentar por parte do profissional e do familiar aumentou em 4 vezes a chance da permanência em AME (RP = 0,232; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 0,079 a 0.679; p = 0,008). A fissura foi o maior obstáculo para a amamentação, e a baixa produção de leite, o principal responsável pelo desmame.
O incentivo ao aleitamento e a permanência da mãe por mais tempo com a criança contribuíram para a manutenção do AME até o sexto mês de vida do bebê.
Resumo
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A oferta do seio materno às crianças éumdireito inquestionável dasmães e de seus filhos, e todos os esforços devem ser feitos no sentido de promover, acompanhar e manter o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até que a criança complete 2 anos de idade. A literatura apresenta incontáveis publicações acerca das qualidades do leite materno, seus benefícios e repercussões para a saúde, estimulando a prática do aleitamento materno e embasando campanhas. Porém, mesmo sendo de conhecimento geral que a amamentação é uma importante etapa no processo reprodutivo da mulher e que sua prática oferece benefícios para mãe e filho, a grande maioria das informaçõesdestacamosbenefíciosque o leitematernooferece às crianças, esquecendo-se de mencionar todas as repercussões que o aleitamento materno traz para a saúde da mãe. Assim, o objetivo deste artigo édestacar os inúmeros benefícios que o aleitamentomaterno proporciona à saúde física e emocional da lactante. Para tanto, os autores consultaram artigos publicados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science utilizando as palavras-chave aleitamentomaterno, leitematerno, lactação e saúdematerna.
Resumo
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Avaliar o efeito da suplementação com fontes de ômega 3 sobre a composição de ácidos graxos do leite humano.
A revisão consistiu na busca de artigos publicados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science utilizando-se as palavras-chave: ácidos graxos, ômega-3, leitematerno e suplementação; para isso, foi utilizado o checklist PRISMA. Foram utilizados os seguintes critérios para a seleção: artigos publicados em inglês, português, espanhol ou italiano, entre os anos de 2000 a 2015, sobre estudos realizados em humanos. A busca bibliográfica, segundo a estratégia estabelecida, resultou em 710 artigos. Entretanto, apenas 22 destes foram selecionados para compor a presente revisão.
Todos os estudos encontraram relação positiva entre o consumo de fontes de ômega 3 e sua concentração no leite humano. As diferenças nos achados se devem aos métodos empregados como, por exemplo, o momento da suplementação do ômega 3, o tipo de fonte de ômega 3 ofertado, e o tamanho amostral.
Apesar de os estudos serem díspares em inúmeros aspectos metodológicos, observou-se a importância da suplementação do ômega 3 na gestação e/ou no puerpério.
Resumo
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Relato de caso de mãe por útero de substituição, de 39 anos de idade, submetida a indução da lactação por exposição sequencial a drogas galactogogas (metoclopramida e domperidona), estimulação mamilar mecânica com bomba elétrica, e sucção pelo recém-nascido. O estudo teve como objetivo analisar os efeitos de cada etapa do protocolo na concentração sérica de prolactina, no volume de secreção láctea e na satisfação materna. A concentração sérica de prolactina e a produção láctea não apresentaram mudanças significativas. Entretanto, a mãe foi capaz de amamentar a criança por quatro semanas, e manifestou grande satisfação com a experiência. Como conclusão, no contexto de maternidade por útero de substituição, o aleitamento materno parece promover benefícios emocionais, não necessariamente relacionados ao aumento do volume de leite.
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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2012;34(1):28-33
DOI 10.1590/S0100-72032012000100006
OBJETIVO: Descrever as características maternas e das crianças, bem como avaliar os fatores associados à interrupção do aleitamento materno exclusivo. MÉTODOS: Estudo transversal que incluiu 667 crianças de seis meses que compareceram na Campanha de Multivacinação em Uberlândia, 2008. No delineamento amostral, foram sorteadas as unidades de vacinação e posteriormente as crianças em cada unidade, sistematicamente. Um instrumento semiestruturado foi utilizado para coleta dos dados, formulado com questões sobre alimentação da criança e características sociodemográficas da mãe. Foi utilizado risco relativo e teste do χ² para análise dos dados, aceitando como nível crítico p<0,05, com intervalo de confiança de 95%. RESULTADOS: A prevalência do aleitamento materno para os menores de 120 e 180 dias foi de 89,5 e 85%, respectivamente; e na modalidade de aleitamento materno exclusivo, 50,6 e 39,7% para menores de 120 e 180 dias, respectivamente. Os fatores mais associados ao abandono do aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses foram o trabalho materno fora de casa (OR=2,7; IC95%=1,7-4,2) e o uso de chupetas (OR=4,2; IC95%=2,8-6,3). O fato de a mãe ser multípara (OR=0,5; IC95%=0,4 -0,81) e recorrer ao atendimento puerperal na rede pública (OR=0,5; IC95%=0,3-0,7) representaram fatores de proteção contra a prática do desmame precoce. CONCLUSÃO: As prevalências do aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo no município de Uberlândia estão entre as maiores do país. Os fatores mais frequentemente associados à prática de desmame precoce foram trabalho materno fora de casa, oferta de bicos ou chupetas às crianças, atendimento puerperal efetuado no serviço privado e primiparidade.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2000;22(10):627-632
DOI 10.1590/S0100-72032000001000005
Objetivos: conhecer as características clínicas e bacteriológicas da mastite, classificação e tratamento. Métodos: as pacientes foram inquiridas sobre dados pessoais, pré-natal, atendimento no parto, no puerpério e quadro clínico. A mastite foi classificada pelos critérios de Vinha. Nos casos que evoluíram para abscesso, foi realizada análise bacteriológica, utilizando-se o meio de cultura caldo de enriquecimento Tryptone Soya Broth. Resultados: das 70 lactantes, 57% eram primíparas, 57% com idade entre 20 e 29 anos e 51% com 1º grau incompleto. A renda era menor que um salário mínimo em 63% dos casos. Exerciam atividade domiciliar sem apoio em 66% dos casos. Em 50%, as mamas não foram examinadas. No pré-natal não tiveram orientação sobre aleitamento e ordenha em respectivamente 50% e 58% dos casos. Em 63% o parto não foi em hospitais Amigos da Criança. Ocorreu ingurgitamento em 46% e fissura mamilar em 47% dos casos. Na classificação citada: 44% eram do tipo lobar, 39% ampolar e 17% glandular. No material de cultura houve crescimento de Staphylococcus aureus em 55%. Conclusões: fatores como baixa escolaridade, baixa renda, atividade familiar sem apoio, primiparidade e falta de orientação são fatores de risco para o aparecimento da mastite.