Resumo
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Avaliar a utilidade diagnóstica da expressão da proteína p16ink4a como marcador de adenocarcinoma do colo.
Em estudo transversal, a expressão de p16ink4a foi avaliada em 30 biópsias cervicais de pacientes diagnosticadas com adenocarcinoma invasivo de colo uterino provenientes de dois serviços de referência no Brasil, comparando com achados em 18 biópsias de pólipos endocervicais (grupo de controle). Para avaliar a performance do teste, foi utilizada tabela de contingência convencional, e para avaliar a concordância com o diagnóstico, foi aplicado o índice de Kappa (k).
No total, 66% dos casos de adenocarcinoma invasivo foram positivos para p16ink4a. Todos os pólipos adenomatosos foram negativos para p16ink4a. O marcador mostrou uma alta sensibilidade e alto valor preditivo negativo. O índice de Kappa foi bom para p16ink4a (k 1/4 0.6).
Considerando a forte associação entre o marcador p16ink4a e o adenocarcinoma cervical, seu uso representa uma ferramenta importante para reduzir o risco de diagnóstico incorreto de adenocarcinoma e, por conseguinte, evitar o excesso de tratamentos.
Resumo
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2007;29(11):575-579
DOI 10.1590/S0100-72032007001100005
OBJETIVO: o adenocarcinoma viloglandular (AVG) da cérvice foi identificado como uma variante do adenocarcinoma cervical que ocorre em mulheres jovens e traz um excelente prognóstico. Diante da escassez de estudos relacionados ao tema, nós relatamos seis casos de AVG de cérvice. MÉTODOS: acompanhamos a evolução de seis casos de AVG, no período de 1995 a 2006, no Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Coletamos informações clínicas e histológicas de todas as pacientes e submetemos todas as peças cirúrgicas para revisão histológica. RESULTADOS: a idade média da apresentação foi de 43,5 anos (variando de 27 a 61 anos). Quatro pacientes submeteram-se à histerectomia radical de Wertheim-Meigs e linfadenectomia pélvica bilateral, uma submeteu-se a conização e subseqüente radioterapia e uma a linfadenectomia pélvica seguida de radioterapia. Todas as pacientes estão vivas e bem, sem evidência de recorrência. CONCLUSÕES: as implicações da terapia são discutidas. Propomos aqui a inclusão do estudo do padrão de envolvimento linfovascular na determinação diagnóstica do AVG. Assim, ao referenciarmos este diagnóstico, poderemos optar, com cautela, pela terapia conservadora, salvo particularidades de cada caso.