Resumo
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Avaliar a acurácia do ultrassom transvaginal para o diagnóstico de lesões intrauterinas, tendo a histeroscopia como padrão de referência.
Foi realizado um estudo observacional prospectivo em 307 pacientes, submetidas à histeroscopia após ultrassonografia prévia para comparação dos resultados. A histeroscopia foi realizada por duas médicas com experiência, e os exames de ultrassom foram realizados em diversas fontes, públicas ou privadas, como ocorre no cotidiano da assistência à saúde em nosso meio. Foram avaliados sensibilidade, especificidade e acurácia, tendo a histeroscopia como padrão-ouro. O nível de concordância foi avaliado pelo teste de Kappa.
A idade média foi de 56,55±12,3 anos. Os resultados para pólipo endometrial foram: sensibilidade 39.8%, especificidade 72,7%, acurácia de 52,8%, e índice Kappa 0,11 (p=0,025). Para mioma, sensibilidade 46,7%, especificidade 95,0%, acurácia 87,9%, e índice Kappa 0,46 (p<0,001). Para espessamento endometrial, sensibilidade 68,7%, especificidade 41,7%, acurácia 47,6%, e índice Kappa de 0,06 (p=0,126). Para atrofia, sensibilidade 6,7%, especificidade 99,3%, acurácia 90,2%, e índice Kappa 0,10 (p=0,006). Para outros achados, sensibilidade 15,6%, especificidade 99,6%, acurácia 87,3%, e índice Kappa 0,23 (p<0,001).
Nosso estudo demonstrou baixo nível de acurácia da ultrassonografia transvaginal para o diagnóstico de lesões endometriais, quando realizada por profissional não experiente. Assim, é importante considerar o uso da histeroscopia para evitar tratamentos desnecessários e inadequados.
Resumo
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avaliar a acurácia da ultrassonografia transvaginal, da histeroscopia e da curetagem uterina no diagnóstico de pólipo endometrial, mioma submucoso e hiperplasia de endométrio, utilizando como padrão-ouro a análise histopatológica de amostras obtidas por biópsia realizada durante a histeroscopia ou a curetagem.
estudo transversal realizado no Hospital Universitário de Brasília (HUB), cujas informações foram obtidas nos prontuários das pacientes que foram submetidas à histeroscopia ou curetagem uterina no período de julho de 2007 a julho de 2012.
Foram avaliadas 191 pacientes, sendo que 134 foram submetidas à histeroscopia e 57 à curetagem uterina. Observou-se acurácia diagnóstica maior que 90% para todas as patologias avaliadas por histeroscopia, enquanto que por ultrassonografia transvaginal observou-se acurácia de 65,9% para pólipo, 78,1% para mioma e 63,2% para hiperplasia endometrial. Nas 57 pacientes submetidas a curetagem uterina, observou-se acurácia de 56% para pólipo e de 54,6% para hiperplasia endometrial.
Idealmente, após a investigação inicial com ultrassonografia transvaginal, deveria, sempre que necessário, ser realizada histeroscopia com biópsia guiada da lesão, o que melhoraria a acurácia diagnóstica e posterior conduta clínica.