Sobre a Revista
A Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (RBGO), publicação de divulgação científica da Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), é dirigida a ginecologistas, obstetras e profissionais de áreas afins, com o objetivo de publicar resultados de pesquisa sobre temas relevantes no campo da Ginecologia, Obstetrícia e áreas correlatas.
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Review Article
Uso de anticoncepcional oral combinado e o risco de câncer cervical: Revisão da literatura
- Adriane Cristina Bovo ,
- Priscila Grecca Pedrão ,
- Yasmin Medeiros Guimarães ,
- Luani Rezende Godoy ,
- Júlio César Possati Resende , [ … ],
- Ricardo dos Reis
Resumo
Review ArticleUso de anticoncepcional oral combinado e o risco de câncer cervical: Revisão da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):818-823
- Adriane Cristina Bovo ,
- Priscila Grecca Pedrão ,
- Yasmin Medeiros Guimarães ,
- Luani Rezende Godoy ,
- Júlio César Possati Resende ,
- Adhemar Longatto Filho ,
- Ricardo dos Reis
Visualizações82Ver maisResumo
O câncer cervical (CC) é causado pela infecção persistente pelo papilomavírus humano de alto risco oncogênico (hr-HPV); entretanto, vários cofatores são importantes na sua carcinogênese, como tabagismo, multiparidade e uso prolongado de contraceptivos hormonais orais (COCs). No mundo, 16% das mulheres usam AOCs, enquanto no Brasil essa taxa é de ~ 30%. A segurança e os efeitos adversos dos COCs são amplamente discutidos na literatura, incluindo o aumento do risco carcinogênico. Devido à existência de várias drogas, combinações e dosagens de COCs, é difícil ter informações uniformes em estudos epidemiológicos. Nosso objetivo foi realizar uma revisão narrativa sobre o papel do uso de COCs na carcinogênese do câncer cervical. Vários estudos populacionais têm sugerido aumento da incidência de câncer de colo uterino para aquelas que usam COCs há mais de 5 anos, mas outros estudos disponíveis chegam a resultados controversos e contraditórios quanto à ação dos COCs no desenvolvimento do CCU.
Visualizações82Resumo
Review ArticleUso de anticoncepcional oral combinado e o risco de câncer cervical: Revisão da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):818-823
- Adriane Cristina Bovo ,
- Priscila Grecca Pedrão ,
- Yasmin Medeiros Guimarães ,
- Luani Rezende Godoy ,
- Júlio César Possati Resende ,
- Adhemar Longatto Filho ,
- Ricardo dos Reis
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O câncer cervical (CC) é causado pela infecção persistente pelo papilomavírus humano de alto risco oncogênico (hr-HPV); entretanto, vários cofatores são importantes na sua carcinogênese, como tabagismo, multiparidade e uso prolongado de contraceptivos hormonais orais (COCs). No mundo, 16% das mulheres usam AOCs, enquanto no Brasil essa taxa é de ~ 30%. A segurança e os efeitos adversos dos COCs são amplamente discutidos na literatura, incluindo o aumento do risco carcinogênico. Devido à existência de várias drogas, combinações e dosagens de COCs, é difícil ter informações uniformes em estudos epidemiológicos. Nosso objetivo foi realizar uma revisão narrativa sobre o papel do uso de COCs na carcinogênese do câncer cervical. Vários estudos populacionais têm sugerido aumento da incidência de câncer de colo uterino para aquelas que usam COCs há mais de 5 anos, mas outros estudos disponíveis chegam a resultados controversos e contraditórios quanto à ação dos COCs no desenvolvimento do CCU.
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Review Article
Eficácia, segurança e aceitabilidade do misoprostol no tratamento do aborto incompleto: Uma revisão sistemática e metanálise
- Thiago Menezes da Silva ,
- Moema Alves Guerra de Araujo ,
- Ana Carolina Zimmermann Simões ,
- Ronnier de Oliveira ,
- Kleyton Santos de Medeiros , [ … ],
- Ana Katherine Gonçalves
Resumo
Review ArticleEficácia, segurança e aceitabilidade do misoprostol no tratamento do aborto incompleto: Uma revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):808-817
- Thiago Menezes da Silva ,
- Moema Alves Guerra de Araujo ,
- Ana Carolina Zimmermann Simões ,
- Ronnier de Oliveira ,
- Kleyton Santos de Medeiros ,
- Ayane Cristine Sarmento ,
- Robinson Dias de Medeiros ,
- Ana Paula Ferreira Costa ,
- Ana Katherine Gonçalves
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Objetivo
Avaliar a eficácia, segurança e aceitabilidade do misoprostol no tratamento do aborto incompleto.
Fontes de dados
Os bancos de dados PubMed, Scopus, Embase, Web of Science, Cochrane Library e bancos de dados de Ensaios Clínicos (clinicaltrials.gov) foram pesquisados para os artigos relevantes, e estratégias de busca foram desenvolvidas usando uma combinação de termos temáticos de Medical Subject Headings e palavras de texto. A última pesquisa foi realizada em 4 de julho de 2022. Nenhuma restrição de idioma foi aplicada.
Seleção dos estudos
Foram incluídos ensaios clínicos randomizados com pacientes com idade gestacional até 6/7 semanas com diagnóstico de aborto incompleto e que foram manejadas com pelo menos um dos três tipos de tratamento estudados. Um total de 8.087 estudos foram selecionados.
Coleta de dados
Os dados foram sintetizados usando o pacote estatístico Review Manager V.5.1 (The Cochrane Collaboration, Oxford, United Kingdom). Para resultados dicotômicos, o odds ratio (OR, na sigla em inglês) e o intervalo de confiança (IC) de 95% foram derivados para cada estudo. A heterogeneidade entre os resultados do ensaio foi avaliada usando o teste padrão, estatística I2.
Síntese dos dados
Ao comparar misoprostol com aspiração a vácuo médico (MVA, na sigla em inglês), a taxa de aborto completo foi maior no grupo MVA (OR = 0,16; IC95% = 0,07–0,36). Hemorragia ou sangramento intenso foi mais comum no grupo do misoprostol (OR = 3,00; 95%CI = 1,96–4,59), mas a dor após o tratamento foi mais comum em pacientes tratados com MVA (OR = 0,65; 95%CI = 0,52–0,80). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na aceitabilidade geral dos tratamentos.
Conclusão
O misoprostol tem se mostrado uma opção segura e com boa aceitação pelos pacientes.
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Review ArticleEficácia, segurança e aceitabilidade do misoprostol no tratamento do aborto incompleto: Uma revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):808-817
- Thiago Menezes da Silva ,
- Moema Alves Guerra de Araujo ,
- Ana Carolina Zimmermann Simões ,
- Ronnier de Oliveira ,
- Kleyton Santos de Medeiros ,
- Ayane Cristine Sarmento ,
- Robinson Dias de Medeiros ,
- Ana Paula Ferreira Costa ,
- Ana Katherine Gonçalves
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Objetivo
Avaliar a eficácia, segurança e aceitabilidade do misoprostol no tratamento do aborto incompleto.
Fontes de dados
Os bancos de dados PubMed, Scopus, Embase, Web of Science, Cochrane Library e bancos de dados de Ensaios Clínicos (clinicaltrials.gov) foram pesquisados para os artigos relevantes, e estratégias de busca foram desenvolvidas usando uma combinação de termos temáticos de Medical Subject Headings e palavras de texto. A última pesquisa foi realizada em 4 de julho de 2022. Nenhuma restrição de idioma foi aplicada.
Seleção dos estudos
Foram incluídos ensaios clínicos randomizados com pacientes com idade gestacional até 6/7 semanas com diagnóstico de aborto incompleto e que foram manejadas com pelo menos um dos três tipos de tratamento estudados. Um total de 8.087 estudos foram selecionados.
Coleta de dados
Os dados foram sintetizados usando o pacote estatístico Review Manager V.5.1 (The Cochrane Collaboration, Oxford, United Kingdom). Para resultados dicotômicos, o odds ratio (OR, na sigla em inglês) e o intervalo de confiança (IC) de 95% foram derivados para cada estudo. A heterogeneidade entre os resultados do ensaio foi avaliada usando o teste padrão, estatística I2.
Síntese dos dados
Ao comparar misoprostol com aspiração a vácuo médico (MVA, na sigla em inglês), a taxa de aborto completo foi maior no grupo MVA (OR = 0,16; IC95% = 0,07–0,36). Hemorragia ou sangramento intenso foi mais comum no grupo do misoprostol (OR = 3,00; 95%CI = 1,96–4,59), mas a dor após o tratamento foi mais comum em pacientes tratados com MVA (OR = 0,65; 95%CI = 0,52–0,80). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na aceitabilidade geral dos tratamentos.
Conclusão
O misoprostol tem se mostrado uma opção segura e com boa aceitação pelos pacientes.
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Review Article
Incidência e resultados associados ao estado da menopausa em pacientes com COVID-19: Uma revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):796-807
Resumo
Review ArticleIncidência e resultados associados ao estado da menopausa em pacientes com COVID-19: Uma revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):796-807
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Objetivo
A menopausa causa diversas alterações no corpo que podem afetar a resposta ao COVID-19. Nosso objetivo foi investigar a possível associação entre o status da menopausa e a incidência e os resultados em pacientes com COVID-19.
Métodos
Combinações de palavras-chave COVID-19, menopausa e estrogênio foram usadas para pesquisar os bancos de dados PubMed, Embase, Web-of-Science e Scopus para artigos relatando a incidência e os resultados do COVID-19 (alta, tempo de internação, tratamento intensivo cuidados ou mortalidade) em mulheres na pré-menopausa, disponível até 29 de dezembro de 2022. Dados de estudos comparando a incidência de infecção por COVID-19 com a população masculina da mesma idade foram agrupados e meta-analisados usando um modelo de efeitos aleatórios.
Resultados
No geral, 1.564 estudos foram recuperados, dos quais 12 foram finalmente incluídos na revisão sistemática para comparar os resultados da doença e 6 foram meta-analisados para a incidência de COVID-19 em mulheres na pré e pós-menopausa. Todos os estudos relataram melhores resultados associados ao COVID-19 em mulheres na pré-menopausa em comparação com mulheres na pós-menopausa. Após o ajuste para fatores de confusão, três estudos encontraram melhores resultados em mulheres na pós-menopausa e dois não encontraram associação entre o status da menopausa e os resultados do COVID-19. Nossa meta-análise encontrou uma maior incidência de infecção por COVID-19 entre mulheres na pré-menopausa do que mulheres na pós-menopausa, quando comparadas com homens da mesma idade (odds ratio = 1,270; intervalo de confiança de 95%: 1,086–1,486; p = 0,003).
Conclusão
A incidência de COVID-19 foi significativamente maior em mulheres na pré-menopausa do que em mulheres na pós-menopausa quando comparadas com homens da mesma idade. Embora as mulheres na pré-menopausa possam ter resultados mais favoráveis associados ao COVID-19, o efeito preventivo presumido dos estrogênios na incidência e nos resultados relacionados ao COVID-19 em mulheres na pré-menopausa não pode ser comprovado no momento. Mas estudos longitudinais comparando mulheres pré e pós-menopausa são necessários para fornecer mais informações sobre este assunto.
Visualizações44Resumo
Review ArticleIncidência e resultados associados ao estado da menopausa em pacientes com COVID-19: Uma revisão sistemática e metanálise
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):796-807
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Objetivo
A menopausa causa diversas alterações no corpo que podem afetar a resposta ao COVID-19. Nosso objetivo foi investigar a possível associação entre o status da menopausa e a incidência e os resultados em pacientes com COVID-19.
Métodos
Combinações de palavras-chave COVID-19, menopausa e estrogênio foram usadas para pesquisar os bancos de dados PubMed, Embase, Web-of-Science e Scopus para artigos relatando a incidência e os resultados do COVID-19 (alta, tempo de internação, tratamento intensivo cuidados ou mortalidade) em mulheres na pré-menopausa, disponível até 29 de dezembro de 2022. Dados de estudos comparando a incidência de infecção por COVID-19 com a população masculina da mesma idade foram agrupados e meta-analisados usando um modelo de efeitos aleatórios.
Resultados
No geral, 1.564 estudos foram recuperados, dos quais 12 foram finalmente incluídos na revisão sistemática para comparar os resultados da doença e 6 foram meta-analisados para a incidência de COVID-19 em mulheres na pré e pós-menopausa. Todos os estudos relataram melhores resultados associados ao COVID-19 em mulheres na pré-menopausa em comparação com mulheres na pós-menopausa. Após o ajuste para fatores de confusão, três estudos encontraram melhores resultados em mulheres na pós-menopausa e dois não encontraram associação entre o status da menopausa e os resultados do COVID-19. Nossa meta-análise encontrou uma maior incidência de infecção por COVID-19 entre mulheres na pré-menopausa do que mulheres na pós-menopausa, quando comparadas com homens da mesma idade (odds ratio = 1,270; intervalo de confiança de 95%: 1,086–1,486; p = 0,003).
Conclusão
A incidência de COVID-19 foi significativamente maior em mulheres na pré-menopausa do que em mulheres na pós-menopausa quando comparadas com homens da mesma idade. Embora as mulheres na pré-menopausa possam ter resultados mais favoráveis associados ao COVID-19, o efeito preventivo presumido dos estrogênios na incidência e nos resultados relacionados ao COVID-19 em mulheres na pré-menopausa não pode ser comprovado no momento. Mas estudos longitudinais comparando mulheres pré e pós-menopausa são necessários para fornecer mais informações sobre este assunto.
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Original Article
Câncer cervical subestimado entre mulheres com mais de 65 anos: É hora de rever a faixa etária alvo do rastreamento?
- Renata Alfena Zago ,
- Deolino João Camilo-Júnior ,
- Solange Correa Garcia Pires D’Ávilla,
- José Cândido Caldeira Xavier-Júnior
Resumo
Original ArticleCâncer cervical subestimado entre mulheres com mais de 65 anos: É hora de rever a faixa etária alvo do rastreamento?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):790-795
- Renata Alfena Zago ,
- Deolino João Camilo-Júnior ,
- Solange Correa Garcia Pires D’Ávilla,
- José Cândido Caldeira Xavier-Júnior
Visualizações56Resumo
Objetivo
Comparar os resultados citológicos e histológicos de mulheres > 64 anos que seguiram as diretrizes nacionais brasileiras de rastreamento do câncer do colo do útero com aquelas que não as seguiram.
Método
O presente estudo observacional retrospectivo analisou 207 resultados anormais de esfregaço cervical de mulheres > 64 anos de idade em uma cidade de médio porte no Brasil durante 14 anos. Todos os resultados foram relatados de acordo com o Sistema Bethesda. As mulheres foram divididas entre as que seguiram as diretrizes de rastreamento e as que não o fizeram.
Resultados
Resultados citológicos com células escamosas atípicas de significado indeterminado e lesão intraepitelial escamosa de baixo grau foram encontrados em 128 (62,2%) casos. Destes, 112 (87,5%) repetiram a citologia com resultados positivos. Os outros 79 (38,1%) com resultados anormais deveriam ter sido encaminhados para colposcopia e biópsia. Das 41 (51,9%) mulheres biopsiadas, 23 (29,1%) tiveram diagnóstico confirmado de neoplasia ou lesão precursora. Em contrapartida, entre as 78 (37,7%) pacientes biopsiadas, 40 (51,3%) seguiram as recomendações da diretriz, com 9 (22,5%) biópsias positivas. Entre as 38 (48,7%) mulheres que não seguiram as orientações, houve 24 (63,1%) resultados positivos. As mulheres que não seguiram as diretrizes demonstraram maiores chances de câncer e lesões precursoras (odds ratio [OR]: 5,904; intervalo de confiança [IC] de 95%: 2,188–15,932; p = 0,0002).
Conclusão
Mulheres > 64 anos que não seguiram a diretriz nacional de rastreamento apresentaram diferenças significativas na frequência de resultados anormais e gravidade do diagnóstico em comparação com aquelas que seguiram a diretriz.
Palavras-chave: CitologiaNeoplasias do colo do úteroProgramas de rastreamentosaúde do idosoteste de PapanicolauVer maisVisualizações56Resumo
Original ArticleCâncer cervical subestimado entre mulheres com mais de 65 anos: É hora de rever a faixa etária alvo do rastreamento?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):790-795
- Renata Alfena Zago ,
- Deolino João Camilo-Júnior ,
- Solange Correa Garcia Pires D’Ávilla,
- José Cândido Caldeira Xavier-Júnior
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Objetivo
Comparar os resultados citológicos e histológicos de mulheres > 64 anos que seguiram as diretrizes nacionais brasileiras de rastreamento do câncer do colo do útero com aquelas que não as seguiram.
Método
O presente estudo observacional retrospectivo analisou 207 resultados anormais de esfregaço cervical de mulheres > 64 anos de idade em uma cidade de médio porte no Brasil durante 14 anos. Todos os resultados foram relatados de acordo com o Sistema Bethesda. As mulheres foram divididas entre as que seguiram as diretrizes de rastreamento e as que não o fizeram.
Resultados
Resultados citológicos com células escamosas atípicas de significado indeterminado e lesão intraepitelial escamosa de baixo grau foram encontrados em 128 (62,2%) casos. Destes, 112 (87,5%) repetiram a citologia com resultados positivos. Os outros 79 (38,1%) com resultados anormais deveriam ter sido encaminhados para colposcopia e biópsia. Das 41 (51,9%) mulheres biopsiadas, 23 (29,1%) tiveram diagnóstico confirmado de neoplasia ou lesão precursora. Em contrapartida, entre as 78 (37,7%) pacientes biopsiadas, 40 (51,3%) seguiram as recomendações da diretriz, com 9 (22,5%) biópsias positivas. Entre as 38 (48,7%) mulheres que não seguiram as orientações, houve 24 (63,1%) resultados positivos. As mulheres que não seguiram as diretrizes demonstraram maiores chances de câncer e lesões precursoras (odds ratio [OR]: 5,904; intervalo de confiança [IC] de 95%: 2,188–15,932; p = 0,0002).
Conclusão
Mulheres > 64 anos que não seguiram a diretriz nacional de rastreamento apresentaram diferenças significativas na frequência de resultados anormais e gravidade do diagnóstico em comparação com aquelas que seguiram a diretriz.
Palavras-chave: CitologiaNeoplasias do colo do úteroProgramas de rastreamentosaúde do idosoteste de PapanicolauVer mais -
Original Article
Padrões inflamatórios sistêmicos em pacientes com câncer de ovário: Análise de citocinas, quimiocinas e micropartículas
- Aline Evangelista Santiago ,
- Sálua Oliveira Calil de Paula ,
- Andréa Teixeira de Carvalho ,
- Eduardo Batista Cândido ,
- Rafaela de Souza Furtado , [ … ],
- Agnaldo Lopes da Silva Filho
Resumo
Original ArticlePadrões inflamatórios sistêmicos em pacientes com câncer de ovário: Análise de citocinas, quimiocinas e micropartículas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):780-789
- Aline Evangelista Santiago ,
- Sálua Oliveira Calil de Paula ,
- Andréa Teixeira de Carvalho ,
- Eduardo Batista Cândido ,
- Rafaela de Souza Furtado ,
- Agnaldo Lopes da Silva Filho
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Objetivo
Comparar os padrões de resposta inflamatória sistêmica em mulheres com câncer epitelial de ovário (CEO) ou sem evidência de doença maligna, bem como avaliar o perfil de respostas inflamatórias sistêmicas em tumores dos tipos 1 e 2. Esta é uma forma não invasiva e indireta de avaliar tanto a atividade tumoral quanto o papel do padrão inflamatório durante as respostas pró- e antitumorais.
Métodos
Ao todo, 56 pacientes foram avaliados prospectivamente: 30 mulheres sem evidência de doença maligna e 26 mulheres com CEO. A quantificação plasmática de citocinas, quimiocinas e micropartículas (MPs) foi realizada por citometria de fluxo.
Resultados
Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias interleucina-12 (IL12), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (tumor necrosis factor alpha, TNF-α, em inglês), interleucina-1 beta (IL-1β), e interleucina-10 (IL-10), e da quimiocina de motivo C-X-C 9 (CXCL-9) e da quimiocina de motivo C-X-C 10 (CXCL-10) foram significativamente maiores em pacientes com EOC do que nos controles. Os níveis plasmáticos da citocina interleucina-17A (IL17A) e MPs derivados de células endoteliais foram menores em pacientes com CEO do que no grupo de controle. A frequência de leucócitos e de MPs derivadas de células endoteliais foi maior nos tumores de tipo 2 do que naqueles sem malignidade. Observou-se um número expressivo de citocinas e quimiocinas inflamatórias/regulatórias nos casos de CEO, além de correlações negativas e positivas entre elas, o que leva a uma maior complexidade dessas redes.
Conclusão
Este estudo mostrou que, por meio da construção de redes compostas por citocinas, quimiocinas e MPs, há maior resposta inflamatória sistêmica em pacientes com CEO e correlação mais complexa desses biomarcadores em tumores de tipo 2.
Visualizações41Resumo
Original ArticlePadrões inflamatórios sistêmicos em pacientes com câncer de ovário: Análise de citocinas, quimiocinas e micropartículas
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):780-789
- Aline Evangelista Santiago ,
- Sálua Oliveira Calil de Paula ,
- Andréa Teixeira de Carvalho ,
- Eduardo Batista Cândido ,
- Rafaela de Souza Furtado ,
- Agnaldo Lopes da Silva Filho
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Objetivo
Comparar os padrões de resposta inflamatória sistêmica em mulheres com câncer epitelial de ovário (CEO) ou sem evidência de doença maligna, bem como avaliar o perfil de respostas inflamatórias sistêmicas em tumores dos tipos 1 e 2. Esta é uma forma não invasiva e indireta de avaliar tanto a atividade tumoral quanto o papel do padrão inflamatório durante as respostas pró- e antitumorais.
Métodos
Ao todo, 56 pacientes foram avaliados prospectivamente: 30 mulheres sem evidência de doença maligna e 26 mulheres com CEO. A quantificação plasmática de citocinas, quimiocinas e micropartículas (MPs) foi realizada por citometria de fluxo.
Resultados
Os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias interleucina-12 (IL12), interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (tumor necrosis factor alpha, TNF-α, em inglês), interleucina-1 beta (IL-1β), e interleucina-10 (IL-10), e da quimiocina de motivo C-X-C 9 (CXCL-9) e da quimiocina de motivo C-X-C 10 (CXCL-10) foram significativamente maiores em pacientes com EOC do que nos controles. Os níveis plasmáticos da citocina interleucina-17A (IL17A) e MPs derivados de células endoteliais foram menores em pacientes com CEO do que no grupo de controle. A frequência de leucócitos e de MPs derivadas de células endoteliais foi maior nos tumores de tipo 2 do que naqueles sem malignidade. Observou-se um número expressivo de citocinas e quimiocinas inflamatórias/regulatórias nos casos de CEO, além de correlações negativas e positivas entre elas, o que leva a uma maior complexidade dessas redes.
Conclusão
Este estudo mostrou que, por meio da construção de redes compostas por citocinas, quimiocinas e MPs, há maior resposta inflamatória sistêmica em pacientes com CEO e correlação mais complexa desses biomarcadores em tumores de tipo 2.
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Original Article
Mortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos de idade na Colômbia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):775-779
Resumo
Original ArticleMortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos de idade na Colômbia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):775-779
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Original ArticleMortalidade por câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos de idade na Colômbia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):775-779
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Original Article
Correlação entre aspectos anatomopatológicos e dor pélvica em mulheres com endometriose profunda
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):770-774
Resumo
Original ArticleCorrelação entre aspectos anatomopatológicos e dor pélvica em mulheres com endometriose profunda
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):770-774
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Objetivo
Correlacionar os aspectos morfológicos com a dor pélvica em mulheres com endometriose profunda.
Métodos
Estudo retrospectivo com 67 mulheres com endometriose profunda submetidas a tratamento cirúrgico em hospital terciário de 2007 a 2017. As seguintes variáveis foram consideradas: idade, paridade, índice de massa corporal, local do acometimento, tratamento hormonal antes da cirurgia, dor pélvica e análise morfométrica. As lâminas histológicas das peças cirúrgicas foram revisadas e, por meio do software ImageJ para estudo morfométrico, foram calculadas as porcentagens de tecidos estromais/glandulares nos cortes histológicos.
Resultados
A média etária das mulheres foi de 38,9 ± 6,5 anos. O escore de dor médio foi de 8,8 ± 1,9 e o tempo médio de sintomatologia foi de 4,7 ± 3,5 anos, sendo que 87% das pacientes realizavam tratamento hormonal antes da cirurgia. A expressão média dos marcadores CD10, CK7 e S100 foi de 19,5 ± 11,8%, 9,4 ± 5,9% e 7,9 ± 5,8%, respectivamente. Verificou-se que quanto maior a expressão de CD10, maior o nível de dor (p = 0,02). Não foi observada correlação entre a expressão dos marcadores CD10, CK7 e S100 com a idade e duração dos sintomas.
Conclusão
Mulheres com endometriose profunda apresentam associação positiva entre o nível de dor e o componente de fibrose na composição histológica do tecido endometrial.
Visualizações46Resumo
Original ArticleCorrelação entre aspectos anatomopatológicos e dor pélvica em mulheres com endometriose profunda
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):770-774
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Objetivo
Correlacionar os aspectos morfológicos com a dor pélvica em mulheres com endometriose profunda.
Métodos
Estudo retrospectivo com 67 mulheres com endometriose profunda submetidas a tratamento cirúrgico em hospital terciário de 2007 a 2017. As seguintes variáveis foram consideradas: idade, paridade, índice de massa corporal, local do acometimento, tratamento hormonal antes da cirurgia, dor pélvica e análise morfométrica. As lâminas histológicas das peças cirúrgicas foram revisadas e, por meio do software ImageJ para estudo morfométrico, foram calculadas as porcentagens de tecidos estromais/glandulares nos cortes histológicos.
Resultados
A média etária das mulheres foi de 38,9 ± 6,5 anos. O escore de dor médio foi de 8,8 ± 1,9 e o tempo médio de sintomatologia foi de 4,7 ± 3,5 anos, sendo que 87% das pacientes realizavam tratamento hormonal antes da cirurgia. A expressão média dos marcadores CD10, CK7 e S100 foi de 19,5 ± 11,8%, 9,4 ± 5,9% e 7,9 ± 5,8%, respectivamente. Verificou-se que quanto maior a expressão de CD10, maior o nível de dor (p = 0,02). Não foi observada correlação entre a expressão dos marcadores CD10, CK7 e S100 com a idade e duração dos sintomas.
Conclusão
Mulheres com endometriose profunda apresentam associação positiva entre o nível de dor e o componente de fibrose na composição histológica do tecido endometrial.
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Original Article
Pessário de Arabin ou cerclagem McDonald no encurtamento cervical?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):764-769
Resumo
Original ArticlePessário de Arabin ou cerclagem McDonald no encurtamento cervical?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):764-769
Visualizações45Resumo
Original ArticlePessário de Arabin ou cerclagem McDonald no encurtamento cervical?
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 11/01/2024;45(12):764-769
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Trabalhos Originais
Pesquisa da prevalência do papilomavírus humano em amostras de tecido endometrial normal e com carcinoma pela técnica de PCR
- Edison Natal Fedrizzi,
- Newton Sérgio de Carvalho,
- Luisa Lina Villa,
- Irene Vieira de Souza,
- Ana Paula Martins Sebastião
Resumo
Trabalhos OriginaisPesquisa da prevalência do papilomavírus humano em amostras de tecido endometrial normal e com carcinoma pela técnica de PCR
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 20/07/2004;26(4):277-287
DOI 10.1590/S0100-72032004000400003
- Edison Natal Fedrizzi,
- Newton Sérgio de Carvalho,
- Luisa Lina Villa,
- Irene Vieira de Souza,
- Ana Paula Martins Sebastião
Visualizações3177Ver maisOBJETIVO: comparar a prevalência da presença do DNA do papilomavírus humano (HPV) pela técnica de PCR em amostras de tecido endometrial normal e com carcinoma endometrial de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico (histerectomia) ou carcinoma endometrial e doença benigna. MÉTODOS: trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle onde foram avaliadas 100 mulheres (50 com endométrio normal e 50 com carcinoma endometrial) quanto a presença do DNA do HPV em amostra tecidual conservada em blocos de parafina, pelo método de PCR. Foram excluídos os casos de carcinoma endometrial cujo sítio primário da lesão era duvidoso ou com história prévia ou atual de lesões pré-neoplásicas ou carcinoma do trato genital inferior. Variáveis como idade, tabagismo, trofismo endometrial, diferenciação escamosa e grau de diferenciação tumoral foram também avaliadas. RESULTADOS: o risco relativo estimado da presença do HPV foi o mesmo nas mulheres com e sem carcinoma endometrial. O HPV foi detectado em 8% dos casos de carcinoma e 10% no endométrio normal. Apesar de o HPV ter sido detectado 3,5 vezes mais em mulheres fumantes no grupo sem carcinoma, não houve diferença estatística. A presença do HPV também não esteve correlacionada com a idade das mulheres, trofismo endometrial, diferenciação escamosa e grau de diferenciação tumoral. Os HPV 16 e 18 (5 dos casos com o tipo 16 e 4 com o tipo 18) foram os vírus mais freqüentemente encontrados, tanto no tecido endometrial normal, quanto no carcinomatoso. Nenhum vírus de baixo risco oncogênico foi detectado nas amostras. CONCLUSÃO: o HPV está presente no tecido endometrial de mulheres com carcinoma endometrial na mesma proporção que nas com tecido endometrial normal, não se demonstrando a possível associação deste vírus no desenvolvimento do carcinoma endometrial.
Visualizações3177Resumo
Trabalhos OriginaisPesquisa da prevalência do papilomavírus humano em amostras de tecido endometrial normal e com carcinoma pela técnica de PCR
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 20/07/2004;26(4):277-287
DOI 10.1590/S0100-72032004000400003
- Edison Natal Fedrizzi,
- Newton Sérgio de Carvalho,
- Luisa Lina Villa,
- Irene Vieira de Souza,
- Ana Paula Martins Sebastião
Visualizações3177Ver maisOBJETIVO: comparar a prevalência da presença do DNA do papilomavírus humano (HPV) pela técnica de PCR em amostras de tecido endometrial normal e com carcinoma endometrial de mulheres submetidas a tratamento cirúrgico (histerectomia) ou carcinoma endometrial e doença benigna. MÉTODOS: trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle onde foram avaliadas 100 mulheres (50 com endométrio normal e 50 com carcinoma endometrial) quanto a presença do DNA do HPV em amostra tecidual conservada em blocos de parafina, pelo método de PCR. Foram excluídos os casos de carcinoma endometrial cujo sítio primário da lesão era duvidoso ou com história prévia ou atual de lesões pré-neoplásicas ou carcinoma do trato genital inferior. Variáveis como idade, tabagismo, trofismo endometrial, diferenciação escamosa e grau de diferenciação tumoral foram também avaliadas. RESULTADOS: o risco relativo estimado da presença do HPV foi o mesmo nas mulheres com e sem carcinoma endometrial. O HPV foi detectado em 8% dos casos de carcinoma e 10% no endométrio normal. Apesar de o HPV ter sido detectado 3,5 vezes mais em mulheres fumantes no grupo sem carcinoma, não houve diferença estatística. A presença do HPV também não esteve correlacionada com a idade das mulheres, trofismo endometrial, diferenciação escamosa e grau de diferenciação tumoral. Os HPV 16 e 18 (5 dos casos com o tipo 16 e 4 com o tipo 18) foram os vírus mais freqüentemente encontrados, tanto no tecido endometrial normal, quanto no carcinomatoso. Nenhum vírus de baixo risco oncogênico foi detectado nas amostras. CONCLUSÃO: o HPV está presente no tecido endometrial de mulheres com carcinoma endometrial na mesma proporção que nas com tecido endometrial normal, não se demonstrando a possível associação deste vírus no desenvolvimento do carcinoma endometrial.
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Review Article
Pré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2017;39(9):496-512
Resumo
Review ArticlePré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2017;39(9):496-512
Visualizações139Resumo
Os autores revisam a doença hipertensiva na gestação com uma visão acadêmica e prática, utilizando as melhores evidências disponíveis. A doença clínica mais importante na gestante brasileira pode ter sua incidência diminuída com a prevenção por meio do uso de cálcio e aspirina em gestantes de risco. Antes uma doença que apresentava hipertensão arterial com proteinúria, agora vem sendo classificada com novos parâmetros clínicos além da proteinúria. A morbidade e mortalidade devem ser diminuídas, em um país continental como o Brasil, utilizando-se protocolos para o tratamento precoce de suas complicações mediante o cálculo de desfechos graves em pré-eclâmpsia. O tratamento precoce da hipertensão arterial, o uso do sulfato de magnésio e a internação precoce em casos de pré-eclâmpsia são conceitos para perseguirmos a diminuição da mortalidade de nossas gestantes.
Palavras-chave: Complicações na gravidezGestação de alto riscohipertensão arterial na gestaçãoPré-eclâmpsiaSíndrome HELLPVer maisVisualizações139Resumo
Review ArticlePré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2017;39(9):496-512
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Os autores revisam a doença hipertensiva na gestação com uma visão acadêmica e prática, utilizando as melhores evidências disponíveis. A doença clínica mais importante na gestante brasileira pode ter sua incidência diminuída com a prevenção por meio do uso de cálcio e aspirina em gestantes de risco. Antes uma doença que apresentava hipertensão arterial com proteinúria, agora vem sendo classificada com novos parâmetros clínicos além da proteinúria. A morbidade e mortalidade devem ser diminuídas, em um país continental como o Brasil, utilizando-se protocolos para o tratamento precoce de suas complicações mediante o cálculo de desfechos graves em pré-eclâmpsia. O tratamento precoce da hipertensão arterial, o uso do sulfato de magnésio e a internação precoce em casos de pré-eclâmpsia são conceitos para perseguirmos a diminuição da mortalidade de nossas gestantes.
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Review Article
Dismenorreia primária: Avaliação e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 25/09/2020;42(8):501-507
Resumo
Review ArticleDismenorreia primária: Avaliação e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 25/09/2020;42(8):501-507
Visualizações135Ver maisResumo
Dismenorreia primária é definida como dormenstrual na ausência de patologia pélvica. Caracteriza-se pelo excesso de produção de prostaglandinas pelo endométrio que provocam hipercontractilidade uterina, resultando em isquemia e hipoxia do músculo uterino e, subsequentemente, dor. É a patologia ginecológica mais comum em mulheres em idade fértil e uma das causas mais frequentes de dor pélvica; contudo, é subdiagnosticada, subtratada, e até desvalorizada pelas próprias mulheres, que a aceitam como parte do ciclo menstrual. A dismenorreia tem grandes implicações na qualidade de vida, como limitação das atividades diárias e estresse psicológico, sendo uma das principais causas de absentismo escolar e laboral. O seu diagnóstico é essencialmente clínico, baseando-se na história clínica e num exame físico sem alterações. É importante excluir causas secundárias de dismenorreia. O tratamento pode ter diferentes abordagens (farmacológica, não farmacológica e cirúrgica), sendo que a primeira linha de tratamento consiste na utilização de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em casos de mulheres que desejem contracepção, no uso de anticoncepcionais hormonais. Tratamentos alternativos, como a utilização de calor tópico, modificação do estilo de vida, estimulação elétrica nervosa transcutânea, suplementos alimentares, acupuntura e acupressão, podem ser uma opção nos casos de contraindicação da utilização dos tratamentos convencionais. O tratamento cirúrgico apenas se encontra indicado em casos raros de mulheres com dismenorreia grave e refratária aos tratamentos.
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Review ArticleDismenorreia primária: Avaliação e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 25/09/2020;42(8):501-507
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Dismenorreia primária é definida como dormenstrual na ausência de patologia pélvica. Caracteriza-se pelo excesso de produção de prostaglandinas pelo endométrio que provocam hipercontractilidade uterina, resultando em isquemia e hipoxia do músculo uterino e, subsequentemente, dor. É a patologia ginecológica mais comum em mulheres em idade fértil e uma das causas mais frequentes de dor pélvica; contudo, é subdiagnosticada, subtratada, e até desvalorizada pelas próprias mulheres, que a aceitam como parte do ciclo menstrual. A dismenorreia tem grandes implicações na qualidade de vida, como limitação das atividades diárias e estresse psicológico, sendo uma das principais causas de absentismo escolar e laboral. O seu diagnóstico é essencialmente clínico, baseando-se na história clínica e num exame físico sem alterações. É importante excluir causas secundárias de dismenorreia. O tratamento pode ter diferentes abordagens (farmacológica, não farmacológica e cirúrgica), sendo que a primeira linha de tratamento consiste na utilização de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em casos de mulheres que desejem contracepção, no uso de anticoncepcionais hormonais. Tratamentos alternativos, como a utilização de calor tópico, modificação do estilo de vida, estimulação elétrica nervosa transcutânea, suplementos alimentares, acupuntura e acupressão, podem ser uma opção nos casos de contraindicação da utilização dos tratamentos convencionais. O tratamento cirúrgico apenas se encontra indicado em casos raros de mulheres com dismenorreia grave e refratária aos tratamentos.
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Review Article
Aleitamento materno e seus benefícios para a saúde da mulher
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/06/2018;40(6):354-359
Resumo
Review ArticleAleitamento materno e seus benefícios para a saúde da mulher
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/06/2018;40(6):354-359
Visualizações122Ver maisResumo
A oferta do seio materno às crianças éumdireito inquestionável dasmães e de seus filhos, e todos os esforços devem ser feitos no sentido de promover, acompanhar e manter o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até que a criança complete 2 anos de idade. A literatura apresenta incontáveis publicações acerca das qualidades do leite materno, seus benefícios e repercussões para a saúde, estimulando a prática do aleitamento materno e embasando campanhas. Porém, mesmo sendo de conhecimento geral que a amamentação é uma importante etapa no processo reprodutivo da mulher e que sua prática oferece benefícios para mãe e filho, a grande maioria das informaçõesdestacamosbenefíciosque o leitematernooferece às crianças, esquecendo-se de mencionar todas as repercussões que o aleitamento materno traz para a saúde da mãe. Assim, o objetivo deste artigo édestacar os inúmeros benefícios que o aleitamentomaterno proporciona à saúde física e emocional da lactante. Para tanto, os autores consultaram artigos publicados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science utilizando as palavras-chave aleitamentomaterno, leitematerno, lactação e saúdematerna.
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Review ArticleAleitamento materno e seus benefícios para a saúde da mulher
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/06/2018;40(6):354-359
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A oferta do seio materno às crianças éumdireito inquestionável dasmães e de seus filhos, e todos os esforços devem ser feitos no sentido de promover, acompanhar e manter o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até que a criança complete 2 anos de idade. A literatura apresenta incontáveis publicações acerca das qualidades do leite materno, seus benefícios e repercussões para a saúde, estimulando a prática do aleitamento materno e embasando campanhas. Porém, mesmo sendo de conhecimento geral que a amamentação é uma importante etapa no processo reprodutivo da mulher e que sua prática oferece benefícios para mãe e filho, a grande maioria das informaçõesdestacamosbenefíciosque o leitematernooferece às crianças, esquecendo-se de mencionar todas as repercussões que o aleitamento materno traz para a saúde da mãe. Assim, o objetivo deste artigo édestacar os inúmeros benefícios que o aleitamentomaterno proporciona à saúde física e emocional da lactante. Para tanto, os autores consultaram artigos publicados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science utilizando as palavras-chave aleitamentomaterno, leitematerno, lactação e saúdematerna.
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Review Article
Gestação múltipla: epidemiologia e associação com morbidade materna e perinatal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2018;40(9):554-562
Resumo
Review ArticleGestação múltipla: epidemiologia e associação com morbidade materna e perinatal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2018;40(9):554-562
Visualizações109Ver maisResumo
A gestação gemelar é responsável por 2 a 4% do total de nascimentos, com uma prevalência variando de 0,9 a 2,4% no Brasil. Ela é associada a piores resultados maternos e perinatais. Muitas condições, como amorbidade materna grave (condições potencialmente ameaçadoras da vida e near-miss materno) e near-miss neonatal ainda não foram investigadas de forma apropriada na literatura. A dificuldade na determinação de condições associadas com a gestação gemelar provavelmente reside em sua ocorrência relativamente baixa e na necessidade de estudos populacionais maiores. O uso da população total e de bancos de dados de grandes estudosmulticêntricos podem então fornecer resultados sem precedentes. Considerando que esta é uma condição rara, ela émais facilmente avaliada usando estatísticas vitais de registros eletrônicos de
Visualizações109Resumo
Review ArticleGestação múltipla: epidemiologia e associação com morbidade materna e perinatal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2018;40(9):554-562
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A gestação gemelar é responsável por 2 a 4% do total de nascimentos, com uma prevalência variando de 0,9 a 2,4% no Brasil. Ela é associada a piores resultados maternos e perinatais. Muitas condições, como amorbidade materna grave (condições potencialmente ameaçadoras da vida e near-miss materno) e near-miss neonatal ainda não foram investigadas de forma apropriada na literatura. A dificuldade na determinação de condições associadas com a gestação gemelar provavelmente reside em sua ocorrência relativamente baixa e na necessidade de estudos populacionais maiores. O uso da população total e de bancos de dados de grandes estudosmulticêntricos podem então fornecer resultados sem precedentes. Considerando que esta é uma condição rara, ela émais facilmente avaliada usando estatísticas vitais de registros eletrônicos de
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Erratum
Pré-eclâmpsia/Eclâmpsia
- José Carlos Peraçoli ,
- Vera Therezinha Medeiros Borges,
- José Geraldo Lopes Ramos,
- Ricardo de Carvalho Cavalli,
- Sérgio Hofmeister de Almeida Martins Costa, [ … ],
- Edson Viera da Cunha Filho
Resumo
ErratumPré-eclâmpsia/Eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 17/02/2020;41(5):1-2
- José Carlos Peraçoli ,
- Vera Therezinha Medeiros Borges,
- José Geraldo Lopes Ramos,
- Ricardo de Carvalho Cavalli,
- Sérgio Hofmeister de Almeida Martins Costa,
- Leandro Gustavo de Oliveira,
- Francisco Lazaro Pereira de Souza,
- Henri Augusto Korkes,
- Lone Rodrigues Brum,
- Maria Laura Costa,
- Mário Dias Corrêa Junior,
- Nelson Sass,
- Angélica Lemos Debs Diniz,
- Caio Antonio de Campos Prado,
- Edson Viera da Cunha Filho
Visualizações115Resumo
ErratumPré-eclâmpsia/Eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 17/02/2020;41(5):1-2
- José Carlos Peraçoli ,
- Vera Therezinha Medeiros Borges,
- José Geraldo Lopes Ramos,
- Ricardo de Carvalho Cavalli,
- Sérgio Hofmeister de Almeida Martins Costa,
- Leandro Gustavo de Oliveira,
- Francisco Lazaro Pereira de Souza,
- Henri Augusto Korkes,
- Lone Rodrigues Brum,
- Maria Laura Costa,
- Mário Dias Corrêa Junior,
- Nelson Sass,
- Angélica Lemos Debs Diniz,
- Caio Antonio de Campos Prado,
- Edson Viera da Cunha Filho
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Original Articles
Diagnóstico de síndrome pré-menstrual: um estudo comparativo entre o relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) e o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)
- Aline Henz,
- Charles Francisco Ferreira,
- Carolina Leão Oderich,
- Carin Weirich Gallon,
- Juliana Rintondale Sodré de Castro, [ … ],
- Maria Celeste Osório Wender
Resumo
Original ArticlesDiagnóstico de síndrome pré-menstrual: um estudo comparativo entre o relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) e o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/01/2018;40(1):20-25
- Aline Henz,
- Charles Francisco Ferreira,
- Carolina Leão Oderich,
- Carin Weirich Gallon,
- Juliana Rintondale Sodré de Castro,
- Maiara Conzatti,
- Marcelo Pio de Almeida Fleck,
- Maria Celeste Osório Wender
Visualizações104Resumo
Objetivo
Validar o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST) em relação ao relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) para o diagnóstico de síndrome pré-menstrual (SPM) e de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).
Métodos
Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 e 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, à altura e ao índice de massa corporal (IMC). Depois de excluir o diagnóstico de depressão pelo questionário de avaliação de distúrbios mentais para atenção primária (PRIME-MD), o PSST foi respondido e as mulheres receberam orientações sobre como preencher o DRSP por dois meses. A concordância entre os dois questionários foi conduzida através do índice de Kapa (k) e pelo PABAK.
Resultados
Duzentos e oitenta e duas mulheres com critérios elegíveis responderam ao PSST. O DRSP foi preenchido por dois ciclos por 127 mulheres. As porcentagens de mulheres com diagnósticos de SPM e de TDPM pelo DRSP foram de 74,8% e 3,9%, respectivamente; pelo PSST, as porcentagens foram de 41,7% e 34,6%, respectivamente. O número de pacientes consideradas “normais” (com sintomas abaixo do necessário para o diagnóstico de SPM) foi similar nos dois questionários. Análises demonstraram não haver concordância entre ambos os instrumentos para os resultados diagnósticos de SPM e TDPM (Kappa = 0,12, coeficiente de PABAK = 0,39). Para o diagnóstico de SPM/TDPM, o PSST apresentou uma alta sensibilidade (79%) e baixa especificidade (33,3%).
Conclusão
O PSST é considerado uma ferramenta de triagem. Conclui-se que casos positivos de SPM/TDPM pelo PSST devem ser melhor investigados pelo DRSP para confirmar o diagnóstico.
Palavras-chave: DiagnósticoQuestionárioSinais e sintomassíndrome prémenstrualtranstorno disfórico prémenstrualVer maisVisualizações104Resumo
Original ArticlesDiagnóstico de síndrome pré-menstrual: um estudo comparativo entre o relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) e o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/01/2018;40(1):20-25
- Aline Henz,
- Charles Francisco Ferreira,
- Carolina Leão Oderich,
- Carin Weirich Gallon,
- Juliana Rintondale Sodré de Castro,
- Maiara Conzatti,
- Marcelo Pio de Almeida Fleck,
- Maria Celeste Osório Wender
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Objetivo
Validar o instrumento de rastreamento de sintomas pré-menstruais (PSST) em relação ao relato diário da gravidade dos problemas (DRSP) para o diagnóstico de síndrome pré-menstrual (SPM) e de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).
Métodos
Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 e 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, à altura e ao índice de massa corporal (IMC). Depois de excluir o diagnóstico de depressão pelo questionário de avaliação de distúrbios mentais para atenção primária (PRIME-MD), o PSST foi respondido e as mulheres receberam orientações sobre como preencher o DRSP por dois meses. A concordância entre os dois questionários foi conduzida através do índice de Kapa (k) e pelo PABAK.
Resultados
Duzentos e oitenta e duas mulheres com critérios elegíveis responderam ao PSST. O DRSP foi preenchido por dois ciclos por 127 mulheres. As porcentagens de mulheres com diagnósticos de SPM e de TDPM pelo DRSP foram de 74,8% e 3,9%, respectivamente; pelo PSST, as porcentagens foram de 41,7% e 34,6%, respectivamente. O número de pacientes consideradas “normais” (com sintomas abaixo do necessário para o diagnóstico de SPM) foi similar nos dois questionários. Análises demonstraram não haver concordância entre ambos os instrumentos para os resultados diagnósticos de SPM e TDPM (Kappa = 0,12, coeficiente de PABAK = 0,39). Para o diagnóstico de SPM/TDPM, o PSST apresentou uma alta sensibilidade (79%) e baixa especificidade (33,3%).
Conclusão
O PSST é considerado uma ferramenta de triagem. Conclui-se que casos positivos de SPM/TDPM pelo PSST devem ser melhor investigados pelo DRSP para confirmar o diagnóstico.
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Review Article
A tríade da atleta feminina/déficit energético relativo no esporte (RED-S)
- Alexandra Ruivo Coelho ,
- Gonçalo Cardoso ,
- Marta Espanhol Brito ,
- Inês Neves Gomes ,
- Maria João Cascais
Resumo
Review ArticleA tríade da atleta feminina/déficit energético relativo no esporte (RED-S)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 30/07/2021;43(5):395-402
- Alexandra Ruivo Coelho ,
- Gonçalo Cardoso ,
- Marta Espanhol Brito ,
- Inês Neves Gomes ,
- Maria João Cascais
Visualizações100Resumo
Emumaatleta saudável, oaporte calórico é suficientepara anecessidade energética esportiva e para as funções fisiológicas corporais, permitindo um equilíbrio entre disponibilidade energética (DE), metabolismo ósseo e função menstrual. Por outro lado, um desequilíbrio devido à baixa disponibilidade energética (BDE) por dieta restritiva, perturbações alimentares ou grandes períodos de gasto energético conduz a uma desregulação multissistêmica priorizando as funções essenciais do corpo. Este fenômeno, descrito inicialmente como tríade da mulher atleta e, atualmente, comodéfice energético relativo no esporte (RED-S, nasigla eminglês) tem como pilares a BDE, disfunção menstrual e alterações na densidade mineral óssea (DMO), estando presente em uma percentagem considerável de atletas de alta competição, com consequências nefastas para o seu futuro a curto, médio e longo prazo. A presente revisão foi realizada a partir da análise crítica das publicações mais recentes disponíveis e pretende proporcionar uma percepção global do tema RED-S. O objetivo é promover a aquisição de um conhecimento mais consolidado sobre uma temática subvalorizada, possibilitando a aquisição de estratégias preventivas, diagnóstico precoce e/ou tratamento adequado.
Palavras-chave: Amenorréiaatleta femininabaixa disponibilidade energéticadisfunção menstrualsaúde ósseaVer maisVisualizações100Resumo
Review ArticleA tríade da atleta feminina/déficit energético relativo no esporte (RED-S)
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 30/07/2021;43(5):395-402
- Alexandra Ruivo Coelho ,
- Gonçalo Cardoso ,
- Marta Espanhol Brito ,
- Inês Neves Gomes ,
- Maria João Cascais
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Emumaatleta saudável, oaporte calórico é suficientepara anecessidade energética esportiva e para as funções fisiológicas corporais, permitindo um equilíbrio entre disponibilidade energética (DE), metabolismo ósseo e função menstrual. Por outro lado, um desequilíbrio devido à baixa disponibilidade energética (BDE) por dieta restritiva, perturbações alimentares ou grandes períodos de gasto energético conduz a uma desregulação multissistêmica priorizando as funções essenciais do corpo. Este fenômeno, descrito inicialmente como tríade da mulher atleta e, atualmente, comodéfice energético relativo no esporte (RED-S, nasigla eminglês) tem como pilares a BDE, disfunção menstrual e alterações na densidade mineral óssea (DMO), estando presente em uma percentagem considerável de atletas de alta competição, com consequências nefastas para o seu futuro a curto, médio e longo prazo. A presente revisão foi realizada a partir da análise crítica das publicações mais recentes disponíveis e pretende proporcionar uma percepção global do tema RED-S. O objetivo é promover a aquisição de um conhecimento mais consolidado sobre uma temática subvalorizada, possibilitando a aquisição de estratégias preventivas, diagnóstico precoce e/ou tratamento adequado.
Palavras-chave: Amenorréiaatleta femininabaixa disponibilidade energéticadisfunção menstrualsaúde ósseaVer mais
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Review Article
Aleitamento materno e seus benefícios para a saúde da mulher
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/06/2018;40(6):354-359
Resumo
Review ArticleAleitamento materno e seus benefícios para a saúde da mulher
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/06/2018;40(6):354-359
Visualizações122Ver maisResumo
A oferta do seio materno às crianças éumdireito inquestionável dasmães e de seus filhos, e todos os esforços devem ser feitos no sentido de promover, acompanhar e manter o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até que a criança complete 2 anos de idade. A literatura apresenta incontáveis publicações acerca das qualidades do leite materno, seus benefícios e repercussões para a saúde, estimulando a prática do aleitamento materno e embasando campanhas. Porém, mesmo sendo de conhecimento geral que a amamentação é uma importante etapa no processo reprodutivo da mulher e que sua prática oferece benefícios para mãe e filho, a grande maioria das informaçõesdestacamosbenefíciosque o leitematernooferece às crianças, esquecendo-se de mencionar todas as repercussões que o aleitamento materno traz para a saúde da mãe. Assim, o objetivo deste artigo édestacar os inúmeros benefícios que o aleitamentomaterno proporciona à saúde física e emocional da lactante. Para tanto, os autores consultaram artigos publicados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science utilizando as palavras-chave aleitamentomaterno, leitematerno, lactação e saúdematerna.
Visualizações122Resumo
Review ArticleAleitamento materno e seus benefícios para a saúde da mulher
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/06/2018;40(6):354-359
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A oferta do seio materno às crianças éumdireito inquestionável dasmães e de seus filhos, e todos os esforços devem ser feitos no sentido de promover, acompanhar e manter o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até que a criança complete 2 anos de idade. A literatura apresenta incontáveis publicações acerca das qualidades do leite materno, seus benefícios e repercussões para a saúde, estimulando a prática do aleitamento materno e embasando campanhas. Porém, mesmo sendo de conhecimento geral que a amamentação é uma importante etapa no processo reprodutivo da mulher e que sua prática oferece benefícios para mãe e filho, a grande maioria das informaçõesdestacamosbenefíciosque o leitematernooferece às crianças, esquecendo-se de mencionar todas as repercussões que o aleitamento materno traz para a saúde da mãe. Assim, o objetivo deste artigo édestacar os inúmeros benefícios que o aleitamentomaterno proporciona à saúde física e emocional da lactante. Para tanto, os autores consultaram artigos publicados nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde e Web of Science utilizando as palavras-chave aleitamentomaterno, leitematerno, lactação e saúdematerna.
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Review Article
Pré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2017;39(9):496-512
Resumo
Review ArticlePré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2017;39(9):496-512
Visualizações139Resumo
Os autores revisam a doença hipertensiva na gestação com uma visão acadêmica e prática, utilizando as melhores evidências disponíveis. A doença clínica mais importante na gestante brasileira pode ter sua incidência diminuída com a prevenção por meio do uso de cálcio e aspirina em gestantes de risco. Antes uma doença que apresentava hipertensão arterial com proteinúria, agora vem sendo classificada com novos parâmetros clínicos além da proteinúria. A morbidade e mortalidade devem ser diminuídas, em um país continental como o Brasil, utilizando-se protocolos para o tratamento precoce de suas complicações mediante o cálculo de desfechos graves em pré-eclâmpsia. O tratamento precoce da hipertensão arterial, o uso do sulfato de magnésio e a internação precoce em casos de pré-eclâmpsia são conceitos para perseguirmos a diminuição da mortalidade de nossas gestantes.
Palavras-chave: Complicações na gravidezGestação de alto riscohipertensão arterial na gestaçãoPré-eclâmpsiaSíndrome HELLPVer maisVisualizações139Resumo
Review ArticlePré-eclâmpsia
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2017;39(9):496-512
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Os autores revisam a doença hipertensiva na gestação com uma visão acadêmica e prática, utilizando as melhores evidências disponíveis. A doença clínica mais importante na gestante brasileira pode ter sua incidência diminuída com a prevenção por meio do uso de cálcio e aspirina em gestantes de risco. Antes uma doença que apresentava hipertensão arterial com proteinúria, agora vem sendo classificada com novos parâmetros clínicos além da proteinúria. A morbidade e mortalidade devem ser diminuídas, em um país continental como o Brasil, utilizando-se protocolos para o tratamento precoce de suas complicações mediante o cálculo de desfechos graves em pré-eclâmpsia. O tratamento precoce da hipertensão arterial, o uso do sulfato de magnésio e a internação precoce em casos de pré-eclâmpsia são conceitos para perseguirmos a diminuição da mortalidade de nossas gestantes.
Palavras-chave: Complicações na gravidezGestação de alto riscohipertensão arterial na gestaçãoPré-eclâmpsiaSíndrome HELLPVer mais -
Artigos Originais
Tradução para português, adaptação cultural e validação do Female Sexual Function Index
- Rosane do Rocio Cordeiro Thiel,
- Miriam Dambros,
- Paulo César Rodrigues Palma,
- Marcelo Thiel,
- Cássio Luís Zanettini Riccetto, [ … ],
- Maria de Fátima Ramos
Resumo
Artigos OriginaisTradução para português, adaptação cultural e validação do Female Sexual Function Index
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 27/11/2008;30(10):504-510
DOI 10.1590/S0100-72032008001000005
- Rosane do Rocio Cordeiro Thiel,
- Miriam Dambros,
- Paulo César Rodrigues Palma,
- Marcelo Thiel,
- Cássio Luís Zanettini Riccetto,
- Maria de Fátima Ramos
Visualizações21OBJETIVO: traduzir para o português, adaptar culturalmente e validar o questionário Female Sexual Function Index (FSFI). MÉTODOS: dois tradutores brasileiros, cientes dos objetivos desta pesquisa, preparam duas versões do FSFI para o português, as quais foram retro-traduzidas por outros dois tradutores ingleses. As diferenças foram harmonizadas e pré-testadas em um estudo piloto. As versões finais do FSFI e de outro questionário, o Short-Form Health Survey, já vertido e publicado em português, foram simultaneamente administradas a cem pacientes. Foram testadas as propriedades psicométricas do FSFI, como confiabilidade (consistência interna e teste-reteste) e validades de construto. O reteste foi realizado após quatro semanas, a partir da primeira entrevista. RESULTADOS: o processo de adaptação cultural não alterou a versão em português do FSFI comparado ao original. O alfa de Cronbach padronizado do questionário foi 0,96; avaliado por domínios, variou de 0,31 a 0,97. Como medida de confiabilidade teste-reteste, foi aplicado o coeficiente de correlação intra-classes, que foi considerado forte e idêntico (1,0). O coeficiente de correlação de Pearson entre o FSFI e o Short-Form Health Survey foi positivo, mas fraco na maioria dos domínios afins, variando de 0,017 a 0,036. CONCLUSÕES: a versão do FSFI foi traduzida para o português e adaptada culturalmente e é válida para avaliação da resposta sexual das mulheres brasileiras.
Palavras-chave: Disfunções sexuais psicogênicasEstudos de validaçãoQuestionáriosReprodutibilidade dos testesSaúde da mulherTraduçãoVer maisVisualizações21Resumo
Artigos OriginaisTradução para português, adaptação cultural e validação do Female Sexual Function Index
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 27/11/2008;30(10):504-510
DOI 10.1590/S0100-72032008001000005
- Rosane do Rocio Cordeiro Thiel,
- Miriam Dambros,
- Paulo César Rodrigues Palma,
- Marcelo Thiel,
- Cássio Luís Zanettini Riccetto,
- Maria de Fátima Ramos
Visualizações21OBJETIVO: traduzir para o português, adaptar culturalmente e validar o questionário Female Sexual Function Index (FSFI). MÉTODOS: dois tradutores brasileiros, cientes dos objetivos desta pesquisa, preparam duas versões do FSFI para o português, as quais foram retro-traduzidas por outros dois tradutores ingleses. As diferenças foram harmonizadas e pré-testadas em um estudo piloto. As versões finais do FSFI e de outro questionário, o Short-Form Health Survey, já vertido e publicado em português, foram simultaneamente administradas a cem pacientes. Foram testadas as propriedades psicométricas do FSFI, como confiabilidade (consistência interna e teste-reteste) e validades de construto. O reteste foi realizado após quatro semanas, a partir da primeira entrevista. RESULTADOS: o processo de adaptação cultural não alterou a versão em português do FSFI comparado ao original. O alfa de Cronbach padronizado do questionário foi 0,96; avaliado por domínios, variou de 0,31 a 0,97. Como medida de confiabilidade teste-reteste, foi aplicado o coeficiente de correlação intra-classes, que foi considerado forte e idêntico (1,0). O coeficiente de correlação de Pearson entre o FSFI e o Short-Form Health Survey foi positivo, mas fraco na maioria dos domínios afins, variando de 0,017 a 0,036. CONCLUSÕES: a versão do FSFI foi traduzida para o português e adaptada culturalmente e é válida para avaliação da resposta sexual das mulheres brasileiras.
Palavras-chave: Disfunções sexuais psicogênicasEstudos de validaçãoQuestionáriosReprodutibilidade dos testesSaúde da mulherTraduçãoVer mais -
Review Article
Dismenorreia primária: Avaliação e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 25/09/2020;42(8):501-507
Resumo
Review ArticleDismenorreia primária: Avaliação e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 25/09/2020;42(8):501-507
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Dismenorreia primária é definida como dormenstrual na ausência de patologia pélvica. Caracteriza-se pelo excesso de produção de prostaglandinas pelo endométrio que provocam hipercontractilidade uterina, resultando em isquemia e hipoxia do músculo uterino e, subsequentemente, dor. É a patologia ginecológica mais comum em mulheres em idade fértil e uma das causas mais frequentes de dor pélvica; contudo, é subdiagnosticada, subtratada, e até desvalorizada pelas próprias mulheres, que a aceitam como parte do ciclo menstrual. A dismenorreia tem grandes implicações na qualidade de vida, como limitação das atividades diárias e estresse psicológico, sendo uma das principais causas de absentismo escolar e laboral. O seu diagnóstico é essencialmente clínico, baseando-se na história clínica e num exame físico sem alterações. É importante excluir causas secundárias de dismenorreia. O tratamento pode ter diferentes abordagens (farmacológica, não farmacológica e cirúrgica), sendo que a primeira linha de tratamento consiste na utilização de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em casos de mulheres que desejem contracepção, no uso de anticoncepcionais hormonais. Tratamentos alternativos, como a utilização de calor tópico, modificação do estilo de vida, estimulação elétrica nervosa transcutânea, suplementos alimentares, acupuntura e acupressão, podem ser uma opção nos casos de contraindicação da utilização dos tratamentos convencionais. O tratamento cirúrgico apenas se encontra indicado em casos raros de mulheres com dismenorreia grave e refratária aos tratamentos.
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Review ArticleDismenorreia primária: Avaliação e tratamento
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 25/09/2020;42(8):501-507
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Dismenorreia primária é definida como dormenstrual na ausência de patologia pélvica. Caracteriza-se pelo excesso de produção de prostaglandinas pelo endométrio que provocam hipercontractilidade uterina, resultando em isquemia e hipoxia do músculo uterino e, subsequentemente, dor. É a patologia ginecológica mais comum em mulheres em idade fértil e uma das causas mais frequentes de dor pélvica; contudo, é subdiagnosticada, subtratada, e até desvalorizada pelas próprias mulheres, que a aceitam como parte do ciclo menstrual. A dismenorreia tem grandes implicações na qualidade de vida, como limitação das atividades diárias e estresse psicológico, sendo uma das principais causas de absentismo escolar e laboral. O seu diagnóstico é essencialmente clínico, baseando-se na história clínica e num exame físico sem alterações. É importante excluir causas secundárias de dismenorreia. O tratamento pode ter diferentes abordagens (farmacológica, não farmacológica e cirúrgica), sendo que a primeira linha de tratamento consiste na utilização de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em casos de mulheres que desejem contracepção, no uso de anticoncepcionais hormonais. Tratamentos alternativos, como a utilização de calor tópico, modificação do estilo de vida, estimulação elétrica nervosa transcutânea, suplementos alimentares, acupuntura e acupressão, podem ser uma opção nos casos de contraindicação da utilização dos tratamentos convencionais. O tratamento cirúrgico apenas se encontra indicado em casos raros de mulheres com dismenorreia grave e refratária aos tratamentos.
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Review Article
Gestação múltipla: epidemiologia e associação com morbidade materna e perinatal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2018;40(9):554-562
Resumo
Review ArticleGestação múltipla: epidemiologia e associação com morbidade materna e perinatal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2018;40(9):554-562
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A gestação gemelar é responsável por 2 a 4% do total de nascimentos, com uma prevalência variando de 0,9 a 2,4% no Brasil. Ela é associada a piores resultados maternos e perinatais. Muitas condições, como amorbidade materna grave (condições potencialmente ameaçadoras da vida e near-miss materno) e near-miss neonatal ainda não foram investigadas de forma apropriada na literatura. A dificuldade na determinação de condições associadas com a gestação gemelar provavelmente reside em sua ocorrência relativamente baixa e na necessidade de estudos populacionais maiores. O uso da população total e de bancos de dados de grandes estudosmulticêntricos podem então fornecer resultados sem precedentes. Considerando que esta é uma condição rara, ela émais facilmente avaliada usando estatísticas vitais de registros eletrônicos de
Visualizações109Resumo
Review ArticleGestação múltipla: epidemiologia e associação com morbidade materna e perinatal
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 01/09/2018;40(9):554-562
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A gestação gemelar é responsável por 2 a 4% do total de nascimentos, com uma prevalência variando de 0,9 a 2,4% no Brasil. Ela é associada a piores resultados maternos e perinatais. Muitas condições, como amorbidade materna grave (condições potencialmente ameaçadoras da vida e near-miss materno) e near-miss neonatal ainda não foram investigadas de forma apropriada na literatura. A dificuldade na determinação de condições associadas com a gestação gemelar provavelmente reside em sua ocorrência relativamente baixa e na necessidade de estudos populacionais maiores. O uso da população total e de bancos de dados de grandes estudosmulticêntricos podem então fornecer resultados sem precedentes. Considerando que esta é uma condição rara, ela émais facilmente avaliada usando estatísticas vitais de registros eletrônicos de
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Artigos Originais
Cobertura do exame de Papanicolaou no Brasil e seus fatores determinantes: uma revisão sistemática da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 28/11/2005;27(8):485-492
Resumo
Artigos OriginaisCobertura do exame de Papanicolaou no Brasil e seus fatores determinantes: uma revisão sistemática da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 28/11/2005;27(8):485-492
DOI 10.1590/S0100-72032005000800009
Visualizações22Ver maisOBJETIVO: apresentar o panorama da cobertura do exame de Papanicolaou no Brasil, com ênfase nos seus fatores determinantes. MÉTODOS: foram pesquisadas as bases de dados “on line” LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE – 1966 a 2004 (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), PAHO (Acervo da Biblioteca da Organização Pan-Americana de Saúde) e WHOLIS (Sistema de Informação da Biblioteca da OMS). A revisão foi ampliada por meio da busca a referências bibliográficas dos estudos relevantes, solicitação de estudos publicados e não publicados a especialistas e outras fontes. Foram selecionados artigos que preenchiam os seguintes critérios: ser um estudo transversal, ter sido realizado no Brasil, conter informações sobre a cobertura do exame Papanicolaou (alguma vez na vida ou nos últimos três anos) ou sobre seus fatores determinantes. Foram excluídas as duplicidades e os artigos sem resumo. Um total de 13 artigos foram selecionados atendendo a esses critérios. RESULTADOS: são poucos os estudos sobre a cobertura do exame de Papanicolaou no Brasil. A maioria concentra-se nas grandes cidades das regiões Sul e Sudeste do país. Além da escassez, existe pouca padronização metodológica em relação à amostragem e perfil das mulheres a serem investigadas, o que torna difícil a comparação entre si. Estas diferenças metodológicas devem ter contribuído para a grande variabilidade nas coberturas encontradas. Entretanto, apesar de todos os problemas, observa-se tendência de aumento temporal no percentual de mulheres que foram submetidas a pelo menos um exame de Papanicolaou: os dois únicos estudos realizados nos anos 80 mostram coberturas de 55,0 e 68,9% na vida, ao passo que um inquérito domiciliar realizado em 15 capitais e no Distrito Federal entre 2002 e 2003 apresenta valores que variam de 73,4 a 92,9%; porém, dois estudos de abrangência nacional realizados em 2003 apresentaram coberturas abaixo de 70,0% nos últimos três anos. Por outro lado, algumas variáveis foram mais freqüentemente observadas nas mulheres não submetidas ao exame de Papanicolaou: ter baixo nível socioeconômico, ter baixa escolaridade, ter baixa renda familiar e pertencer às faixas etárias mais jovens. CONCLUSÃO: os dados aqui apresentados apontam para desigualdades regionais na cobertura do exame de Papanicolaou na população feminina brasileira e para a necessidade de intervenção junto àqueles fatores a ela associados.
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Artigos OriginaisCobertura do exame de Papanicolaou no Brasil e seus fatores determinantes: uma revisão sistemática da literatura
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 28/11/2005;27(8):485-492
DOI 10.1590/S0100-72032005000800009
Visualizações22Ver maisOBJETIVO: apresentar o panorama da cobertura do exame de Papanicolaou no Brasil, com ênfase nos seus fatores determinantes. MÉTODOS: foram pesquisadas as bases de dados “on line” LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE – 1966 a 2004 (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), PAHO (Acervo da Biblioteca da Organização Pan-Americana de Saúde) e WHOLIS (Sistema de Informação da Biblioteca da OMS). A revisão foi ampliada por meio da busca a referências bibliográficas dos estudos relevantes, solicitação de estudos publicados e não publicados a especialistas e outras fontes. Foram selecionados artigos que preenchiam os seguintes critérios: ser um estudo transversal, ter sido realizado no Brasil, conter informações sobre a cobertura do exame Papanicolaou (alguma vez na vida ou nos últimos três anos) ou sobre seus fatores determinantes. Foram excluídas as duplicidades e os artigos sem resumo. Um total de 13 artigos foram selecionados atendendo a esses critérios. RESULTADOS: são poucos os estudos sobre a cobertura do exame de Papanicolaou no Brasil. A maioria concentra-se nas grandes cidades das regiões Sul e Sudeste do país. Além da escassez, existe pouca padronização metodológica em relação à amostragem e perfil das mulheres a serem investigadas, o que torna difícil a comparação entre si. Estas diferenças metodológicas devem ter contribuído para a grande variabilidade nas coberturas encontradas. Entretanto, apesar de todos os problemas, observa-se tendência de aumento temporal no percentual de mulheres que foram submetidas a pelo menos um exame de Papanicolaou: os dois únicos estudos realizados nos anos 80 mostram coberturas de 55,0 e 68,9% na vida, ao passo que um inquérito domiciliar realizado em 15 capitais e no Distrito Federal entre 2002 e 2003 apresenta valores que variam de 73,4 a 92,9%; porém, dois estudos de abrangência nacional realizados em 2003 apresentaram coberturas abaixo de 70,0% nos últimos três anos. Por outro lado, algumas variáveis foram mais freqüentemente observadas nas mulheres não submetidas ao exame de Papanicolaou: ter baixo nível socioeconômico, ter baixa escolaridade, ter baixa renda familiar e pertencer às faixas etárias mais jovens. CONCLUSÃO: os dados aqui apresentados apontam para desigualdades regionais na cobertura do exame de Papanicolaou na população feminina brasileira e para a necessidade de intervenção junto àqueles fatores a ela associados.
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Trabalhos Originais
Perfil da Assistência Pré-Natal entre Usuárias do Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul
- Maria do Rosário Trevisan,
- Dino Roberto Soares De Lorenzi,
- Natacha Machado de Araújo,
- Khaddour Ésber
Resumo
Trabalhos OriginaisPerfil da Assistência Pré-Natal entre Usuárias do Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 24/07/2002;24(5):293-299
DOI 10.1590/S0100-72032002000500002
- Maria do Rosário Trevisan,
- Dino Roberto Soares De Lorenzi,
- Natacha Machado de Araújo,
- Khaddour Ésber
Visualizações22Ver maisObjetivo: estudar a assistência pré-natal entre usuárias do Sistema Único de Saúde do município de Caxias do Sul – RS. Métodos: estudo de corte transversal de 702 gestações cuja resolução ocorreu no Hospital Geral da Universidade de Caxias do Sul no período de março de 2000 a março de 2001, com base nos critérios do Programa Nacional de Humanização do Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde (PNHPN, 2000). Resultados: a cobertura de pré-natal observada foi de 95,4%, sendo a média de consultas observada de 6,2. O principal motivo referido para a não-realização de pré-natal foi a falta de informação acerca da sua importância (65,6%). Em 51,5% dos casos, o acompanhamento pré-natal iniciou no 2º trimestre de gravidez, sendo que 44,3% das pacientes submeteram-se a todos os exames complementares preconizados. A atenção pré-natal foi considerada inadequada em 64,8% e adequada em 35,2% dos casos. A escolaridade materna e a paridade mostraram associação significativa com a qualidade da atenção pré-natal. Quanto maior a escolaridade, melhor a qualidade da atenção pré-natal (p=0,0148). Em relação à paridade, quanto maior o número de filhos, mais tardiamente a gestante iniciou o acompanhamento pré-natal e menor o número de consultas observado (p=0,0008). Conclusões: a assistência pré-natal disponível por meio da rede municipal de saúde de Caxias do Sul, apesar de sua boa cobertura, deve ser revista do ponto de vista qualitativo. Especial atenção deve ser dada à educação em saúde durante a assistência pré-natal.
Visualizações22Resumo
Trabalhos OriginaisPerfil da Assistência Pré-Natal entre Usuárias do Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 24/07/2002;24(5):293-299
DOI 10.1590/S0100-72032002000500002
- Maria do Rosário Trevisan,
- Dino Roberto Soares De Lorenzi,
- Natacha Machado de Araújo,
- Khaddour Ésber
Visualizações22Ver maisObjetivo: estudar a assistência pré-natal entre usuárias do Sistema Único de Saúde do município de Caxias do Sul – RS. Métodos: estudo de corte transversal de 702 gestações cuja resolução ocorreu no Hospital Geral da Universidade de Caxias do Sul no período de março de 2000 a março de 2001, com base nos critérios do Programa Nacional de Humanização do Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde (PNHPN, 2000). Resultados: a cobertura de pré-natal observada foi de 95,4%, sendo a média de consultas observada de 6,2. O principal motivo referido para a não-realização de pré-natal foi a falta de informação acerca da sua importância (65,6%). Em 51,5% dos casos, o acompanhamento pré-natal iniciou no 2º trimestre de gravidez, sendo que 44,3% das pacientes submeteram-se a todos os exames complementares preconizados. A atenção pré-natal foi considerada inadequada em 64,8% e adequada em 35,2% dos casos. A escolaridade materna e a paridade mostraram associação significativa com a qualidade da atenção pré-natal. Quanto maior a escolaridade, melhor a qualidade da atenção pré-natal (p=0,0148). Em relação à paridade, quanto maior o número de filhos, mais tardiamente a gestante iniciou o acompanhamento pré-natal e menor o número de consultas observado (p=0,0008). Conclusões: a assistência pré-natal disponível por meio da rede municipal de saúde de Caxias do Sul, apesar de sua boa cobertura, deve ser revista do ponto de vista qualitativo. Especial atenção deve ser dada à educação em saúde durante a assistência pré-natal.
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Artigos Originais
Validação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária
- Eliana Suelotto Machado Fonseca,
- Adriana Luciana Moreno Camargo,
- Rodrigo de Aquino Castro,
- Marair Gracio Ferreira Sartori,
- Marcelo Cunio Machado Fonseca, [ … ],
- Manoel João Batista de Castello Girão
Resumo
Artigos OriginaisValidação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 26/08/2005;27(5):235-242
DOI 10.1590/S0100-72032005000500002
- Eliana Suelotto Machado Fonseca,
- Adriana Luciana Moreno Camargo,
- Rodrigo de Aquino Castro,
- Marair Gracio Ferreira Sartori,
- Marcelo Cunio Machado Fonseca,
- Geraldo Rodrigues de Lima,
- Manoel João Batista de Castello Girão
Visualizações14Ver maisOBJETIVO: a proposta deste estudo foi traduzir e validar o King’s Health Questionnaire (KHQ) para mulheres brasileiras com incontinência urinária. MÉTODOS: 134 pacientes com incontinência urinária, confirmada pelo estudo urodinâmico, foram recrutadas em ambulatório de Uroginecologia. Inicialmente, traduzimos o questionário KHQ para a língua portuguesa (do Brasil) de acordo com critérios internacionais. Devido às diferenças da língua, fizemos a adaptação cultural, estrutural, conceitual e semântica do KHQ, para que as pacientes compreendessem as questões. Todas as pacientes responderam duas vezes o KHQ, no mesmo dia, com dois entrevistadores distintos, com intervalo de 30 minutos de uma entrevista para a outra. Depois de 7 a 14 dias, a aplicação do questionário foi repetida numa segunda visita. Foram testadas a confiabilidade (consistência interna intra e inter-observador) e validade do constructo e discriminativa. RESULTADOS: foram necessárias várias adaptações culturais até obtermos a versão final. A consistência interna intra-observador (alfa de Cronbach) das diversas dimensões oscilou de moderada a alta (0,77-0,90) e a consistência interna inter-observador oscilou de 0,66 a 0,94. Na validação do constructo, obtivemos correlação de moderada a forte entre os domínios específicos para incontinência urinária e manifestações clínicas que, sabidamente, afetam a qualidade de vida dessas pacientes. CONCLUSÃO: o KHQ foi adaptado ao idioma português e para a cultura brasileira, mostrando grande confiabilidade e validade, devendo ser incluído e utilizado em qualquer estudo brasileiro de incontinência urinária.
Visualizações14Resumo
Artigos OriginaisValidação do questionário de qualidade de vida (King’s Health Questionnaire) em mulheres brasileiras com incontinência urinária
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 26/08/2005;27(5):235-242
DOI 10.1590/S0100-72032005000500002
- Eliana Suelotto Machado Fonseca,
- Adriana Luciana Moreno Camargo,
- Rodrigo de Aquino Castro,
- Marair Gracio Ferreira Sartori,
- Marcelo Cunio Machado Fonseca,
- Geraldo Rodrigues de Lima,
- Manoel João Batista de Castello Girão
Visualizações14Ver maisOBJETIVO: a proposta deste estudo foi traduzir e validar o King’s Health Questionnaire (KHQ) para mulheres brasileiras com incontinência urinária. MÉTODOS: 134 pacientes com incontinência urinária, confirmada pelo estudo urodinâmico, foram recrutadas em ambulatório de Uroginecologia. Inicialmente, traduzimos o questionário KHQ para a língua portuguesa (do Brasil) de acordo com critérios internacionais. Devido às diferenças da língua, fizemos a adaptação cultural, estrutural, conceitual e semântica do KHQ, para que as pacientes compreendessem as questões. Todas as pacientes responderam duas vezes o KHQ, no mesmo dia, com dois entrevistadores distintos, com intervalo de 30 minutos de uma entrevista para a outra. Depois de 7 a 14 dias, a aplicação do questionário foi repetida numa segunda visita. Foram testadas a confiabilidade (consistência interna intra e inter-observador) e validade do constructo e discriminativa. RESULTADOS: foram necessárias várias adaptações culturais até obtermos a versão final. A consistência interna intra-observador (alfa de Cronbach) das diversas dimensões oscilou de moderada a alta (0,77-0,90) e a consistência interna inter-observador oscilou de 0,66 a 0,94. Na validação do constructo, obtivemos correlação de moderada a forte entre os domínios específicos para incontinência urinária e manifestações clínicas que, sabidamente, afetam a qualidade de vida dessas pacientes. CONCLUSÃO: o KHQ foi adaptado ao idioma português e para a cultura brasileira, mostrando grande confiabilidade e validade, devendo ser incluído e utilizado em qualquer estudo brasileiro de incontinência urinária.
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A Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (RBGO) tem como objetivo publicar pesquisas básicas e clínicas em ginecologia, obstetrícia e outras especialidades afins e ser referência para apoiar e promover a educação profissional de residentes, pesquisadores e professores universitários. Como VISÃO, a RBGO pretende se tornar uma referência reconhecida internacionalmente entre os principais periódicos mundiais em Ginecologia e Obstetrícia