Associação entre o estado nutricional pré-gestacional e a predição do risco de intercorrências gestacionais - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Artigo Original

Associação entre o estado nutricional pré-gestacional e a predição do risco de intercorrências gestacionais

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 09/01/2007;29(10):511-518

DOI: 10.1590/S0100-72032007001000004

Visualizações 63
Plum Print visual indicator of research metrics
PlumX Metrics
  • Citations
    • Citation Indexes: 42
  • Usage
    • Full Text Views: 109303
    • Abstract Views: 1977
  • Captures
    • Readers: 109
  • Mentions
    • News Mentions: 1
  • Social Media
    • Shares, Likes & Comments: 52
see details

OBJETIVO: analisar a associação entre o estado nutricional pré-gestacional materno e os desfechos maternos – síndromes hipertensivas da gravidez, diabetes gestacional, deficiência de vitamina A e anemia – e do concepto – baixo peso ao nascer. MÉTODOS: estudo transversal, com 433 puérperas adultas (>20 anos), atendidas na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e seus respectivos recém-nascidos. As informações foram coletadas em consulta a prontuários e entrevistas. O estado nutricional pré-gestacional materno foi definido por meio do índice de massa corporal pré-gestacional, segundo os pontos de corte para mulheres adultas da World Health Organization (WHO), em 1995. Estimou-se a associação entre os desfechos gestacionais e o estado nutricional pré-gestacional, por meio da odds ratio (OR) e intervalo de confiança (IC) de 95%. RESULTADOS: a freqüência de desvio ponderal pré-gestacional (baixo peso, sobrepeso e obesidade) foi de 31,6%. Considerando-se o estado nutricional pré-gestacional, aquelas com sobrepeso e obesidade apresentaram menor ganho ponderal do que as eutróficas e as com baixo peso (p<0,05). As mulheres com obesidade pré-gestacional apresentaram risco aumentado de desenvolver síndromes hipertensivas da gravidez (OR=6,3; IC95%=1,90-20,5) e aquelas com baixo peso pré-gestacional, maior chance de ter recém-nascidos com baixo peso ao nascer (OR=7,1; IC95%=1,9-27,5). Não foi evidenciada a associação entre estado nutricional pré-gestacional e o desenvolvimento de anemia, deficiência de vitamina A e diabetes gestacional. A média de ganho de peso entre as gestantes com sobrepeso e obesas foi significativamente menor, quando comparadas às eutróficas e às com baixo peso (p=0,002, p=0,049, p=0,002, p=0,009). CONCLUSÕES: a expressiva quantidade de mulheres com desvio ponderal pré-gestacional reforça a importância da orientação nutricional que favoreça o estado nutricional adequado e minimize os riscos de intercorrências maternas e do recém-nascido.

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também