Um estudo do cenário atual da residência em obstetrícia e ginecologia durante a pandemia de COVID-19 - Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

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Um estudo do cenário atual da residência em obstetrícia e ginecologia durante a pandemia de COVID-19

Resumo

Objetivo

Analisar o impacto pandemia de COVID-19 sobre a residência de ginecologia e obstetrícia do Estado de São Paulo.

Métodos

Estudo transversal desenvolvido por representantes dos residentes da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP). Foram coletados dados de questionários aplicados aos residentes de ginecologia e obstetrícia cadastrados no site da SOGESP em fevereiro de 2022. Os entrevistados responderam sobre repercussões da pandemia sobre a residência médica e se tiveram suporte técnico e psicológico durante o período.

Resultados

Foram levantados 247 questionários de residentes de ginecologia e obstetrícia. Os residentes apresentaram idade de 28,3 ± 3 anos, sendo a maioria do sexo feminino (88,4%). O deslocamento para “covidários” foi referido por 62,34% dos avaliados, porém somente 35,6% referiram equipamento de proteção individual completamente adequado e apenas 7,7% referiram instrução completa teórica e técnica para o suporte destes pacientes. Quase a totalidade dos entrevistados afirmou que o setor de ginecologia foi o mais afetado. A maioria dos entrevistados considerou que o os residentes do segundo ano foram os que tiveram maior prejuízo, sendo que mais da metade dos residentes do 1° e 2° ano afirmou ter desejado desistir da residência durante a pandemia. Mais de 80% dos residentes referiram aulas teóricas e/ou apresentação de artigos online, reforçando o fato de que as atividades virtuais ganharam um espaço maior dentro da residência médica.

Conclusão

A pandemia impactou nas residências em maior proporção nos ambulatórios e cirurgias ginecológicas, interferindo também sobre o desejo do médico de seguir com o programa.

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