Determinar a prevalência e fatores associados de disfunção sexual emgestantes.
Estudo descritivo, transversal, incluindo 262 gestantes com idade de 18 anos ou mais, e idade gestacional entre 10 e 35 semanas. Mulheres com infecção de trato urinário e gestação de alto risco foram excluídas. O Inventário de Resposta Sexual na Gestação (Pregnancy Sexual Response Inventory, PSRI) foi utilizado. Procedeu-se à análise univariada, e as comparações entre as médias dos domínios de função sexual foram avaliadas pelo teste t de Student. Associações entre as variáveis dependentes e independentes foram determinadas por teste do qui-quadrado. Também estimou-se a razão de prevalência, com intervalo de confiança de 95%, e realizou-se análise multivariada.
Um total de 64,9% das mulheres relataram diminuição na frequência de atividade sexual durante a gravidez. Pouco mais da metade das mulheres (50,8%) estavam satisfeitas, e a excitação foi relatada como excelente/boa por 30,5% delas. A frequência de dificuldades/disfunções sexuais aumentou com a gravidez, subindo de 5,7% para 58,8%, e dor na relação sexual foi relatada por 45,8% delas. Ter Ensino Superior diminuiu em 50% a chance de insatisfação sexual. O escore total do PSRI diminuiu significativamente entre o período pré-gestacional (escore médio = 89,8, “excelente”) e o período gestacional (escore médio = 59,2, “bom”).
O escoremédio da função sexual durante a gestação foi classificado como bom, embora a maioria das gestantes tenha relatado pelo menos um tipo de alteração nos domínios da função sexual. O relato de insatisfação foi mais frequente nas mulheres de baixa escolaridade.
Busca
Pesquisar em:
Comentários