Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2013;35(1):05-09
OBJETIVO: Avaliar se a atividade da arilsulfatase A (ASA) e a concentração de sulfatida (SL) no endométrio humano pode ser preditivo em relação ao desenvolvimento de pólipos endometriais ao longo dos anos, posto que atividade da ASA reflete a sensibilidade do endométrio aos hormônios. MÉTODOS: A atividade da ASA, assim como a concentração de SL, foi determinada por meio de procedimentos bioquímicos em amostras de endométrio coletadas entre 1990 e 1994, em mulheres que não se encontravam na menopausa. Essas mulheres foram submetidas a uma nova amostragem endometrial após indicação clínica alguns anos depois da primeira amostragem endometrial. A avaliação histológica dos segundos espécimes endometriais permitiu identificar quatro pacientes com padrão endometrial normal e 10 com um ou mais pólipos endometriais. A atividade da ASA/anos depois e a concentração de SL/anos depois foram comparadas, utilizando o teste bilateral U de Mann-Whitney para dados não pareados entre as pacientes com padrão normal e as pacientes com pólipos endometriais. RESULTADOS: A ativitade da ASA foi 2,62 (padrão normal) em comparação com 1,85 (endometrial pólipos) de substrato hidrolisado/min. A atividade da ASA/anos depois é maior em pacientes com segunda amostra endometrial a apresentarem um padrão normal (p=0,006), e a concentração mediana de SL/anos depois não difere de forma significativa entre os grupos, apesar de a concentração mediana de SL parecer maior em pacientes que posteriormente desenvolveram pólipos (1031 µg/g de tecido fresco em comparação com 341,5 µg/g de tecido fresco). CONCLUSÕES: A atividade da ASA pode prever a aparição de pólipos endometriais ao longo dos anos.
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